tag:blogger.com,1999:blog-39097857112493692732024-03-04T22:55:51.299-08:00PeabiruCadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.comBlogger26125tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-35139790225249162262011-12-07T06:15:00.000-08:002011-12-07T06:20:00.982-08:00“EU, VOCÊ E OS OUTROS”, A DICA DE NATAL DA EDITORA SEXTANTE<div class="yiv234235352MsoNormal" id="yui_3_2_0_1_1323266374194152" style="background-color: white; color: #454545; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma das sugestões de Editora Sextante para este Natal e para as férias é o livro “Eu, você e os outros”, do jornalista Fernando Bond. O livro (92 páginas, R$ 14,90), lançado em todo o país com grande sucesso a partir da Bienal do Rio de Janeiro, em setembro, oferece uma oportunidade ao leitor de fazer uma reflexão sobre sua vida. Ao longo dos capítulos, o livro encontra 14 pausas para pensar, através das quais o leitor pode escrever seu próprio roteiro e inclusive o seu próprio final.</span></div><div class="yiv234235352MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: #454545; line-height: 14.25pt; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Eu, você e os outros” tem uma proposta: ajudar os outros pode ser o melhor caminho para ajudar a si mesmo. “Mas, atenção, isso não significa que temos que abrir mão de nós mesmos. Pense num avião: qual é a orientação da equipe de bordo em caso de despressurização da cabine? Primeiro ponha a máscara de oxigênio em você, para depois ajudar os outros”, lembra o autor. Se você quiser saber mais ou até comprar o livro pela internet, acesse em <a href="http://www.esextante.com.br/" rel="nofollow" style="color: #234786; outline-color: initial; outline-style: initial; outline-width: 0px;" target="_blank">www.esextante.com.br</a>. Clique em Não Ficção e vá até a página 4. Ou então clique em Autoajuda e siga até a página 14.</span></span></div><div class="yiv234235352MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: #454545; line-height: 14.25pt; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></span></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.markteam.com.br/system/uploads/asset/file/4e53c139ff37b208c3000005/normal_fernando_bond.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="166" src="http://www.markteam.com.br/system/uploads/asset/file/4e53c139ff37b208c3000005/normal_fernando_bond.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fernando Bond autografando seu livro na ultima Bienal do Rio de Janeiro</td></tr>
</tbody></table><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://imagens.extra.com.br/Control/ArquivoExibir.aspx?IdArquivo=4425952" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://imagens.extra.com.br/Control/ArquivoExibir.aspx?IdArquivo=4425952" /></a></div><div class="yiv234235352MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: #454545; line-height: 14.25pt; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></span></div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-3215724964268087462011-11-07T10:29:00.000-08:002011-11-08T04:13:04.884-08:00CATARATAS DO IGUAÇU ATRAÇÃO MUNDIAL<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pedimos aos nossos seguidores e amigos do Caminho do Peabiru que não deixem de colaborar para eleger as Cataratas do Iguaçu como uma das 7 novas maravilhas da natureza. A região de Foz do Iguaçu, onde estão localizadas as mais belas cataratas do mundo, faz parte do fascinante Caminho do Peabiru, objeto das nossas pesquisas e estudos que tem a finalidade de recuperar, conservar e transformar em atrativo turístico este caminho com mais de 4 mil quilometros que unia oceanos Atlântico e Pacífico, integrando todos os povos indigenas no passado.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>Acesse o site destinado exclusivamente para receber o seu voto e dos seus amigos.</em></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><a href="http://www.votecataratas.com/"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">http://www.votecataratas.com/</span></a></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/HhAmGE2Fw6M" width="560"></iframe><br />
<br />
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><strong>A LENDA DAS CATARATAS</strong></span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Conta-se que os índios Caigangues, habitantes das margens do Rio Iguaçu, acreditavam que o mundo era governado por M'Boy, um deus que tinha a forma de serpente e era filho de Tupã. Igobi, o cacique dessa tribo, tinha uma filha chamada Naipi, tão bonita que as águas do rio paravam quando a jovem nelas se mirava. Devido à sua beleza, Naipi era consagrada ao deus M'Boy, passando a viver somente para o seu culto. Havia, porém, entre os Caigangues, um jovem guerreiro chamado Tarobá que, ao ver Naipi, por ela se apaixonou.<br />
<br />
No dia da festa de consagração da bela índia, enquanto o cacique e o pajé bebiam cauim (bebida feita de milho fermentado) e os guerreiros dançavam, Tarobá aproveitou e fugiu com a linda Naipi numa canoa rio abaixo, arrastada pela correnteza. Quando M'Boy percebeu a fuga de Naipi e Tarobá, ficou furioso. Penetrou então as entranhas da terra e, retorcendo o seu corpo, produziu uma enorme fenda, onde se formou a gigantesca catarata. <br />
<br />
Envolvidos pelas águas, a canoa e os fugitivos caíram de grande altura, desaparecendo para sempre. Diz a lenda que Naipi foi transformada em uma das rochas centrais das cataratas, perpetuamente fustigada pelas águas revoltas. <br />
<br />
Tarobá foi convertido em uma palmeira situada à beira de um abismo, inclinada sobre a garganta do rio. Debaixo dessa palmeira acha-se a entrada de uma gruta sob a Garganta do Diabo onde o monstro vingativo vigia eternamente as duas vítimas.</span></div><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4f3ILZsA2OCPiS6sjfWPun-N3XITvIt-GQOWHJL2P6pk4uGPtyxEgQnCMuj5QmTg7SDynbZ_DkTj8D3oUABR1FeXpz-RXqiyGb5W-YEmD0BpimQccspfoBrZAzBg6G-c4oJQtLzFx7IHv/s1600/16402.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="221" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4f3ILZsA2OCPiS6sjfWPun-N3XITvIt-GQOWHJL2P6pk4uGPtyxEgQnCMuj5QmTg7SDynbZ_DkTj8D3oUABR1FeXpz-RXqiyGb5W-YEmD0BpimQccspfoBrZAzBg6G-c4oJQtLzFx7IHv/s320/16402.jpg" width="320" /></a></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-81816007697542881832011-09-22T11:30:00.000-07:002011-09-22T11:31:50.005-07:00YTAPECU - RIO CAMINHO ANTIGO<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nossa postagem de hoje volta a ser o trabalho elaborado pelo pesquisador Jose Alberto Barbosa, nosso colaborador de Jaraguá do Sul. Região esta que abriga o estuário do rio itapocu, por onde passava o Caminho do Peabiru, saindo da orla marítima de Santa Catarina e adentrando ao sertão.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRQZBN9RaYeKzBpWeg7hgoiL08LX1epjRXMZYDPAvDMhKMUrWVM5D-GrTZ7CvWqvrhlKTR_aLv1ZZaZpnUBrTU2neFie8R8viVvhMvX1-lo2B0YFVSgmR9Pn_M0gJJCIU7-j64UcIGCD4/s1600/ima.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRQZBN9RaYeKzBpWeg7hgoiL08LX1epjRXMZYDPAvDMhKMUrWVM5D-GrTZ7CvWqvrhlKTR_aLv1ZZaZpnUBrTU2neFie8R8viVvhMvX1-lo2B0YFVSgmR9Pn_M0gJJCIU7-j64UcIGCD4/s320/ima.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas afinal de contas, para que abrir um caminho tão grande, em forma de vala, forrado de gramas, se não fosse para uma grande quantidade de gente usar e por muito, muito tempo? E, especialmente, quem foi o misterioso autor desse quase fantástico caminho? É do que tratarei a seguir, resumindo a lenda de Tumé (Sumé) e analisando-a criticamente. E demonstro que <b>Tomé </b>ou <b>Tumé </b>(Somé; Sumé) não houve tão somente um deles dentre os índios, porém, houve dois, um muito mais antigo, em tempos arcanos; o outro em tempos da abertura do Peabiru, talvez. Porisso que adiante, para facilitar a compreensão desse exame, apelo-os respectivamente <b>Tomé I </b>e <b>Tomé II </b>(ou <b>Tumé I </b>e <b>Tumé II</b>).</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">pois bem, prossigamos no exame dessa curiosa personagem.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><br />
<div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">1 . Como disse, os índios tupis e guaranis, perguntados pelos primeiros europeus – em várias regiões e circunstâncias - sobre quem tinha aberto aqueles caminhos que subiam ou contornavam serras e morros, varavam campos e matos, respondiam invariavelmente que não tinham sido eles próprios, mas que Tomé abrira-lhes tal caminho. Quem seria esse misterioso personagem? Um chefe inca? Um rei ou enviado procedente de terra distante? Onde teria iniciado esse caminho, nos Andes ou no Atlântico? E quando teria ele aberto esse sistema continental de comunicação? Tudo são incógnitas. Quase se pode dizer que Tomé – mais conhecido como Sumé, Zumé – soa como um tema novo nos estudos sobre o folclore brasileiro. Ficou por séculos relegado. Há pouco mais de três décadas, quando Francisco de Oliveira Filho, cultivando o gosto pelos temas folclóricos lá na sua Boituva, cidade paulista distante <st1:metricconverter productid="111 km" w:st="on">111 km</st1:metricconverter> em linha reta desde a Capital do Estado, se interessou pela lenda de Tomé, ou que o seja, de Sumé, não achando nada a respeito, foi socorrer-se nos conhecimentos do advogado e folclorista Prof. João Chiarini, lá <st1:personname productid="em Piracicaba. E" w:st="on">em Piracicaba. E</st1:personname> este, coçando a cabeça, procurou algum livro que tratasse de tal mito. Não achou. Buscou, diz ele, em cerca de três mil livros sobre folclore e, espantosamente, não achou nenhum que tratasse do tema. Finalmente, salvou-se com um escrito do paranaense Romário Martins, que veio a colher no livro do igualmente paranaense Benedito Nicolau dos Santos Filho e intitulado “Lendas e Tradições do Paraná”, editado em 1972 pelo Conselho de Ensino e Pesquisas da Universidade Federal do Paraná. Todavia, Romário Martins abordara o assunto há bom tempo, já em 1940, no seu livro Paiquerê [Editora Guaíra, Curitiba]; também o fez en passant na sua História do Paraná [Editora Guaíra, Curitiba, 3ª edição]. Tudo isso demonstra o quanto são oportunos estudos a respeito de tal personagem e do misterioso Caminho do Peabiru, no qual o mito referido se envolve. </span></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Faço uma observação inicial sobre o nome <b>Tomé (Totmé</b>; <b>Tzotmé</b>), porque costumeiramente é registrado como <b>Somé </b>e <b>Sumé </b>ou, acastelhanadamente, como <b>Zumé</b>. Ora, o nome do misterioso e lendário ser - ou de ambos, pois sustento a necessidade de que sejam dois -, era mais parecido com <b>Tomé</b>, mas pronunciado ao modo indígena, com esse “<b>T</b>” aspirado e nasalado à moda tupi-guarani. E quanto à segunda letra, a grafia lusa antiga usava “<b>O</b>” escrevendo Tomé, Somé, mas a verdade é que esse “<b>O</b>” soava como “<b>U</b>” ou para tal vogal se conduziu, como era e ainda o é generalizadamente para uma imensidão de palavras lusitanas e isso veio até nós no Brasil. Até nossa ortografia recente ainda consagrava essa permuta e ainda hoje a tolera. Porém, a pronúncia primitiva do nome Tomé ou o que seja, para se apurar-se qual tenha, pode coisa complicada. Assim é que Sara Garcia, a respeito da pronúncia tupi-guarani, mostra a consoante “<b>T</b>” com pronúncia algo similar ao português; idem quanto ao “<b>S</b>” se fosse o caso deste; porém, quanto às vogais “<b>O</b>” e “<b>U</b>”, as faz acompanhar respectivamente de um “<b>t” </b>curto, resultando “<b>Ot</b>” e <b>“Ut</b>”. O fato é que, ouvindo dos índios a pronúncia do nome do misterioso ente, os lusos e hispânicos não conseguiram imitá-los quanto ao “<b>T</b>” inicial de certos substantivos (ou parecido que fosse com tal nossa letra) e, ao ouvirem seu nome dito pelos índios, registraram (quanto à pronúncia), o que lhes pareceu <b>Çumé</b> e depois <b>Sumé</b>; e os espanhóis <b>Zumé</b>, com pronúncia quase similar. Agora é mais conhecido como Sumé e assim se achará na literatura. Aqui sou exceção. E acho que os especialistas – caso de Vera Garcia – devem ser consultados de modo expresso sobre qual pronúncia efetivamente, em tupi-guarani, corresponderia ao <b>Çumé </b>ou <b>Sumé </b>dos lusos, ou ao <b>Zumé </b>dos castelhanos. De qualquer modo, Tumé ou Tomé, Sumé ou Somé é figura de lenda, afamado e pesquisado, seguido e mesmo alvo de respeitosa veneração, seja por indígenas, seja por pessoas ligadas ao misticismo e ao esoterismo; seja, no mais, pelas lendas que se formaram a seu respeito. Enfim, muito já se escreveu sobre Tumé. Na verdade, sobre os dois deles, sem distingüi-los, ao contrário do que ora o faço, pois, especialmente agora, com a divulgação tamto intensa e corrente a respeito do Caminho do Peabiru, mais ainda é preciso saber coisas a respeito dessas duas figuras, o tido como autor do Peabiru e o outro, do mito das origens; e que imaginação dos índios fundiu num só e único Tomé.</span></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vejamos, assim, essa distinção a ser feita.</span></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não há apenas um Tumé, mas dois deles, no universo lendário dos tupi-guarani. De fato, uma lenda, antiquíssima, já falava dum primeiro Tomé ou Somé ou Sumé e apelo-o aqui, por isso, para fins de distinção, como sendo o <b>Tomé I</b>, próprio do mito das origens dos tupi-guarani; quanto ao outro, que considero posterior e tanto que os tupi-guaranis o indicavam – acertada ou erroneamente - como sendo o autor do Caminho do Peabiru, que deixou vestígios ainda parcialmente existentes, a este, apenas para fins de análise de cada qual, inclusive em termos comparativos dentre um e outro, apelo-o nesta obra por <b>Tomé II</b>. Peço que me perdoem por tal distinção numérico-romana e que ninguém confunda que eu esteja, aí, criando uma dinastia de Tomés tal e qual houve, no Egito, a dinastia dos Tutmés. Não seria de estranhar o intuito indígena de reportar-se no segundo caso a um retorno do primeiro. De fato, parece que há tal concepção de que o novo Tumé seja o mesmo antigo que ressurgiu. Mas ficou conhecida mesmo, dentre os brancos, para o povo em geral, a lenda do posterior e último deles. A mais antiga será mais facilmente encontrável nos manuais e dicionários de folclor, mas a do <b>Tumé II</b> (sob a grafia <b>Sumé) </b>e principalmente o confundindo com o santo cristão, caiu no domínio popular de há até pouco tempo. Ambas são da máxima importância cultural. </span></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">2 . É lindíssima a lenda de Tumé II, a respeito do qual disseram os índios aos lusos, hispânicos e à gente de outros povos, que teria sido ele o autor, o construtor do Caminho do Peabiru. Essa lenda não é uma invenção dos europeus, pois jesuítas, historiadores e outros escritores a confirmaram. Tumé, chegara a predizer aos índios, primitivamente, a futura chegada dos europeus e a profetizar a destruição do Guaíra. Isso parece vincular o nosso Tumé II com a cultura andina, onde os incas tinham profecias sobre a vinda futura dos homens brancos. Chega mesmo a ser identificado com Huira Cocha (Viracocha, Wiracocha), a famosa divindade inca. Os melhores detalhes sobre essa lenda de Tumé II (que apelam indevidamente Sumé), diz o afamado e antigo escritor paranaense Romário Martins que no seu ver foram os que nos foram dados por Gentil de Moura, em 1910, numa comunicação ao Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e intitulada O Caminho do Paraguai a Santo André da Borda do Campo, onde seu autor estuda o itinerário de Ulrich Schmidl [R. Martins, opus cit.]. Verdade, porém, que o assunto de Tumé e o Peabiru já fora registrado antes por muitíssimos autores, a contar pelos primeiros jesuitas. Romário Martins observa que o cônego Fernandes Pinheiro sugeriu que a lenda de Tumé (Sumé) fosse criação dos jesuítas, porém, o Padre Rafael Galanti, no seu Compêndio de História do Brasil (Vol. I, p. 117) diz que a cópia <i>der Newen Zeytung auss Pressillg I Landt</i> deve ter sido impressa já em 1508, segundo Wiese; e já refere essa tradição na costa do Brasil [R. Martins, opus cit.]. A fundamentação histórica da precedência da lenda é firme, mas deve ser expurgada do seu conteúdo cristão. Tomé II nada tinha a ver com São Tomé, embora fosse santo a seu modo. E quanto a Tomé I, apesar de alguns bons serviços, era um mau caráter, segundo uma visão cristã de sua conduta imoral, inaplicável à sua remotíssima e lendária época.</span></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">3 . O nosso bondoso e estudioso Padre Tarcísio Marchiori, no seu belíssimo livro “Terra dos Carijós” [Um romance regional indigenista, 1986], descreve para nós a primitiva cena da qual a lenda narrada pelos piagas índios deu testemunho. Resumo aqui, non in litteris: Sumé aparecera certa manhã, vindo mar, caminhando sobre as ondas e emoldurado pelo sol nascente. Era um ancião de barbas brancas, trajando comprida túnica e calçando sandálias nos pés. Curava os doentes, afastava as tempestades, ensinou os índios a cultivar o milho e o feijão, a curtir o aipim (mandioca mansa) para fazer a farinha, a fiar o algodão. Pela inveja dos pajés, flecharam-no no peito. Tranqüilo retirou a fecha e, caminhando sobre as ondas, foi-se embora. Também diz que acalmava o mar com o sinal da cruz, mas aí já penso que seja influência cristã nessa bela lenda índia. Os índios chegaram a desenhar cruzes nas rochas, é verdade, mas nada há a demonstrar um vínculo com a lenda de Tumé. As itacoatiaras são ricas de desenhos que convergem universalmente com culturas de todas as partes e tempos. Fascinante enfim essa lenda indígena sobre o misterioso <b>Pay Sumé</b>, cujo conhecimento vem desde a invasão lusa na costa brasileira. </span></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pelo registro deixado pelo Padre Manoel da Nóbrega, nas Cartas dos Primeiros Jesuítas do Brasil [ano de 1549], narraram os tupinambás que, em tempos de seus antepassados, aportaram em suas terras dois homens, vindos sobre as águas do oceano, sendo um deles de barbas longas e brancas (talvez o companheiro não o fosse, já que concentram-se em Sumé) e muito bondoso e útil e ao qual apelavam Zomé, Çumé [ou Zumé, na edição org. por Serafim Leite, 1954]. Zumé ensinara-lhes o uso de raízes e ervas “das quais ainda hoje usam e com isso vivem bem”. Os índios quiseram matá-lo. Zomé fugiu, sob flechadas, que não o feriam. Deixou as marcas de seus passos nas pedras de um rio e Nóbrega quis vê-las e as encontrou. Teria, disse ele, ido para a Índia (evidente opinião do jesuita, crendo fosse São Tomé). </span></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O nosso bom Pe. José de Anchieta também narra sobre o mesmo mito no escrito “Informações do Brasil e de suas Capitanias”. Ele também conta de que em tempos antigos teria chegado às terras dos tupinambás (e tamoios, creio) e andavam entre eles dois homens, um bom e outro mau e que “Ao bom chamaram “Çumé”, que deve ser o apóstolo São <br />
Tomé” [Citações de Nóbrega e Anchieta e mais considerações a respeito da lenda de Sumé, sugiro leia-se o volumoso e excelente “Método Moderno de Tupi Antigo”, de Eduardo de Almeida Navarro, que complementa com estilo próprio essa preciosidade que são as esgotadas obras tupinísticas do Pe. Lemos Barbosa [Vozes, Petrópolis, 1998, pgs. <st1:metricconverter productid="345 a" w:st="on">345 a</st1:metricconverter> 364]. </span></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Frei Vicente Salvador também registrou o mito indígena de Tumé (Sumé), na sua “História do Brasil”. Diz ele que Tumé é que teria dado aos índios a famosa banana-de-são-tomé [1627]. <st1:personname productid="Em Cl£udio Maria Thomas" w:st="on">Em Cláudio Maria Thomas</st1:personname>, no seu antigo “Elementos de História do Brasil”<b> </b>[Livraria Francisco Alves, Rio, 1926], li que os índios atribuíam a Tumé haver levantado uma cruz no solo e os selvícolas fizeram questão de mostrá-la aos lusos [Isso da cruz é totalmente duvidoso que pertencesse à lenda; parece acréscimo cristão]. Seria o apóstolo São Tomé e lhes teria dado a mandioca e ensinado o plantio do algodão. Mas pediu que, em paga, não comessem carne humana e que servissem ao único Deus e não aos demônios, que tivessem os homens apenas uma esposa. Querendo os índios matá-lo, seguiram-no até à praia, tendo Tumé, numa só passada, se transportado para a ilha de Maré, no litoral baiano, a meia légua do continente, sumindo depois. Divulgado isso tudo pelos jesuítas e talvez principalmente pela obra “<b>Crônica </b>da Compñia de Jesu do Estado do Brasil”, de Simão de Vasconcelos [1663], tal idéia de que se tratava do santo cristão impregnou a cultura colonial brasileira. </span></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Muitos, enfim, escreveram sobre esse Tumé (ou Sumé<b> </b>como outros dizem). Frei André de Thevet registrou-o em francês como <b>Sommay</b> – vertendo para o francês o que achou escrito - e disse que, para os índios, ele era um grande pajé e caraíba. A. Métraux estudou o mito no livro “<st1:personname productid="La Religion" w:st="on">La Religion</st1:personname> des Tupinamba” [1928]. Perto da baía do Rio de Janeiro existia mesmo uma pedra comprida, da largura de uns cinco pés, na qual apareciam algumas marcas de vara ou vareta e pegadas de homem e os índios afirmavam serem sinais deixados pelo grande caraíba que lhes ensinara o uso do fogo (sic) e o plantio de raízes. Foi registrado também que os índios o apelavam <b>Pay Sumé</b>. Nada de estranhar, pois em tupi-guarani, <b>pay, paí</b> (o mesmo que <b>pa`í</b>, <b>paié, paj, pajé</b>) é papai, senhor, sacerdote, advinho, daí ser depois usado para designar os padres cristãos. O nome também foi registrado como Zumé por castelhanos, tal qual se anotou o mito no Paraguai, já que este é bem espalhado pela América do Sul.</span></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">4 . Uma hipótese que avento é que Tomé II possa ter sido um muito venerado caraíba. Como recorda-nos o arqueólogo André Prous, sabe-se pouca coisa a respeito dos caraíbas. E, contudo, diz, a cada três ou quatro anos, cada aldeia tupi e guarani era visitada por um grupo deles. Eram homens misteriosos, que chegavam mascarados nas aldeias. Em cada uma, prelecionavam, dirigiam ritos especiais e, diz Prous, mesmo alguns deles levavam os povos para longas peregrinações em busca da sua Terra Sem Mal, a Yvy Marã Eym [Prous, “Arqueologia Brasileira”, p. 423/424]. Os caraíbas (karaíb) eram considerados como homens muito virtuosos; a própria palavra significa virtuoso e, num neologismo cristão, também o sentido de santo, bento. Vinham eles de lugares distantes e misteriosos. Talvez que os pajés e mesmo os caciques soubessem de onde; e que tinham tempo certo para aparecer. Talvez, constituíssem um quadro especializado e volante de índios, que visavam, assim, reaviventar as tradições. Assim explica Baptista Siqueira. Pregavam eles a existência da Terra Sem Mal, eram profetas dos risonhos dias futuros. Tão santos eram considerados que, chegados os europeus com os padres, todo homem branco, pelo menos antes de causarem decepções, eram apelados caraíbas, como fossem da estirpe daqueles. Os rituais de feitiços e outros, realizados pelos caraíbas – e pelos índios com eles – eram apelados karaí`-monhang. Baptista Siqueira, no seu livro “Canto Metafísico”, tanto quanto possível busca um aprofundamento no assunto, mas também pouco consegue. Sua obra, todavia, é muito boa, abrindo-nos perspectivas sólidas, embora aqui e ali possamos discordar dele em alguma coisa. Siqueira, dentre outras coisas, faz boas análises de desenhos deixados pelos antigos, como os que Hans Staden mandou fazer. Neles Siqueira vai enxergando fatos interessantes, como o rito das mútuas confissões dentre as mulheres, ordenadas pelos caraíbas, para que contassem, dentre si, as faltas cometidas contra os respectivos esposos; que aparecem justamente ali desenhados. Cronistas do século XVI deixaram notícias sobre os caraíbas. Baptista Siqueira crê que eles foram dizimados nas perseguições aos tamoios, até porque ataques mortais foram feitos justamente em momentos dessas reuniões pedagógicas que faziam. Baptista Caetano, analisando desenhos, julga ver que eles realizavam cerimônias publicas, com encantamentos; procediam a purificações coletivas; e sagrações de ídolos, caso dos maracás, dos quais cada homem tinha o seu e que eram protetores de cada guerreiro e, vez por outra, os pajés iam aos maracás, guardados numa choça especial, onde os consultava sobre o futuro e coisas mais. Os pajés, diz Baptista Siqueira, tornava advinhas as mulheres; e as ensinavam a interpretar os sonhos dos mensageiros do além. De todo modo, não vejo semelhança de pregações dentre os caraíbas – que ensinavam a educação tradicional, os costumes tradicionais e, portanto, também a guerra, a educação para o conflito tribal, a morte do adversário, honrosamente e em combate; ou sacrificando-o ou comendo sua carne, em rito próprio, como modo de alcançar a felicidade eterna; enquanto que Tomé II, opostamente, pregava o amor dentre os homens, a paz geral de todos os povos; a renúncia à guerra e à morte. Aliás, diante de tal pregação, espanta que não tenham os índios tentado matá-lo mais cedo; e que permaneceram cultuando sua memória, após o expulsarem. Fica aqui lançado, de todo modo, o lembrete para que se estudem esses relacionamentos todos. Claro que, a princípio, Tomé II está num grau muito superior, tanto que confundindo com o Tumé I do mito das origens. Além disso, sendo branco e bardudo, fugiria do aspecto normal de um caraíba indígena; estaria, isto sim, para um caraíba europeu. De algum modo, os povos tupis e guaranis censuraram-se, entenderam que Tomé apenas lhes queria fazer o bem; e é mais fácil pensar isso de barriga cheia, com milho e mandioca, batata e amendoim que, diz a lenda, ele os ensinou a plantar, a colher e a usar. É até interessante a analogia dentre Tomé II e Cristo, do qual aquele é como uma pré-figuração, visto que Cristo também se doou – embora que pessoalmente – na forma de alimento; e como mandava que se alimentasse aos pobres, nem se pode dizer que sua doação era exclusivamente espiritual. Na comunhão pelo Pão e pelo Vinho, que conduz à integração cristã, vejo uma analogia dessa, na comunhão dentre os membros das tribos tupis e guaranis, dentre si e como espírito de Grande Nação, em torno de uma refeição à base de mandioca ou milho, feijão ou batata, como o Pay Tomé lhes proporcionou. </span></div><div class="MsoBodyText" style="text-align: justify;"><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">5 . Interessante notar que na região da Bahia, os tupis apelavam Mairapé, isto é, Caminho de Maíra, às estradas pré-colombianas, similares a estas que no Leste e no Centro e Sul os guaranis apelavam Peabiru e as atribuíam a Pay Tomé. Com isso, podemos estabelecer, na mitologia indígena, uma identificação dentre Pay Tomé e Maíra, este, como já dito, um herói mítico e que deveria ter as características que em geral se atribui a Tomé, o de ter cabelos brancos, visto que os tupis, mesmo apelando maíras a todos os europeus, davam tal nome preferentemente àqueles que, de qualquer nacionalidade européia, eram contudo loiros. E realmente, de Tomé se dizia que era alto e loiro. De Tomé, diz a lenda andina, que tendo ele ido a tal região e ali ensinado a agricultura, foi muito aclamado pelos nativos, porém, quando condenou a antropofagia e a poligamia, os homens decidem matá-lo, prendendo-o na região do lago Titicaca, dentro de uma cabana, à qual atearam fogo. Não lograram assassiná-lo e ele partiu pelo oceano Pacífico, prometendo retorno. No Brasil, como dito, tentaram em vão flechá-lo. Hernâni Donato sustentou que Tomé não foi um único indivíduo, porém, uma série deles, um grupo de monges escandinavos que, em meados do século XII, deixando seu bispado na Islândia, passou-se para a América do Norte, daí para a América Central, inclusive ilhas do Caribe; deste, para o nosso Estado do Maranhão e dali para o interior continental. Por isso que, diz, quando da expedição de Orellana ao Amazonas, segundo o relato de Frei Gaspar de Carvajal, os espanhóis se espantaram quando, ao invés da costumeira gente de pele bronzeada e cabelos negros, toparam com a chegada, na aldeia onde se encontravam, com quatro indivíduos brancos e de cabelos claros e longos até à cintura, sendo eles altos, um palmo a mais do que os cristãos, sendo todos eles muito bem educados, explendidamente vestidos e ornados com peças de ouro. Teriam dado muitos informes e conversado com eles em espanhol fluente, porém, não revelaram sua procedência, nem quem eram, nem qual seu destino [Donato, “No Brasil o Paraíso”, in Cadernos de Problemas Brasileiros, Nº 343, Jan./Fev. 2001].</span></div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-67957719817823160182011-08-26T12:53:00.000-07:002011-08-26T12:53:25.541-07:00EU VOCÊ E OS OUTROS<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.ndonline.com.br/uploads/2011/08/24-08-2011-03-23-44-bond-by-ricardo-gama-1-custom-.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" qaa="true" src="http://www.ndonline.com.br/uploads/2011/08/24-08-2011-03-23-44-bond-by-ricardo-gama-1-custom-.jpg" width="320" /></a></div><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>Conforme anuciamos na ultima postagem, comesa a ser lançado a nivel nacional o livro EU VOCÊ E OS OUTROS, de autoria do jornalista e escritor Fernando Bond. O lancamento já ocorreu no Rio de Janeiro, Curitiba e Florianópolis e devera ser lançado em outras diversas capitais e grandes cidades do pais. Estamos postando algumas entrevistas em televisão concedidas pelo autor do livro.</em></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div><div align="center"><br />
</div><div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="345" src="http://www.youtube.com/embed/A51ZqmQw4K4?rel=0" width="420"></iframe></div><br />
<div align="center"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="345" src="http://www.youtube.com/embed/fOivmaTqmMQ?rel=0" width="420"></iframe></div><br />
<div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="345" src="http://www.youtube.com/embed/TTsN-cEWveM?rel=0" width="420"></iframe></div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-42054484693275533922011-08-26T12:19:00.000-07:002011-08-26T12:24:53.857-07:00HISTÓRIA DO CAMINHO DE PEABIRU<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><em>O texto que estamos postando hoje tambem faz parte do livro História do Caminho de Peabiru, da jornalista e escritora Rosana Bond nossa colaboradora.</em></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" qaa="true" src="http://www.anovademocracia.com.br/54/21a.jpg" width="227" /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para os interessados em adquirir o livro “História do Caminho de Peabiru” dirigir-se à Edirora Aimberê e Jornal a Nova Demecracia. Fones: (21) 2256 6303 e 2547 9385. site: </span><a href="http://www.anovademocracia.com.br/"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">http://www.anovademocracia.com.br/</span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> e-mail: </span><a href="mailto:anovademocracia@uol.com.br"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">anovademocracia@uol.com.br</span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> / </span><a href="mailto:comercial@anovademocracia.com.br"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">comercial@anovademocracia.com.br</span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> . Em Santa Catarina pelo telefone: (48) 3335 0150.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma assombrosa rede de vias</span></b></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como vimos antes, além de utilizarem trajetos pré-existentes abertos por outras tribos, os guaranis também construíram para suas migrações ou intercâmbios, uma enorme rede em todo seu vasto território paraguaio, brasileiro, boliviano, argentino, uruguaio.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Muitos desses caminhos, porém, não eram simples trilhas abertas na mata, conforme Moisés Bertoni. Possuíam uma característica muitíssimo interessante, de serem rotas gramadas, cuja abertura e manutenção envolviam uma notável criatividade.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eis o que contou o cientista:</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Tinham os guaranis grandes vias de comunicação que lhes permitiam manter-se facilmente informados de tudo o que ocorria nas diferentes regiões da dilatadíssima superfície que ocupavam.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O sistema (de construção de caminhos) era muito fácil e engenhoso.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Abriam picada no mato e depois de limpá-la com certa prolixidade, a semeavam de trecho em trecho com sementes de duas ou três espécies de gramináceas, especialmente uma cujos brotos se propagam com suma facilidade. </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As plantas que nasciam logo cobriam completamente o solo e podíam impedir o crescimento de árvores e ervas; sem elas a picada ficaria oculta.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essas gramináceas tão bem escolhidas tinham a especialidade de ter sementes glutinosas ou sedosas, de tal maneira que grudavam espontaneamente nos pés e pernas dos (índios)viajantes.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Bastava plantá-las a grandes distâncias, de légua em légua por exemplo, para que em pouco tempo, um ou dois anos talvez, ficasse o caminho atapetado por uma cobertura que impedia o crescimento de arbustos e ervas daninhas que pudessem obstruí-lo”. (126)</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Abrindo um parêntesis: é curioso notar que nos anos 1600 e 1700, os jesuítas informaram que o longo caminho entre São Paulo e o Paraguai, que disseram ser chamado de Peabiyu ou Peabiru, possuía características semelhantes, ou seja, era forrado por gramíneas. </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Voltemos ao que se dizia. </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Segundo o cientista suíço, tal método possibilitou aos guaranis a implantação de uma malha de caminhos “assombrosa”:</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Devido a esse procedimento, os povos guaranis puderam abrir vias de comunicação verdadeiramente assombrosas.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma dessas vias passava do Guairá (Obs: Grande área que abrangia parcela do Paraguai, toda a faixa oeste do Paraná, e também a zona centro-norte e centro-sul do estado) à costa do Brasil.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Outra saía da costa de Santa Catarina e chegava ao Salto Iguaçu. Outra, desde o Salto Iguaçu passava à região do Guairá. Uma continuação da mesma, desde o Salto Iguaçu, chegava a (ilha) Parehá para ir à serra do Tape, onde havia outra nação guarani confederada.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Da serra dos tapes seguia até a costa do mar, como outra que provavelmente saía da Ilha dos Patos (Obs: Aqui ficamos em dúvida se ele referia-se a Florianópolis/SC ou lagoa dos Patos/RS ).</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Desde Parehá, saía outra via que chegava seguramente até perto de Assunção, provavelmente por Lambaré, centro dos carios. </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por fim, outra via, de Parehá ou do Iguaçu saía tomando uma direção Nordeste, passava a visitar os tobatins. E cruzando os territórios dos tarumás punha seguramente os itatins em contato com todo o resto da confederação (guarani)”. (127) </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para que se entenda melhor a descrição de Bertoni, esclarecemos:</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tapes – Foi o nome que se deu aos guaranis que habitavam entre os rios Grande e Uruguai, abrangendo o interior do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e o norte do Uruguai.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Carios – Foi o nome que se deu aos guaranis que habitavam uma faixa nas confluências dos rios Ypané, Jejuí, Manduvirá, Pilcomayo com o rio Paraguai, incluindo Assunção e áreas ao sul da capital paraguaia. Ocupavam também as praias do Atlântico, onde foram chamados pejorativamente de “carijós” (como as galinhas), no século 16, pelos invasores europeus e mais tarde pelos bandeirantes.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tobatins – Foi o nome que se deu aos guaranis que habitavam a zona do rio Manduvirá, no Paraguai, limite entre os departamentos de San Pedro e Cordilheira. </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tarumás – Foi o nome que se deu aos guaranis que habitavam as serras de San Joaquin e matas do rio Jejuí, no Paraguai.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Itatins – Foi o nome que se deu aos guaranis que habitavam ao norte do rio Manduvirá, na região dos rios Ypané, Apa e Miranda, hoje áreas paraguaia e brasileira (Mato Grosso do Sul).</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Além dessa versão de Bertoni sobre a rede terrestre guarani (Peabiru e demais caminhos) existem várias outras. </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cronistas da época da Conquista e estudiosos modernos apresentaram trajetos diversos, principalmente para o Peabiru. Entre eles estão alguns incompletos ou contraditórios, fato que transformou o assunto num quebra-cabeças complicado de montar.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(Obs: Sobre esses trajetos, ver Volume 2, que deverá ser lançado em 2012) </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Embora tenham se destacado por suas rotas terrestres como vimos, os guaranis também utilizaram caminhos fluviais. Navegavam por trechos dos rios Paraguai, Paraná, Uruguai, Prata e vários de seus afluentes.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se dizemos “por trechos” é porque existiam tribos adversárias em diversos pontos desses rios, que impediam ou dificultavam a passagem dos guaranis.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Estes eram bons canoeiros, mas não chegaram a ter a fama dos paiaguás por exemplo, tidos como “donos” do rio Paraguai, como disse Gonzalez Torres:</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“(Os Paiaguá) paleolíticos, fundamentalmente pescadores, grandes canoeiros, belicosos, de grande mobilidade fluvial, também caçadores, eram os donos do rio Paraguai desde a desembocadura do Bermejo no sul, até a terra dos Guasarapo no norte (do território paraguaio)”. (128) </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O domínio paiaguá sobre grande parte do rio poderia ser um dos motivos pelo qual o Peabiru, na zona paraguaia, parece ter sido um caminho preferencialmente terrestre e não fluvial.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O território nas pernas</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como já dissemos os guaranis têm, até os dias de hoje, um profundo respeito pelos caminhos. O “caminho”, o “caminhante” e o “caminhar” são realidades e conceitos preciosos dentro do seu complexo mundo cultural.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tanto que eles, notadamente os mbyás, orgulhosamente se autodefinem como tapejaras.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esta palavra algumas vezes aparece traduzida como “povo sempre em movimento”. </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas Werá Tupã (Leonardo) deu-me outra explicação. Foi na noite de 14 de outubro de 2006, na aldeia de Imaruí, litoral sul de Santa Catarina. Eu e a amiga Eliana Passos havíamos levado Werá de carro àquela aldeia, onde ele desejava visitar alguns familiares, e fomos convidadas a dormir lá.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nos sentimos honradas, pois nunca ou quase nunca os guaranis permitem que juruás pernoitem em suas comunidades. Nós e o pequeno Victor, filho de Eliana, fomos alojados num rancho, ao lado do rio dos Inácios. A construção pertencera ao antigo dono daquelas terras, que há alguns anos foram adquiridas pela Funai.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando anoiteceu, uma fogueira foi acendida no centro do rancho e logo surgiu o pajé Timóteo, com o cachimbo tradicional (petynguá) e a cuia de chimarrão. Sentados em volta do fogo, fumando e tomando o mate, conversamos por horas.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Foi então que perguntei a Werá Tupã o que significava a palavra e porque os guaranis se definiam como tapejaras.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E ele respondeu o seguinte:</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Nós somos tapedjá porque sempre estamos no caminho.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Falam muita coisa, mas de verdade essa palavra significa ‘guardião dos caminhos’, ‘guia dos caminhos’, ou ‘dono dos caminhos’. </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não quer dizer só guia de estrada, mas também do caminho espiritual.”</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Apesar de curto o esclarecimento de Werá reforçou, para mim, a compreensão de como o vínculo guarani com os caminhos é importante, visto que se consideram seus “guardiões”.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mais que isso: a tribo inclusive sacraliza as caminhadas, que chama de oguatá.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Oguatá, a caminhada, é a representação do percurso da reatualização do mito original da fundação do mundo mbya (guarani) e de seus heróis fundadores : a existência do mundo terreno se faz e é feita pelo movimento, nomeando o espaço, rompendo o território, redescobrindo e reconquistando o mundo.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A migração é a celebração e a lamentação dos mbya sobre o mundo natural e humano. Um rito de identificação de um povo que não pára, um povo que caminha no espaço vivenciado como um campo de constante travessia, movimento e reciprocidade, uma comunicação de palavras, bens, mulheres e homens que circulam ininterruptamente”. (129)</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A antropóloga Flávia de Mello diz que nas caminhadas, até os dias atuais, está um desejo da tribo de imitar os deuses, além de ser um reforço aos poderes dos xamãs:</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Oguatá Porã significa literalmente boa caminhada. O caminhar tem uma conotação cosmológica fundamental para os Guarani.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(...)É a forma com que os deuses construíram o mundo, e o caminhar pelas distintas aldeias, reconstruindo suas casas, roças, suas vidas enfim, reproduz essa conduta (das divindades).</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(...)Em sentido mais amplo, oguatá é uma metáfora para ‘viver’. As oguatá, ato de caminhar, ou as ‘viagens’, são ações fundamentais para a aquisição e a utilização dos poderes xamânicos”. (130)</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">De acordo com Dorothea Darella, para os guaranis as caminhadas, as migrações, os movimentos, “fazem parte de sua noção de mundo”. (131) </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Juan Manuel Prieto, no artigo que me deu, mencionado antes, dizia que uma das razões que levavam os guaranis a revoltarem-se contra os jesuítas, era que estes os obrigavam a ficar dentro das reduções (criadas a partir dos anos 1600), proibindo-os de caminhar.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Egon Schaden, por sua vez, afirmava: “O guarani tem seu território nas pernas”. (132)</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Imagine-se assim a importância que os caminhos, principalmente o Peabiru, teve para um povo como esse.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><br />
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os guerreiros vigiam o caminho</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Quando Nhanderu fez o mundo, ele fez também os caminhos”, disse um guarani a Maria Inês Ladeira. (133)</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Flávia de Mello, para sua tese de doutorado, ouviu coisa parecida sobre a ligação entre os deuses e os caminhos.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“As narrativas de pessoas Chiripá e Mbyá com quem trabalhei indicaram que o ‘caminhar’ é uma conduta própria dos Guarani, preconizada pelos deuses, e que em si já consiste numa conduta sagrada”.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A presença constante nas rotas terrestres da América do Sul, desde milênios atrás, fez dos guaranis excelentes caminhantes. A tribo tem “etos de oguatá e seus heróis culturais são heróis caminhantes”, dizia Branislava Susnik. (134)</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esses laços estabelecidos com os caminhos fizeram surgir hábitos, costumes e técnicas muito interessantes.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A antropóloga Deise Montardo, por exemplo, fez em 1996 uma caminhada com um grupo guarani e viu o uso de regras especiais de etiqueta.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Quando estive com colegas na aldeia Peperi, Misiones (Argentina), em 1996, caminhamos desta até a aldeia Barra Grande, distante cerca de duas horas de caminhada.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando estávamos próximos, o cacique que nos acompanhava parou de caminhar e avisou-nos que a partir daquele momento não deveríamos mais dirigir a palavra a ele e sim ao cacique da aldeia à qual nos dirigíamos.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Continuamos caminhando e ele foi tocando o popygua (Obs: Objeto composto por duas pequenas varas amarradas), avisando sobre nossa chegada”. (135) </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tal aviso, segundo Deise, se devia ao fato de que “as aldeias são guardadas por soldados que fazem a vigilância”. Não se tratam de soldados brancos, mas sim de guerreiros indígenas treinados na xondaro, a luta marcial da qual já falamos.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Alguns amigos guaranis me confirmaram que também em muitas aldeias brasileiras “os xondaro fazem a guarda dos caminhos” que levam a elas.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nos últimos anos, em pelo menos duas oportunidades, ao visitar aldeias, percebi que já era esperada antes mesmo de desembarcar do automóvel. Não vi os guardiões, mas eles certamente avisaram a comunidade sobre minha presença na trilha de acesso. </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É fascinante constatar a preservação do hábito de proteger os caminhos (e consequentemente, as aldeias), porque isso vem de séculos atrás, de tempos pré-colombianos. Foi o que disse Branislava Susnik.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Relatou ela que, antes da chegada de espanhóis e portugueses, os guaranis não permitiam que nenhuma outra tribo penetrasse em seus caminhos e territórios onde houvesse aldeias, se não tivesse um salvo-conduto, um passe livre, chamado de táhaé.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Em todo o habitat guarani, os limites da tekoha (aldeia)eram infranqueáveis e se necessitava, para atravessá-los, o táhaé do chefe comunal (cacique)”. (136) </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com a invasão européia, no século 16, os guaranis se viram obrigados a liberar o táhaé aos espanhóis. Mas garantiram um acordo, que funcionou parcialmente nas primeiras décadas de 1500, para ser totalmente descumprido pelos invasores na segunda metade do século.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O trato era no sentido de que se os castelhanos evitassem cruzar por seus caminhos e aldeias (tekoha), eles, os guaranis, lhes levariam alimentos e outros produtos onde quer que precisassem.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“A entrega dos víveres era um modo de evitar a entrada direta (dos espanhóis) na tekoha e de manter longe o oguatáva ocasional (Obs: Caminhante branco ou indígena, de outro povo).</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por esta mesma razão, os víveres eram entregues, nos primeiros tempos, fora do limite da tekoha.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esta tática circunstancial de uma defesa pacífica não caracterizava somente os Guaranis mas também os Arawak, os Xarayes e os neolíticos amazônicos em geral.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(...)Estes abastecimentos logo tomaram outro perfil, tornando-se doações forçadas e repetidas (aos espanhóis) que diminuíram a potência do depósito alimentar (guarani) e influíram na estabilidade precária da economia comunal”. (137) </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A partir disso se poderia chegar a uma observação divertida. </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O governador Cabeza de Vaca, no diário da viagem que fez de Santa Catarina a Assunção em 1541, falava vaidosamente do respeito e admiração que os guaranis tinham por ele. </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pois, dizia, em todo o trajeto os índios apareciam no caminho (Peabiru) para entregar comida a ele e à sua tropa. Mal sabia Dom Vaca que o que eles queriam mesmo era mantê-lo bem longe dos seus quintais...</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Falando em coisas divertidas, os guaranis, como especialistas em caminhos e caminhadas parecem ter possuído truques peculiares para despistar perseguidores.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Bertoni, por exemplo, disse ter conhecido índios guaranizados, conhecidos como “bugres”, que costumavam andar pelos caminhos... de ré !</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A coincidência é que há uma lenda guarani e tupi sobre o Pita-Yovai (Paraguai) e o Caipora/Curupira (Brasil), espécies de “duendes” que percorriam os caminhos da mata andando de costas, para confundir as pessoas.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No caso do Pita-Yovai, a figura tem 2 calcanhares em cada pé . Narra Lopez Breard :</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“É indubitavelmente um mito que funda suas raízes na época pré-colombiana.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(...) Sua característica mais notável é a de ter, ao invés de dedos, outro calcanhar. O que torna impossível seguir seu rastro ou a direção que toma.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(...) É um mito que inquestionavelmente integra a constelação guaranítica, ainda que podemos dizer dele que está em via de extinção (Obs: Breard se refere a 1995)”. (138)</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sobre os índios que andavam pelos caminhos de ré, contou Bertoni:</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Estou convencido de que o caso do Puihta-Yovai não é mera superstição, ou lenda completamente infundada.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Além de tudo, é bastante raro que uma crença popular muito arraigada não tenha algum fato real como base e origem.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pois bem, os ‘bugres’, quando se vêem muito acossados pelo inimigo e querem despistá-los, dão uma tal forma ao pé, em seus passos na caminhada, que resulta difícil saber qual é a direção que estão tomando”. (139)</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quanto ao Curupira guarani e tupi, além de andar de costas, curiosamente seria também o protetor de “um certo caminho” que levava a altas montanhas, segundo escreveu o padre José de Anchieta em 1560. Seria o Curupira um guardião do Peabiru ? </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Costumam os índios deixar em certo caminho, que por ásperas brenhas vai ter ao interior das terras, no cume da mais alta montanha, quando por cá passam, penas de aves, abanadores, flechas e outras cousas semelhantes, como uma espécie de oblação (ao Curupira)”. (140) </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Não consegui descobrir entre meus amigos guaranis se, antigamente, tal prática de andar de costas foi verdadeira. À minha pergunta, recebi apenas sorrisos travessos...</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Porém outros hábitos, que nada têm de folclore, foram seguramente criados para as caminhadas e os caminhos, os quais perduram até a atualidade. </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Entre eles podemos citar os sonhos de decifração obrigatória antes das viagens (sem interpretar seus sonhos, o caminhante guarani não entra no caminho); o trançar e enfeitar os cabelos pelas mulheres; o amarrar do tetymakuá (espécie de cordão feito com cabelos femininos) na panturrilha pelos homens; o levar sempre consigo o popyguá de proteção.</span></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_yIHkOkofUss/S7SMKEz-G5I/AAAAAAAABoY/AiUoStv79xE/s320/peabiru.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" qaa="true" src="http://1.bp.blogspot.com/_yIHkOkofUss/S7SMKEz-G5I/AAAAAAAABoY/AiUoStv79xE/s320/peabiru.jpg" /></a></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div></div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-60107243403471129282011-08-02T10:53:00.000-07:002011-08-02T10:53:56.373-07:00EU, VOCÊ E OS OUTROS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.esextante.com.br/informativo/2011_07_2901/convite_EuVcOutros.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://www.esextante.com.br/informativo/2011_07_2901/convite_EuVcOutros.jpg" width="452" /></a></div><a name='more'></a><br />
<br />
<!--more--><br />
<!--more--><hr /> <span style="font-size: small;"></span><h4 style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-weight: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Se você está disposto a ser o primeiro a quebrar o ciclo de violência e intolerância e se tornar uma pessoa melhor, para ajudar os outros e a si mesmo, este livro é uma leitura obrigatória. </span></h4><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i> </i>Como disse o músico e poeta Tom Jobim: “É impossível ser feliz sozinho.” Para que a nossa felicidade seja cada vez maior, temos que ajudar os outros a serem felizes também. Bem-vindos à Era da Mútua Ajuda.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Mas, atenção, isso não significa que temos que abrir mão de nós mesmos. Pense num avião: qual é a orientação da equipe de bordo em caso de despressurização da cabine? Primeiro ponha a máscara de oxigênio em você, para depois ajudar os outros.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Neste livro, Fernando Bond nos convida a empreender uma viagem de autoanálise e autoconhecimento. A primeira pergunta que ele nos desafia a responder é: tenho feito tudo o que posso para melhorar e ser mais feliz?</span><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;"> </span></span></div><h4 style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></h4><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Muitas pessoas só conseguem dar uma guinada em suas vidas depois de terem chegado ao fundo do poço. No entanto, há remédios menos amargos: basta se livrar das armadilhas do ego, deixar de lado a máxima “Mas eu sou assim!” e aceitar as mudanças positivas. </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Com uma linguagem leve e direta,<i> Eu, você e os outros</i> vai lhe mostrar um caminho para se tornar uma pessoa melhor, capaz de amar de verdade.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">****</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Todos temos o maior dom do Universo: o livre-arbítrio. Porém, às vezes o utilizamos contra nós mesmos e caímos nas armadilhas do ego e da personalidade. Quando isso acontece, nos tornamos infelizes e incapazes de ajudar o próximo. </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Em <i>Eu, você e os outros</i>, Fernando Bond mostra que é possível virar o jogo. Basta usar o livre-arbítrio para nos tornarmos pessoas melhores e mais felizes.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Para nos ajudar nessa jornada, ele propõe 15 Pausas para pensar. Em cada uma delas, você deve refletir sobre algumas questões e anotar suas conclusões, ajudando assim a escrever este livro.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Olhe-se no espelho. Você é o que sonhava ser? O próximo passo é aprender a per doar a si mesmo, reconhecer seus erros e não repeti-los. Somente depois disso será capaz de pedir perdão e, o mais importante, perdoar os outros.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Uma das maiores dificuldades dos tempos modernos é romper o ciclo de intolerância e violência. Para fazer isso, você deve entender que, assim como o corpo precisa de bons alimentos e exercícios, a alma também tem que se nutrir com ideias e sentimentos positivos.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">É preciso fazer uma Dieta espiritual, alimentando a alma com virtudes como confiança, bom humor, otimismo e grandes doses de humildade, caridade e esperança. Uma vez que começamos a inserir esses alimentos do bem em nosso dia a dia, eles vão se unindo a outros e acabam por nos colocar de volta na Estrada do Progresso.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Somente assim chegaremos ao amor verdadeiro e teremos sabedoria para em pregar nossa energia no que é realmente importante: ajudar o próximo e, dessa forma, encontrar o caminho da nossa própria felicidade.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><br />
<h4 style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><i><i><span style="font-size: small;"><span style="font-weight: normal;">O Autor, Fernando Bond, é irmão de Rosana Bond, jornalista e escritora, nossa grande colaboradora e conhecida pelo seu trabalho de pesquisa sobre o Caminho do Peabiru, sendo autora de varios livros sobre esse fascinante caminho indigena que cobre a distancia entre os oceanos Atlantico e Pacifico. </span></span></i></i></h4></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.esextante.com.br/informativo/2011_07_2901/convite_EuVcOutros.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br />
</a></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-37748378019429147052011-07-06T07:33:00.000-07:002011-07-06T07:33:01.110-07:00HISTÓRIA DO CAMINHO DE PEABIRU<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> A partir de agora estaremos postando trechos do livro “História do Caminho de Peabiru”, obra da escritora e jornalista Rosana Bond, uma das vozes mais ouvidas nas pesquisas sobre o fascinante Caminho de Peabiru, alvo de estudos e pesquisas de antropologos, arqueologos e historiadores do Brasil e vários outros países interessados na recuperação e conservação de trechos desse Caminho pre-colombiano de 4 mil km. por onde se movimentavam nações indigenas predecessoras da atual civilização.</span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Rosana Bond nasceu em 1954 em Curitiba e criou-se em Londrina - Pr onde iniciou sua carreira de jornalisa. Trabalhou em vários órgãos da imprensa brasileira, como Folha de Londrina, O Estado de São Paulo, Tribuna da Bahia, Jornal de Brasília, e TV Catarinense.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tem 14 livros publicados, entre eles “Nicarágua – A bala na agulha”, “A civilização Inca”, “Sendero Luminoso – Fogo nos Andes”, “A saga de Aleixo Garcia”, “Peru – Do Imperio dos Incas ao Imperio da Cocaina”. Rosana também é escritora de obras infanto-juvenis, e é tida como nome de peso no segmento escolar brasileiro. É membro do Instituto Histórico e Geografico de São Paulo, e reside atualmete em Florianopolis - SC.</span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Para os interessados em adquirir o livro “História do Caminho de Peabiru” dirigir-se à Edirora Aimberê e Jornal a Nova Demecracia. Fones: (21) 2256 6303 e 2547 9385. site: </span><a href="http://www.anovademocracia.com.br/"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">www.anovademocracia.com.br</span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> e-mail: </span><a href="mailto:anovademocracia@uol.com.br"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">anovademocracia@uol.com.br</span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> / </span><a href="mailto:comercial@anovademocracia.com.br"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">comercial@anovademocracia.com.br</span></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> . Em Santa Catarina pelo telefone: (48) 3335 0150.</span></div><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">HISTÓRIA DO CAMINHO DE PEABIRU<br />
<br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKalmnbShM3BX84RRdMhY0VTFO9ePU8LOJvTFdGyjg-VH223sn0SSQmdWdJtw7MswRwrFKELQovegmgoK9tN7IGNAqbRfz5Y6LN4CFDHzoQkEQAA9PMAHV-i5HMvfaAHmBAWN8fR0tqDvO/s320/img309.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" m$="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKalmnbShM3BX84RRdMhY0VTFO9ePU8LOJvTFdGyjg-VH223sn0SSQmdWdJtw7MswRwrFKELQovegmgoK9tN7IGNAqbRfz5Y6LN4CFDHzoQkEQAA9PMAHV-i5HMvfaAHmBAWN8fR0tqDvO/s320/img309.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div align="justify" class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"></div><br />
<a name='more'></a><br />
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<br />
<div class="western" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pelos caminhos dos outros</span></b></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Depois de sair da Amazônia, estando 500 anos no Paraguai, chegou um momento em que parcelas dos guaranis começaram a andar para leste.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(Obs: Esses movimentos, registrados em tribos sul-americanas, não seriam migrações e sim “expansões”, já que não envolviam o abandono do velho território, conforme diz Noelli no artigo <b>The tupi: explaining origin and expansions in terms of archaeology and of historical linguistics</b>, de 1998). </span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As caminhadas guaranis sucessivas, em levas, no sentido Paraguai-Brasil, parecem ter se dado por várias rotas, existindo 3 mais destacadas, que depois receberiam desses índios o nome de Peabiru: pelo rio Ivaí, rio Piquiri e rio Uruguai.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As andanças devem ter se iniciado antes de 50 d.C., pois nesta data eles já estariam alcançando o Mato Grosso do Sul, o interior do Paraná e o oeste de Santa Catarina.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(Obs: No oeste catarinense Walter Piazza anotou uma datação muito recuada, de 70 a.C., na obra <b>Santa Catarina: Sua história</b>. Mesmo que se trate de um equívoco, a Arqueologia não descarta uma presença guarani bastante antiga naquela região).</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pouco mais tarde, em 150 d.C., estariam no interior do Rio Grande do Sul, tendo passado antes pela Argentina (Corrientes e Misiones). Em São Paulo é provável que estivessem presentes muito antes de 950 d.C.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A expansão/migração rumo ao Atlântico foi bem vagarosa, porém constante. Os estudiosos dizem que ao chegarem na costa do Rio Grande do Sul, esses índios teriam subido paulatinamente pelo litoral, até S. Paulo. No entanto, as datações ainda não confirmam isso totalmente.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Subindo desde as praias gaúchas ou vindos pelo interior, os guaranis alcançaram a litoral de Santa Catarina talvez em 450 d.C. </span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Hoje se informa que tal fato aconteceu bem mais tarde, por volta do ano 1000 ou 1050 d.C. Porém a própria Arqueologia acha que a ocupação guarani das praias catarinenses deve ser mais antiga, prevendo a descoberta de sítios de 450 d.C. </span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Todas as datações que acabamos de apresentar foram baseadas em Noelli, Schmitz, Piazza e Masi. E são aproximadas, pois ainda faltam pesquisas nesse campo. Algumas datas foram constatadas em sítios arqueológicos e outras são previsões feitas pelos arqueólogos.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Muito bem, vamos agora a um outro ponto,a uma pergunta fundamental: nessa migração/expansão do Paraguai ao Atlântico, os guaranis já encontraram um caminho pronto, aberto?</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É possível imaginar, sim, que vários trechos de caminhos nesse trajeto, já existiam naquela época.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pois diversos povos indígenas já ocupavam o Mato Grosso do Sul, Rio Grande, Santa Catarina, Paraná e São Paulo milênios ou séculos antes da passagem dos guaranis. </span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essas outras tribos transitavam por esses territórios, deviam ter suas trilhas, inclusive algumas para o litoral, visto que pelo menos 2 grupos (os sambaquieiros e os itararés) vieram do interior para as praias atlânticas. </span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Vejamos alguns exemplos:</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><u>Tradição umbu</u> – Em SP,PR, SC e RS, de 10.000 a.C. até 1000 d.C., não-litorâneos, chamados de “caçadores dos campos”, de alta mobilidade (portanto usuários de caminhos).</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><u>Tradição humaitá</u> – Nos mesmos estados, de 7000 a.C. até 950 d.C., não litorâneos.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><u>Sambaquieiros</u> – Do Rio de Janeiro a Torres (RS), de 5000 a.C. até 1 AD, habitantes dos concheiros ou sambaquis, migração do interior ao litoral. Sambaquieiros fluviais do Ribeira do Iguape (SP), 8000 a.C.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><u>Tradição itararé ou taquara</u> – Em SP, PR, SC e RS, de 800 a.C. até 900 d.C., migração do interior ao litoral, pioneiros ceramistas.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esclarecemos que utilizamos essa classificação por “Tradições” apenas por serem mais conhecidas.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tal nome e divisão de povos vieram do PRONAPA (Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas), executado entre 1965 e 1970. Mas alguns arqueólogos atuais vêm questionando os trabalhos feitos pelo Programa. </span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dentre eles está Francisco Noelli, que no artigo <b>Repensando os rótulos e a história dos Jê no sul do Brasil a partir de uma interpretação interdisciplinar</b>, de 1999 afirmou: </span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“<i>(...)Se considerarmos as idéias e fatos produzidos no ambiente americanista desde o século XIX, somos obrigados a considerar que os pressupostos, hipóteses e interpretações pronapianas conceberam um cenário falseado e estanque em relação à América do Sul.</i></span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(...)Isto é, enquanto americanistas de diferentes disciplinas, movidos por distintas orientações teóricas, debatiam e construíam um modelo para os Jê e os Macro-Jê, os pronapianos iam ‘reinventando a roda’ sem nenhuma conexão com as demais descobertas de etnólogos, linguistas, geneticistas, historiadores e outros cientistas”.</span></i></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O PRONAPA foi dirigido pela arqueóloga estadunidense Betty Meggers e seu marido Clifford Evans. </span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Além das críticas científicas, surgiram também acusações de outro tipo. Houve quem lembrasse que os pronapianos contaram com o incentivo da ditadura militar brasileira e o casal foi apontado como ligado à CIA, agência de espionagem dos USA.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essa informação foi dada em 1992 por Anna Roosevelt, arqueóloga da Universidade de Illinois e bisneta do ex-presidente Theodore Roosevelt. Anna afirmou que Meggers/Evans tinham outros interesses no Brasil, além da pura investigação científica. Mais tarde, ela esclareceu que o casal tinha pertencido à OSS (Departamento de Serviços Estratégicos), que deu origem à CIA. </span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um “correio” engenhoso</span></b></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Embora os guaranis provavelmente tenham usado, desde suas primeiras migrações do Paraguai ao leste, caminhos que já existiam, eles também foram “construtores”.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essa construção foi registrada inclusive em sua mitologia, onde contam que o deus Nhanderu Guaçu veio ao leste “ por uma trilha aberta na selva...(veio) rompendo galhos e folhagens para que houvesse uma trilha”, disse Miguel A. Bartolomé em <b>Chamanismo y religión entre los Ava Katu Ete</b>. </span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Na verdade os guaranis não só abriram vias, mas passaram também a reverenciar as caminhadas e os caminhos (tanto os terrestres quanto os celestes e espirituais), como veremos adiante.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Implantaram uma ampla rede viária no sul/sudeste do Brasil, sem falar do Paraguai. </span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Segundo Noelli, foram milhares de quilômetros unindo aldeias, roçados, locais religiosos, etc, possibilitando uma notável intercomunicação, que muito ajudou a preservação de sua cultura. </span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“<i>Regiões cobertas por extensas coberturas selváticas eram entrecortadas por milhares de quilômetros de caminhos entre aldeias vizinhas ou distantes, e entre as aldeias e suas diversas áreas de atividades econômicas, como roças, pesqueiros, portos, lugares de coleta, aldeias abandonadas, fontes de matéria prima lítica e argilosa; e de atividades diversas, cemitérios e locais ritualísticos.</i></span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(...)As redes regionais e a estrutura política e social de alianças, sustentadas por um intercâmbio permanente, explica a reprodução constante da cultura material e outros aspectos do ñande reko (“nosso sistema”) Guarani.” </span></i></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esses intercâmbios entre as aldeias guaranis, por meio da sua rede de caminhos, eram realmente intensos.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E nisso a tribo alcançou tal grau de engenhosidade que teria chegado a adotar uma “escrita” peculiar, implantando ainda um eficientíssimo sistema de “correio” que nada ficou a dever aos famosos <i><b>chaskis</b></i> dos incas.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Foi o que afirmou o cientista suíço Moisés Bertoni, que viveu no Paraguai: </span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“<i>Os guaranis tinham e ainda têm, uma espécie de </i><i><b>quipus</b></i><i> (Obs: Cordas com nós, usadas pelos incas como meios de registro e mensagem, com cada nó significando números, palavras e até frases inteiras), que podem ser considerados como um verdadeiro alfabeto em que cada objeto, atuando como símbolo, representa uma palavra, uma idéia, como sucedia com os símbolos do chinês, especialmente o antigo.</i></span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como bem se sabe, no (idioma)chinês o alfaberto não é como o europeu, já há nele um símbolo para cada palavra. </span></i></div><div class="western" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pois entre os guaranis não é com um símbolo que se indica uma palavra, eventualmente uma frase, mas sim com um pequeno objeto. Este pequeno objeto é uma semente, uma pedrinha, um grão qualquer, um dente, um fragmento, um pedaço de fibra, é qualquer coisa, mas tem um significado distinto e preciso.</span></i></div><div class="western" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando os guaranis querem transmitir seus pensamentos, notícias ou avisos a outros guaranis, ou também a outra tribo, enviam por meio de um mensageiro e envolvido em uma pele ou uma bolsinha, um grande número desses pequenos e variados objetos.</span></i></div><div class="western" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A pessoa que recebe abre-o, como eu vi fazerem diante de mim, e imediatamente reconstroi, digamos, o ‘telegrama’, a comunicação ‘escrita’ dessa forma tão estranha.</span></i></div><div class="western" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Isso ocorre e é executado com a maior rapidez, que verdadeiramente me deixou assombrado, locomovendo-se o mensageiro de um ponto a outro em muito pouco tempo. E aquele que recebe traduz o significado desses objetos sem que caiba a menor dúvida.</span></i></div><div class="western" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essa espécie de alfabeto deve ser bastante rico, porque em algumas ocasiões vi bolsinhas que continham centenas de peças diferentes”. </span></i></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sobre os mensageiros, disse Bertoni:</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“<i>Há indivíduos que geralmente são encarregados de levar essas correspondências, se estão indo de uma aldeia à outra ou à residência da comissão central dos anciãos, ou do cacique principal.</i></span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O indivíduo que as leva, se é pessoa que faz especialmente esse serviço, por ser o mais andarilho ou por saber locomover-se com mais facilidade de um ponto a outro, é chamado de <b>parejára</b> ou <b>parehára</b>.</span></i></div><div class="western" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(...)Os guaranis tinham um correio perfeitamente organizado entre todas as aldeias, e ainda o têm, mesmo que seguramente esteja menos ativo. Quando os europeus ocuparam o Brasil viram que todas as nações de guaranis se comunicavam com suma facilidade entre elas. Por isso um dos primeiros descobridores escreveu que (o guarani) era o povo que mais viajava na América do Sul”. </span></i></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O pesquisador paraguaio Juan Manuel Prieto, ex-assessor do Ministério do Turismo daquele país, que dedicou ao Peabiru sua saúde e seus últimos anos de vida (faleceu devido a problemas cardíacos, em 2006, em Assunção, entre duas viagens de estudos peabiruanos de campo)confirmou a existência dos mensageiros. </span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fez isso num artigo não-publicado, <b>Tape Aviru ou caminho de Santo Tomé</b>, que generosamente me presenteou em 2004:</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“<i>Este caminho (Peabiru), composto de um traçado troncal com diversas ramificações, seria a rota transitada em busca da Terra Sem Mal, porém seria também utilizado pelos parehara e os chasquis para transmitir notícias e estabelecer um sistema de alianças”.</i></span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Como se vê, trechos do Peabiru também serviram ao correio guarani.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Passados quase 100 anos desde que Bertoni viu tal correio funcionando, ainda hoje antropólogos observam que esse povo preserva hábitos um tanto parecidos com aqueles intercâmbios de notícias.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">É o que conta Flávia de Mello em sua tese de doutorado :</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“<i>(As caminhadas/deslocamentos entre as aldeias) propiciam um amplo sistema de troca de informações, notícias sobre as aldeias distantes, conselhos de conduta e resolução de problemas com os grupos envolventes, troca de sementes, víveres e artesanato, sementes sagradas, curadores (pajés) e seus pacientes, enfim, os bens e os saberes que circulam nas redes que unem as aldeias Guarani”.</i></span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por outro lado, segundo complementou Bertoni, os guaranis alcançaram tal sofisticação que teriam criado “centros de comunicação”, os <i><b>parehá</b></i> ou <i><b>parejá</b></i>, que eram locais específicos para depositar e distribuir as mensagens, como faz o correio moderno.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“<i>O lugar onde se depositava (a mensagem) ou se entregava a outro encarregado da correspondência chamava-se parejaba ou pareháva, ou simplesmente parehá.</i></span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(...)Havia e creio que ainda há tais depósitos do correio ou lugares de troca de mensageiros.</span></i></div><div class="western" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(...)Os caminhos tinham centros (de comunicação) onde se cruzavam, em um lugar bem escolhido, como o cume de um monte, ou uma gruta, um lugar qualquer onde se pudesse depositar as correspondências.</span></i></div><div class="western" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dessa maneira se facilitava grandemente a comunicação.</span></i></div><div class="western" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por exemplo, para valer-me de um caso que permaneceu até os últimos séculos, o correio que descia do Guairá ou Mato Grosso não tinha necessidade de levar as correspondências até o Alto Uruguai (ao sul), mas sim as deixava numa paragem a meio caminho.</span></i></div><div class="western" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">E o correio que vinha do sul pelo Alto Paraná, as recolhia em uma ilhota muito conhecida, chamada Parejá ou Parehá, ali deixando a correspondência que trazia do sul.</span></i></div><div class="western" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fatos semelhantes, que ocorreram em tempo muito recente e é de nossa recordação, vêm provar que esse sistema de escritura e mensagem por meio desses pequenos objetos, se não era perfeito era engenhoso e eficaz, muito mais se o comparamos ao desenvolvimento daqueles tempos”.</span></i></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Bertoni acreditava que existia um código para decifrar o significado de cada objeto e que este era conhecido em todas as áreas guaranis, inclusive no litoral brasileiro:</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“<i>Evidentemente (para que o correio fosse eficiente) era necessário que o mesmo objeto tivesse um valor absolutamente determinado e conhecido por todas as nações guaranis, (então) não duvido que a convenção abarcasse o sul, o centro, o oeste, a costa do Atlântico e o Amazonas.</i></span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(...) É o caso de notar que nem o povo inca possuía meios de comunicação postal mais perfeitos”.</span></i></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A ilha de Parehá, que fica no rio Paraná, cerca de 80 km abaixo de Ciudad del Leste e Foz de Iguaçu, próxima à pequena cidade paraguaia de Mayor Otaño, parece não ter sido realmente o único “centro de comunicação” dos guaranis, como pensava Bertoni.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sem conhecer nada do cientista suíço, muito menos seus relatos e obras, Karai Tataendy (Adão Antunes), da aldeia Morro dos Cavalos, SC, descreveu algo semelhante em seu livro <b>Palavras do Xeramõi</b>.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Segundo ele, seu falecido avô contava que em tempos antigos os guaranis tinham possuído um local onde trocavam informações, numa praia do Atlântico que ele não soube identificar.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“<i>Contava meu avô que existia um lugar na beira do mar que era um centro de comunicação dos (guaranis) que viajavam de Sul a Norte e de Norte a Sul para visitar parentes.</i></span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Os Guarani tinham esse lugar como um centro de informações de todas as aldeias de Guarani do continente.</span></i></div><div class="western" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Essa aldeia nunca era abandonada, e ninguém morava muito tempo nela, porque era somente um lugar de repouso, encontro de confraternização e referência, de passagem.</span></i></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(...)Os Guarani que vinham do Norte para ir para o Sul paravam nesse lugar para descansar, cantar (Obs: Fazer rituais) e conversar”.</span></i></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www1.an.com.br/1998/jul/fotos/28ane01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" m$="true" src="http://www1.an.com.br/1998/jul/fotos/28ane01.jpg" width="279" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rosana Bond</td></tr>
</tbody></table><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-74696955253548939712011-06-15T07:38:00.000-07:002011-06-15T07:38:43.883-07:00RESGATE HISTÓRICO E CULTURAL<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Em 16 de Abril do corrente ano foi realizada a II Peregrinação na Rota Simbolica do Caminho do Peabiru, pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas de Campo Mourão - Pr., importante ligação com o ramal do Caminho que vinha de Sao Paulo. Este roteiro cobriu o trajeto Campo Mourão - Peabiru Corumbatai do Sul num total de 32km. </span></span> <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://caminhodepeabiru.com.br/2Pege/dsc02234.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="http://caminhodepeabiru.com.br/2Pege/dsc02234.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A etnia Guarani esteve presente na II Peregrinação na Rota Simbolica do Caminho do Peabiru.</td></tr>
</tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://caminhodepeabiru.com.br/2Pege/dsc02291.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="http://caminhodepeabiru.com.br/2Pege/dsc02291.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Caminhada contou com dezenas de participantes de diversos municipios paranaenses.</td></tr>
</tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-77094695769317775432011-06-15T07:21:00.000-07:002011-06-15T11:02:05.257-07:00.<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><title></title> <style type="text/css">
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</style> </div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_1XWnk18N0IE/TMtGhdR5EMI/AAAAAAAAH84/AEUcnH85bPo/s1600/escola_indigena_700.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://3.bp.blogspot.com/_1XWnk18N0IE/TMtGhdR5EMI/AAAAAAAAH84/AEUcnH85bPo/s320/escola_indigena_700.jpg" width="320" /></a></span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Recebemos e estamos postando um breve trabalho didático da índia Guarani Jaxy (Nilsa de Oliveira), especialista em Arte e Educação do Núcleo Estadual de Educação Indígena – Coordenação de Londrina – Pr.</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">De agora em diante estaremos postando regularmente matérias e informações que tratem de assuntos indígenas, em especial da comunidade Guarani, cujas aldeias se interligavam ao longo do Caminho do Peabiru.</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">A apresentação desse trabalho veio por intermédio da nossa amiga e colaboradora Sinclair P. Casemiro (Campo Mourão – Pr), pioneira nas atividades de resgate e preservação do Caminho do Peabiru, que além do seu extenso cabedal pedagógico e intelectual, dedica boa parte do seu tempo aos estudos da civilização indígena no Brasil e países vizinhos, em particular da etnia Guarani. </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><a name='more'></a><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"> </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><title></title> <style type="text/css">
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</style> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><b><span style="font-size: small;"><br />
</span></b><br />
<b><span style="font-size: small;">EDUCAÇÃO E CULTURA INDIGENA GUARANI</span></b><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">EDUCAÇÃO INDÍGENA: Vem de dentro da aldeia, ou seja: é a educação recebida através dos familiares, da comunidade , do Xamã, dos ensinamentos sagrados recebidos e praticados na Oy Guatsu (Casa Grande, Casa Sagrada). </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"> </span> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA: Vem de fora para dentro da aldeia, são os conhecimentos científicos, aliados aos saberes tradicionais indígenas de cada povo.</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Mas é ESPECIFICA: tem uma pedagogia diferenciada, calendário diferenciado e modos de ser, viver e ensinar diferente. </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"> É INTERCULTURAL: ou seja trabalha com conteúdos e disciplinas como matemática, história,artes, português, ciências, etc , mas sem deixar de trabalhar os saberes de seu povo. </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">É BILÍNGUE: a criança aprende através de duas linguas, a lingua materna e o português, ou multilíngue onde aprende a língua materna, português e outras línguas (inglês, espanhol, línguas indígenas de outras etnias). </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">QUAL A DIFERENÇA ENTRE A ESCOLA INDÍGENA E A ESCOLA NÃO INDÍGENA? </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">A Escola Indígena é Especifica, Intercultural e Bilingue, com modos de ver o mundo diferente, temporalidade no ensinar, importância da escola na vida da criança indígena. Quem ensina?(professor espelho do aluno) O que ensina? e para que ensina? As lideranças e os pais acompanham o movimento escolar e o cacique é chamado somente em ocasiões especificas que interferem na escola. </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">A criança é como um pé de milho crescendo, onde deve ser cuidado e regado com carinho , assim como o vento quando beija as plantas e as enche de energia boa, Assim deve ser os ensinamentos e os cuidados dos professores e da comunidade com a criança. Não obrigamos e nem forçamos nossas crianças a ficarem sentadas longas horas na sala aula. </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Respeitar a criança e ouvir os mais velhos, Sem a sabedoria dos mais velhos não há sustentação da cultura e o saber de um povo. </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">E a comunidade não indígena... o que ensina suas crianças a fazer com seus órfãos e os mais velhos? </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">COSMOLOGIA GUARANI:</span><span style="font-size: small;"> Contam os mais velhos uma antiga história sobre a diferença entre o Guarani e o Juruá (não índio). Dizem os mais velhos que todas as almas Guarani vivem juntas em uma grande Oy Gwatsu, que fica no paraíso celestial. E fora da grande Oy Gwatsu existe uma enorme árvore de copa frondosa e verde, onde vivem todos os outros seres vivos. Quando Nhanderu-Ete decidiu povoar a terra, estabeleceu a seguinte ordem: sempre que nasce um Guarani na terra, a alma dele vem da grande Oy Gwatsu. Já os animais e os juruá descem da grande árvore. Mas, para os Guaranis, os seres viventes, mesmo não tendo saído da Oy Gwatsu celestial, merecem nosso respeito. Por isso nós,Guaranis, temos como tradição o não- conflito. Porque consideramos a vida sagrada. Temos tentado mostrar e sensibilizar os juruá (não índios)que somos unos a natureza e que ao destruí-la, destruímos a nós mesmos. Que a terra é nossa mãe e que em seus seios ela guarda a abençoada água para saciar nossa sede e nos dá o alimento. Também desde muito tempo nossos antepassados falam que o nosso espaço terreno deixado por Nhanderu-Ete para vivermos, são o Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e a Bolívia, sendo que o maior apyka ( portal celestial) está no Paraguai, considerado o centro mais sagrado do território Guarani. Assim como Jerusalém é o centro religioso para os juruá cristãos, o Paraguai é o centro sagrado para os Guarani. Por isso que cada Guarani, se sente filho do Paraguai, porque ali é o centro do nosso mundo sagrado. Mesmo vivendo em qualquer outro lugar, nós Guaranis sempre seremos filho/a do Paraguai em busca do Ywy Maraé'y . </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"> TERRITORIALIDADE INDÍGENA: A partir da nossa cosmovisão, nós, povo Guarani, sempre buscamos evitar confrontos com os que se apropriaram de nossos territórios, sendo essas invasões na maioria das vezes violentas e barbaras. Desde a demarcação das fronteiras nacionais a Nação Guarani ficou fragmentada e dividida geopoliticamente em etnias, comunidades, aldeias, famílias, condição esta que enfraqueceu significativamente nosso projeto espiritual, cultural e linguístico como Nação. Apesar das invasões sofridas, nós Guaranis persistimos e resistimos na luta pelos nossos territórios tradicionais, inclusive nas periferias das grandes metrópoles do Mercosul, como em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, onde nossa economia de reciprocidade se contrapõe com o modo de vida individualista das capitais. A territorialidade indígena do povo Guarani sempre teve um espaço terreno próprio de ser para a busca da Yvy maraé’y (Terra Sem Mal) que extrapola fronteiras municipais, estaduais e internacionais. </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-32419098337024565112011-05-27T07:10:00.000-07:002011-05-27T07:10:58.429-07:00ITAPOCU E PEABIRU (parte 04)<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Com a postagem da parte 04 estamos encerrando uma participação importante do amigo José Alberto Barbosa, de Jaragua do Sul - SC. O trabalho até agora publicado é uma parte que se refere ao Caminho do Peabiru dentro do livro Ytapecu - Rio Caminho Antigo, de autoria do citado José Alberto Barbosa. Possiveis interessados em ler a obra completa podem entrar em contato com cadernosdailha@yahoo.com.br .</span></span></div><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJQ61Lb9fNjaz8JyhTNfVWPVzUkqDvmV1w38bWdULw1-UoWOcsDgmJN7f4hmIB0V9qvd5gLYIkksWZiC1QCIHfDB8JL0F9T5cetXTkhMTntlEHtWWolnLfcBJvyhGaDSfkgz1-qHFEkmo/s1600/ima.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJQ61Lb9fNjaz8JyhTNfVWPVzUkqDvmV1w38bWdULw1-UoWOcsDgmJN7f4hmIB0V9qvd5gLYIkksWZiC1QCIHfDB8JL0F9T5cetXTkhMTntlEHtWWolnLfcBJvyhGaDSfkgz1-qHFEkmo/s320/ima.jpg" width="320" /> </a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"></div><br />
<title></title> <style type="text/css">
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</style> <br />
<div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Aqui visitou-me o Pe. João Alfredo Rohr, S.J., depois de trocarmos cartas quando eu era promotor de justiça. A seguir fui visitá-lo no seu Museu do Homem do Sambaqui, cujas portas e coleções ele abriu-me com gosto. Eu tinha lhe enviado notícia de uma itacoatiara desconhecida por ele em uma ilha perto da Ilha de Santa Catarina, creio que a Ilha das Aranhas. Visitando-me na Promotoria de Justiça em Jaraguá do Sul, Pe. João Alfredo Rohr, S.J., o afamado arqueólogo, manteve comigo longa conversa. Andava por aqui em busca de cavernas; estava à cata de bons sítios para pesquisa. Sua morte veio a tolher sua iniciativa, porém, a retomada das pesquisas no Vale do Itapocu – que, creio, se cingiram aos sítios perto da faz -, é algo de imperioso, até porque notícias de concheiros encontráveis na planície na região de Guaramirim – disse-me o engenheiro florestal Dr. Ingo Robl – induzem a presença de sambaquis muito afastados da posição atual do oceano.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><a name='more'></a><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><title></title> <style type="text/css">
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</style> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Embora eu, pessoalmente, imagine que no Vale do Itapocu, em função da bondade das águas do rio principal, sendo a canoagem fácil, menos necessidade havia para trilhas, caminhos terrestres, a verdade é que poderia havê-las, sim. De todo modo, Cabeza de Vaca, ao subir o Itapocu, levando grande comitiva de arcabuzeiros e inclusive vinte e seis cavalos, necessitaria evidentemente de que parte dela – especialmente os ditos animais – viessem por terra, com os seus cavaleiros. Isso pertence, ainda, ao mundo de minas cogitações. Aliás, interessante notar que, numa morada sita no Garibaldi, em Jaraguá do Sul [<span style="font-size: x-small;">E a narrativa, que me recorde, é de Elder Stringari, esposo de minha sobrinha Kathia</span>], achou-se, no começo da colonização ali, uma barra de ferro que recordava uma espada. Estava enterrada muito profundamente no solo. Causou verdadeiro espanto dentre os colonos. O informante não soube dizer o destino da peça; parece, ficou ali, largada pela roça. Cogito, porém, da forte possibilidade de que fosse uma lâmina de espada espanhola, a exemplo daquelele copo de espada – aparentemente castelhana - encontrado no Campo do Tenente, no Paraná, sendo preservada no Museu Davi Carneiro. De todo modo, não são estranhas as referências a antigos caminhos no Vale do Itapocu. Há notícias de estrada na mata, inexplicável, no município de Guaramirim. Também em Barra Velha, que tem a sede sita perto da foz do Itapocu e mesmo sendo local de sua foz antiga, há relatos similares; e a Prefeitura Municipal de lá tem se interessado em explorar o tema peabiruano para fins turísticos e foi mesmo ali recentemente criado o Parque Caminho do Peabiru, o que é de todo louvável. Foi decidida a colocação de 280 placas indicativas. A iniciativa, inclusive, para minha alegria, partiu de meu colega promotor de justiça, que tomou as medidas necessárias para tal implantação perante a muncipalidade; breve notícia, acompanhada de foto, que colhi no artigo de Osni Alves, “Placas Indicativas no Parque Peabiru” [<span style="font-size: x-small;">Correio do Povo, Jaraguá do Sul, 05.04.2008</span>]. </span> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">2 . O historiador Olavo Raul Quandt<b> </b>tratando do Peabiru<b> </b>no seu livro “O Caminho Velho”<b> </b>[Editora Letradágua, Joinville, 2003]<b>, </b>dá a sua opinião de que o Peabiru, no trecho catarinense, não seria pelo rio Itapocu, mas pelo “Caminho de Três Barras” e sustenta que mesmo Cabeza de Vaca e sua comitiva não teriam subido o Itapocu, mas também por Três Barras. Diz ele que nos “Comentários”<b> </b>de Pedro Hernández<b> </b>sobre o trajeto de Cabeza de Vaca, o autor usa a expressão “cruzaram pela ria de Itabucu” e que tal versão, por historiadores, foi entendido como querendo dizer Rio de Itabucu. Que, no caso, a ria é um canal e não um rio e que houve nas traduções para o português um erro de grafia. Diz que Hernández refere claramente o haverem passado “pela ponta da ilha”, o que haveria de se referir à parte da Baía da Babitonga onde depois se ergueria São Francisco do Sul. Diz mais que de qualquer modo a expressão “cruzar pela ria” significa passar por ela e que isso excluiria a foz do rio Itapocu, porque as características da foz do rio não permitem a passagem de veleiros transoceânicos, porque o local comporta apenas barcos pequenos pela boca do rio e que a foz do rio em questão não oferece as mínimas condições para desembarque nele e que no litoral de Barra Velha um recife também tornaria perigosa a operação. Que no mais a região da foz seria composta de charcos insalubres, plenos de mosquitos, não sendo propício aos que por ali quisessem fazer entrada. Também argumenta que pelo Vale do Itapocu o acesso aos campos do Planalto é muito mais distante do que se feito por Três Barras. E que nenhuma tradição aponta, para o Vale do Itapocu, o ter havido nele qualquer Peabiru.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"> Parece-me, dessas palavras, que o historiador Olavo Raul Quandt<b> </b>não deu a devida atenção às palavras de João Sanches, piloto de Cabeza de Vaca, quando este, por Carta a Sua Majestade o Rei da Espanha, explicaria depois o porque optaram em entrar pelo rio Itapocu e mesmo, como ele próprio afirma, em sendo o caminho mais longo e como, na verdade, por sua própria palavra, o Itapocu era efetivamente o caminho mais recomendável.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"> Vejamos, pois, algumas razões em que me fundamento para rebater o pensamento de Quandt:</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;">2.1.<b> ) </b>Quanto a essa dificuldade geográfica do acesso aos campos do Planalto a partir da região da Baía de São Francisco e via Serra do Mar (</span><span style="font-size: small;">Logicamente via o atual Município de Joinville e talvez o monte Crista), o piloto João Sanches<b> </b>(</span><span style="font-size: small;">Que esteve com Cabeza de Vaca e depois pilotou o patacho São Miguel), <b> </b>muito experiente que era das coisas do litoral catarinense, ele até ao contrário diz que seria lá o local ideal para a subida por ser o ponto mais perto de ditos campos do Planalto e dos índios amigos dos espanhóis e lá residentes (</span><span style="font-size: small;">E, de fato o era), mas ele aponta uma outra razão veemente do porque o porto de São Francisco não foi o utilizado e sim o rio Itapocu mesmo sem porto algum. De fato, escreveu ele a Sua Majestade o Rei da Espanha: <i>“Conta-se de Cananéia a este porto de São Francisco vinte léguas pouco mais ou menos e está deserto de índios”</i>. E diz mais: <i>“Se o dito porto de São Francisco fosse povoado por selvícolas, seria a melhor entrada para se ir terra dentro, na conquista do Rio da Prata, porque deste porto até aos índios amigos dos vassalos de Vossa Alteza há muito pouco caminho e por entre os ditos índios se pode ir à dita conquista. Parece-me que se devia povoar em primeiro este porto tendo em vista a dita entrada”</i> e, em seguida, diz claramente ao rei que foi pelo rio Itapocu que ele e os companheiros entraram anos antes, como que ensejando que esse era o caminho certo, ou seja, por ser ele povoado: <i>“Adeante, oito léguas pouco mais ou menos, está o rio Itapucu que quer dizer Pedra Alta, por onde entramos com o dito Cabeza de Vaca”</i> [</span><span style="font-size: small;">João Sanches, in “Carta ao Rei de Espanha”, preservada pelo arquivista de Simancas, datada de 1550, mas que talvez seja de 1553; transcrita no livro “Duas Viagens ao Brasil”, de Hans Staden [EDUSP/Itatiaia, B.Hte, 1974, p. 15].<b> </b></span> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;">Portanto é tornado claro e expresso pelas palavras de João Sanches que, apesar de a região de São Francisco do Sul e Joinville possibilitarem mais proximidade com as tribos planaltinas – as especialmente visadas -, o Itapocu se tornava a rota preferencial por ser uma região habitada, ao contrário daquelas outras terras. A razão do porque aquelas áreas não eram habitadas pelos índios, parece também evidenciada na carta do referido piloto. É que, diz ele, faltam planícies apropriadas ao plantio naquela região esmagada entre os montes, entre o mar e a serra. Para assentar gente lá, diz ele, seria necessário acomodá-las dentre os vales, nos poucos terrenos cultiváveis [</span><span style="font-size: small;">Carta ref., ed. cit., p. 15]. Ora, poucas léguas ao Sul os indígenas contavam já com uma grande e rasa lagoa formada por imensa restinga na Foz do Itapocu, desde tempo incerto dividida em duas – a Lagoa da Cruz a norte da foz e a Lagoa da Barra Velha ao sul da mesma -, certamente um grande atrativo para a pesca e aldeamento, ao contrário dos manguezais, matagais e serranias de léguas acima. Esses dali e os índios do restante do Vale do Itapocu seriam aquela ajuda que eles europeus necessitavam e conseguiram; </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;">2.2.<b> ) </b>Porque os registros históricos demonstram de modo exuberante que foi pelo menos preferentemente pelo rio Itapucu (</span><span style="font-size: small;">Grafia de João Sanches, em 1550 ou 1553) que os governadores e demais autoridades espanholas e lusas, os viajantes e aventureiros adentraram rumo a Assunção ou ao Peru e tendo pelo menos os primeiros deles (</span><span style="font-size: small;">Aleixo Garcia e Cabeza de Vaca) recebido dos índios a orientação em tal sentido; </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;">2.3.<b> ) </b>Também, porque esse uso do curso do rio Itapocu como via de entrada para ou sertão, como para por eles vierem os de Castela, era tão intenso por espanhóis e lusos que, vendo perigarem os interesses da Coroa lusa e para evitar conflitos com a Espanha, o Governador Geral Tomé de Souza resolveu trancar o caminho pelo litoral catarinense, visando claramente barrar passagens não autorizadas pelo Vale do Itapocu, do mesmo modo que se fez, também, por determinação real, com relação ao caminho do Peabiru, no trecho que demandava da Vila de São Paulo de Piratininga aos castelhanos assentados no sertão do Paraná e no Guairá. </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;">2.4.<b> ) </b>Além disso, porque o Itapocu tem acesso mais fácil ao sertão, sendo o caminho mais recomendável, geograficamente, já que seu curso de cerca de 100 quilômetros, depois de seu nascedouro na Serra do Mar, corre quase que retamente para o oceano, cortando toda a extensão da planície costeira, é bem navegável por canoas e balsas até o pé da Serra do Mar, com exceção de alguns trechos mais empedrados mas que também ficam bem cobertos nas cheias. Tanto se prestava o rio – agora, mais pobre em profundidade de águas - que o colonizador do Jaraguá, o Cel. Emílio Carlos Jourdan, aqui chegou, vindo de Joinville, trazendo por suas águas, em lanchões e canoas, os colonos e os petrechos, máquinas e o de mais necessário para assentar nova colônia. Pelas palavras de João Sanches, suponho que havia guaranis habitando a região da foz quando da chegada de Cabeza de Vaca, pois aquela região é muito propícia aos índios em termos de pesca, mercê a imensa dupla laguna ali existente, que se tem o tamanho de duas léguas, catorze quilômetros; pois bem, Sanches diz que não subiram por São Francisco justamente pela falta de índios vivendo ali, o que poderia ser transitório, visto que os índios emigram muito, particularmente os guaranis. Outra possibilidade, porém, a mim muito provável, é que Cabeza de Vaca não subiu por São Francisco simplesmente por lá haver habitando índios já fiéis à coroa lusa e mesmo alguns brancos, mas também porque o ingresso pelo Itapocu seria coisa mais oculta, desejando ele, justamente, evitar denúncias lusas de que ele, Adelantado, estava invadindo as terras portuguesas como de fato estava, conscientemente ou não, visto que havia, então, dúvidas sobre por onde deveria passar a divisa dentre os dois reinos. De todo modo, quanto ao Itapocu, arqueólogos localizaram primitivas aldeias no seu curso, em número de três, algo contemporâneas da época da descoberta do Brasil. </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;">2.5.<b> ) </b>Afora tais razões, devo acrescentar que desconheço qualquer autor que refira alguma tradição peabiruana a respeito de passagem pelo monte Crista ou quaisquer outros lugares do Município de Joinville ou São Francisco do Sul. Não que não possa haver tais caminhos; não que não haja alguém afirmado tal tradição; o que digo é que, simplesmente, desconheço alguma, o que não se deve confundir com caminhos de jesuítas e mais religiosos, trilhas de tropeiros e mesmo estradas abertas pelo governo. Pe. Tarcísio Marchiori escreveu para mim, a respeito de uma destas vias antigas na Serra do Mar, dizendo que, dela, sabe-se até o quanto custou a sua abertura. Existe, é verdade, uma tradição de que, a partir da Baía de Paranaguá, indo pelo rio Nhundiaquara, daí ao Porto Real, deste ao Porto de Cima e daí ao sopé da Serra do Mar e por ela acima, se seguia por uma trilha peabiruana usada desde tempos imemoriais, que dava acesso ao Planalto de Curitiba; e que teria sido uma perigosa trilha usada pelos índios desde tempos remotos e, depois destes, também pelos portugueses; e que seguia beirando os grandes abismos da serra, até chegar àquele verdadeiro paraíso de pinheirais, habitado, aliás, por gente pacífica e que de bom grado recebeu os lusitanos.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">3 . Enfim, o Vale do Itapocu, assim, e como testemunha o piloto João Sanches, tornou-se a via natural mais adequada, a via optata para os europeus subirem a Serra do Mar. Por semelhantes razões era seu curso e sua foz chamativos naturais, caminhos que demandavam com segurança do litoral ao planalto e deste para aquele, facilitando suas rotas migratórias, já que eram um povo sem sossego, vivendo num permanente vai-vem. E também nessa vivência de busca guaranítica de uma<b> </b>sua Terra Sem Males, o Vale do Itapocu e todo o litoral catarinense desempenharam um importantíssimo papel. Curiosamente, tivemos em Jaraguá do Sul um múltiplo homicídio, quando, sob o desiderato de vingança de um assassinato no Mato Grosso, uma tribo veio a Jaraguá do Sul especialmente para a prática do crime. Conseguiram um chão para suas barracas e, numa de suas próprias viaturas, dirigiram-se à tribo onde praticariam a vindita. Eram a mesma gente. O local, coincidentemente, era pertíssimo do Forum onde eu tinha meu gabinete de promotor de justiça. Desceram do carro, os revólveres escondidos nas costas, enfiados nas cintas e se dirigiram ao acampamento. Chegaram de surpresa. Se aproximaram com gestos de amizade, os braços erguidos alegremente; e os do acampamento corresponderam a tais atitudes, se aproximando deles, incautamente. Todos, menos um jovem que, escondendo-se sob um veículo, aguardou, armado, o desenrolar dos fatos. Nesse momento os recém chegados sacam dos revólveres e passam a desferir tiros, assassinando três pessoas e ferindo mais três. Fogem justamente quando aquele jovem, escondido sob o carro, passa a atirar em defesa da sua gente, ferindo um dos agressores. Foi um acontecimento trágico e de muita dor. Como o chefe dos atacados foi morto, sua barraca e seus bens foram queimados. Das demais vítimas, não sei. Cinco dos seis assassinos foram presos e foram a Júri. Conversando certa feita com alguns dos réus - que a meu ver não eram guaranis como diziam, porque não sabiam uma palavra sequer de tupi-guarani – e como eles me dissessem que Jaraguá do Sul e enfim o Vale do Itapocu era sua terra de migrações costumeiras, lhes indaguei como apelavam a este vale em sua língua, tendo os mesmos dito que o apelavam Piradom; e perguntados por mim do que o nome significava, disseram que queria dizer algo como “chegar-partir” ou, talvez, “partir-voltar”; porque, disseram, a beleza do lugar convidava a que, mesmo partindo, sempre voltassem. Registro essa curiosidade para os interessados. E, no Forum, os autos aguardam os que puderem estudar melhor essa gente, através dos boletins individuais, termos de depoimentos, testemunhos e, talvez, principalmente pelas fotografias. Não assumo isso. Já tenho trabalho que chega. Talvez sejam índios de tradição não-tupiguarani ou, como dizia o povo daqui, eram ciganos. Uma particularidade notei e deixo registrada: pelo menos os homens, adoravam ostentar dentes de ouro, como os ciganos. Eram completamente pacíficos dentre nós, em Jaraguá do Sul, porém a polícia apreendeu dentre eles todos – réus e vítimas – grande quantidade de armas, inclusive algumas Winchesters.</span></div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-59677271587181434592011-05-17T06:10:00.000-07:002011-05-17T06:10:59.124-07:00ITAPOCU E PEABIRU (parte 03)<title></title> <style type="text/css">
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<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Estamos postando a continuação do trabalho do pesquisador José Alberto Barbosa, de Jaraguá do Sul - SC intitulado Ytapecu, Rio Caminho Antigo, onde o autor se refere fartamente sobre o Caminho do Peabiru.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJQ61Lb9fNjaz8JyhTNfVWPVzUkqDvmV1w38bWdULw1-UoWOcsDgmJN7f4hmIB0V9qvd5gLYIkksWZiC1QCIHfDB8JL0F9T5cetXTkhMTntlEHtWWolnLfcBJvyhGaDSfkgz1-qHFEkmo/s1600/ima.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJQ61Lb9fNjaz8JyhTNfVWPVzUkqDvmV1w38bWdULw1-UoWOcsDgmJN7f4hmIB0V9qvd5gLYIkksWZiC1QCIHfDB8JL0F9T5cetXTkhMTntlEHtWWolnLfcBJvyhGaDSfkgz1-qHFEkmo/s320/ima.jpg" width="320" /></a></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"> </span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">1 . Seja como for, o Caminho do Peabiru, pelo menos em tempos liminares aos históricos, tinha o curso do rio Itapocu como seu ramal mais importante; e isso sabemos porque o mais usado ou pelo menos o mais referido pelos índios da costa, nesse tempo de virada histórica, além de, vindo por ele, se topar nele com índios caminheiros pelo sertão e, por via de conseqüência, ser o roteiro mais buscado também para as primeiras entradas européias no sertão planaltino. O trecho que, vindo da Ilha de Santa Catarina (talvez desde a Ponta de Massiambu) e bordejando o litoral catarinense, entrando pela foz do rio Itapocu, subindo pelo curso do rio – e provavelmente por pelo menos uma das margens -, daqui pegando a Serra do Mar e indo, no Paraná, encontrar-se com o corpo principal do afamado caminho, vindo da terra dos paulistas. Isso se o Vale do Itapocu não fora em si mesmo parte do próprio Caminho Tronco do mesmo Peabiru.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><a name='more'></a><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><title></title> <style type="text/css">
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<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">O que nos induz a dizer, atualmente, que ele é apenas um ramal do afamado caminho, ainda que muito importante e mesmo o mais perlustrado por brancos e índios já em tempos históricos, é o fato de até o momento não haver um levantamento científico do trajeto itapocuense dele e mesmo do litoral catarinense. A verdade é que não apenas pelas águas do rio Itapocu se deve buscar as rotas antigas, não apenas pelo uso de canoas, mas também pelas suas margens, onde é esperável que estudos arqueológicos vão ainda descobrir não somente mais aldeamentos além dos que já se descobriu, como também vestígios dos caminhos pré-históricos margeando o importante rio, inclusive, talvez, com descoberta de vestígios de gramíneas em tal trajeto, no vale como também no litoral e percorrendo a costa catarinense. Em Santa Catarina o Peabiru também era muito amplo e distribuído, incluindo-se nele, segundo me informou o historiador Fernando Bitencourt, de Garopaba [Fone (0..48) 254-4577], também trechos sitos na região do Município de Tubarão. E penso que no Oeste catarinense o Peabiru cortava as matas ali até há poucas décadas existentes, unindo os índios do Paraná com os indígenas do Rio Grande do Sul, juntando-se ao Peabiru visto e testemunhado pelo Pe. Montoya. Os indígenas que subsistem em reservas na região – guaranis e jês - poderiam muito bem dar informes preciosos sobre isso, se devidamente entrevistados. </span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"> Meu amigo Amadeus Mahfud, de Jaraguá do Sul, homem muito lido, instado por mim a escrever um artigo a respeito do Peabiru, fez um manuscrito intitulado “Comentários sobre o “Caminho do Peabiru”, escrito este até agora inédito, porque destinado ao “Cadernos da Ilha”, Florianópolis, que infelizmente, por ora, não está sendo editado. Pois bem, nesse trabalho, datado de 08.04.2005, ele trata da preferência dada ao rio Itapocu como local de ingresso desde o litoral para o hinterland catarinense. Baseias-se em relatos de Hans Staden e João Sanches. Ali, colhe o relato de Pedro de Orantes no sentido em que, indo à frente de um grupo de homens cristãos e índios, por ordens de Cabeza de Vaca – que se encontrava na Ilha de Santa Catarina – e com fito de achar caminho seguro para Assunção, ao retornar meses depois, <i>“Disse também que soubera pelos índios da ilha, que a maneira mais segura e próxima de entrar para a terra povoada era por um rio que estava pouco acima, chamado Itabocu que está na ponta da ilha, a dezoito ou vinte léguas desse porto”</i>. Diz Mahfud, com acerto, que essa preferência dada ao rio Itapocu foi confirmada por João Sanches, de Biscaia, o piloto de Cabeza de Vaca e o qual, inclusive, anos depois seguiria por ali mesmo, com outro grupo. Tudo isso consta do livro “Duas Viagens ao Brasil”, de Hans Staden, com introdução e notas do escritor Francisco de Assis Carvalho. Os relatos de João Sanches estão ali. E quem chamou-me a atenção para isso, já há muitos anos, foi o próprio Amadeus Mahfud, que muito me introduziu nesses assuntos relativos ao rio Itapocu. Num artigo intitulado “A presença indígena no vale do rio Itapocu”, o autor Egon L. Jagnow, funcionário da Secretaria de Cultura da Prefeitura de Jaraguá do Sul, narra que os tupis e guaranis eram, ao tempo da conquista lusitana, os verdadeiros senhores do vale. Dentro de seu conhecimento, faltam estudos maiores a esse respeito, inclusive dos muitos líticos e cerâmicos com que o povo vai topando, em geral nos trabalhos na roa e que essa gente foi e vai recolhendo e guardando em pequenos acervos particulares. Os tupi-guaranis, diz ele, eram os senhores da região litorânea, antes de dizimados pelos europeus. Mas não esquece de nomear os sambaquianos. Os xoklengues, possivelmente por volta do século XVII, passaram a dominar o vale do Itapocu, já despovoado de guaranis [</span><span style="font-size: small;">Obs: Observo que os xoklengues eram gês, nômades e que os relatos históricos locais relatam rara presença dos mesmos, que evitaram a aculturação com os europeus, chegando mesmo a cometer assassinatos contra colonos], sendo os encontrados durante a colonização do vale. Dentre os vestígios que considera dos tupis, Egon L. Jagnow inclui os nomes dos rios e mais acidentes locais, como Itapocu, Jaraguá, Guamiranga. E tem ele toda razão. São restos vestigiais da antiga ocupação e dominação tupi-guarani neste vale. Apenas mais perto da foz, conheço descobertas arqueológicas de sítios tupi-guarani, o que relato na presente obra. Outra prova indicial, diz Egon Jagnow, são os líticos e cerâmicos encontrados e encontráveis na região: pontas de flecha, machadinhas, mãos-de-pilão, embora lhes falte um estudo indicativo das tradições culturais de que provêm. Como tais líticos e cerâmicos, todavia, induzem permanência na terra, sendo acháveis durante os trabalhos de aradura, por exemplo, acho mais provável a origem tupi-guarani. Ao contrário deste, diz Egon L. Jagnow com inteiro acerto, <i>“Os xoclengues, devido a sua qualidade de coletores, eram nômades e seus acampamentos não duravam muito tempo num mesmo lugar. Apenas dias, se muito, semanas ou alguns meses. Sua presença no vale do Rio Itapocu, portanto, era fugaz. É de supor que, devido às características da mata – densa e úmida -, eles realizassem apenas incursões de caça e coleta de alimentos”</i>. E Jagnow, inclusive, refere uma manifestação de Alfredo d`Escragnolle Taunay, o presidente da Província de Santa Catarina, quando, tratando dos índios catarinenses, diz em 1877 que: <i>“grande quantidade deles pertencentes às tribos dos Botocudos, Coroados e Puris, vagam ainda pelas florestas das serras de Lages (...). Parecem freqüentar mais habitualmente a serra do Trombudo, o Tayó, o vale do Itapocu (...). De certa época para cá, recomeçaram com suas tentativas de agressão, ou por espírito de vingança, ou por se verem expelidos das regiões, que pela abundância de caça, como no Itapocu, lhes proporcionavam cômoda existência” </i>[</span><span style="font-size: small;">Egon L. Jagnow, citando Frei Aurélio Stulzer, in “O Primeiro Livro do Jaraguá”]. Tratando a respeito da presença de caminho indígena pelo Vale do Itapocu, diz que <i>“Embora não se tenha provas físicas e arqueológicas sobre o mesmo, tem-se alguma documentação que prova que por aqui passava um caminho indígena, várias vezes utilizado pelos espanhóis” </i>[</span><span style="font-size: small;">Egon, in opus cit.]. </span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"> Devo acrescentar que meu saudoso amigo Gerhard Herrmann, de Corupá, sustentava a existência de um caminho que, iniciando ali em naquele município e que está aos pés da Serra do Mar, subia por ela, ganhando as altitudes. Convidou-me muito a visitá-la e acabou falecendo sem que eu fosse vê-la e, contudo, seria mais trabalho para arqueólogos. De todo modo não é coisa que apenas ele sabia. É algo de domínio público. Disse-me Herrmann que se tratava de estreita trilha, calçada com pedras. Está lá, para os pesquisadores a verem, fotografarem. A própria família Herrmann saberá indicar onde se encontra a referida estrada. Também deve haver dados na Prefeitura Municipal de lá. Sendo estrada calçada de pedras, a princípio julguei não fosse trilha peabiruana, visto que desconhecia alguma assim, pavimentada com pedras. Agora, porém, sabendo que o tupinólogo Luiz Caldas Tibiriçá encontrou no Mato Grosso, perto da fronteira com a Bolívia, um quilômetro de estrada pavimentada, recoberta aluvialmente e estando a vários centímetros sob o solo, passo a acreditar que num ou noutro ponto os construtores – fossem quem fossem eles -, possam ter usado, sim, pavimentação pétrea. De todo modo a misteriosa estrada corupaense pode ter sido aberta pelo nosso fundador jaraguaense, o Cel. Emílio Carlos Jourdan, eis que justamente pelas bandas onde Gerhard Herrmann me disse que havia a tal estrada, era a região por onde, segundo me consta, subiam e desciam os homens do Cel. Emílio Carlos Jourdan – talvez com ele junto – quando iam comprar gado nas terras planaltinas. Poderia ser, eventualmente, um velho caminho de tropeiros são-bentenses, para mais facilmente virem vender seus produtos em Joinville, evitando, assim, ter que passar pela mais longa e muito esburacada Estrada Dona Francisca. Enfim, o caminho está lá, aguardando por estudos. Idem a misteriosa trilha que, se diz, foi encontrada em Guaramirim. Os estudiosos necessitam abrir seus olhos para este Vale do Itapocu e nele fazer as devidas prospecções arqueológicas. Esta terra é um verdadeiro tesouro aguardando a chegada dos especialistas.</span></div><br />
<br />
Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-83377265092282744652011-05-05T06:33:00.000-07:002011-05-05T06:33:03.174-07:00O MISTERIOSO PEABIRU (Parte 02)<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Estamos postando a continuação do trabalho do pesquisador José Alberto Barbosa, de Jaraguá do Sul - SC intitulado Ytapecu, Rio Caminho Antigo, onde o autor se refere fartamente sobre o Caminho do Peabiru.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJQ61Lb9fNjaz8JyhTNfVWPVzUkqDvmV1w38bWdULw1-UoWOcsDgmJN7f4hmIB0V9qvd5gLYIkksWZiC1QCIHfDB8JL0F9T5cetXTkhMTntlEHtWWolnLfcBJvyhGaDSfkgz1-qHFEkmo/s320/ima.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJQ61Lb9fNjaz8JyhTNfVWPVzUkqDvmV1w38bWdULw1-UoWOcsDgmJN7f4hmIB0V9qvd5gLYIkksWZiC1QCIHfDB8JL0F9T5cetXTkhMTntlEHtWWolnLfcBJvyhGaDSfkgz1-qHFEkmo/s320/ima.jpg" /></a></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><title></title> <style type="text/css">
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</style> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">5 . Pessoalmente, como já o disse, não creio que o Peabiru seja um caminho aberto pelos incas. Pode, é claro, ter acontecido apenas que, durante o Império dos incas, estes o utilizaram, o conservaram, mesmo o ampliaram. Mesmo podem e devem ter por ele feito incursões pelas terras brasileiras, inclusive guerreiras, talvez mesmo punitivas. Mas não foram seus autores originais. Mais provavelmente, a meu ver, os tupis e guaranis, que inclusive disseram não haverem sido seus construtores, utilizaram intensamente o vasto sistema de estradas pré-colombianas estabelecido por algum outro povo, num passado não muito remoto e daí que foi encontrado ele assim, em pleno uso por referidas Nações indígenas, conforme testemunhos históricos. Tanto usavam tais vias que para muita gente do povo foram eles os autores de tais caminhos, tanto do grande Peabiru quanto dos caminhos menores, seus ramais, gerando-se uma tradição a respeito. Assim é que, por exemplo, na excelente obra “No tempo dos Bandeirantes”, Belmonte fala da antiga “Trilha dos Tupiniquins” [Uso maiúsculas para ressaltar a importância do nome], apresentando dela também um mapa [P. 112] e afirmando que era caminho perigoso que, de Piratininga, demandava o sertão, varando o Paranapanema, alcançando quase que as cabeceiras do Piqueri [Obs: rio Piquiri, no Estado do Paraná], dali rumbeando para Assunção, no Paraguai [In opus cit., Melhoramentos, 4ªed.; ano ?]. A obra referida é lindamente ilustrada pelo próprio autor. Belmonte é o conhecido apelido artístico de Benedito Carneiro Bastos Barreto, consumado desenhista e caricaturista, famoso pela criação do personagem “Juca Pato” e ilustrador de diversas revistas – como a Fon Fon – e livros, como obras de Monteiro Lobato. Não apurei a data da edição supra do seu livro. Em edição primitiva, parece que a obra foi apelada “História do bandeirantismo paulista”. Belmonte, nascido em 1896, faleceu em 1947. Ora, o roteiro que dá Belmonte, é justamente, pelo menos em parte, o tronco principal do sistema do Peabiru. No mapa que dele traça, o autor diz que se tratava da possível “trilha dos tupiniquins”, segundo um esboço que dela fizera Theodoro Sampaio. E nos recorda ele que ainda em 1604, soldados espanhóis, vindos por mar desde a Província de Guaíra, se dirigiram a São Paulo de Piratininga, a pleitear ali que se enviasse socorro por terra, por referida trilha indígena, ao povo de Vila Rica, situada no atual Estado do Paraná, nas cabeceiras do rio Ivaí, eis que os dali, muito isolados de Ciudad Real, passavam extrema necessidade para sua sobrevivência. E foram eles por mar porque Sua Majestade o rei de Portugal proibira o uso de referida trilha aos estrangeiros, sob pena de morte. E cita Belmonte, as seguintes palavras registradas na época: <i>“... los portugueses es gente prohibida no consentiré se ande aquel camino hasta ver lo que Vuestra Magestad es servido se haga no emergente que los de Guairá lo desean mucho” </i>[In opus cit., p. 114]. Diz ainda Belmonte que a presença de soldados espanhóis ali, na Vila de Piratininga, foi assinalada pela Câmara local, em sessão do dia 22.11.1603. Portanto, creio se deva corrigir o ano apontado por Belmonte: ao invés de ida para lá em 1604, terá sido a chegada deles em novembro de 1603. Em 1604, portanto, estariam ainda ali; e se o socorro foi por terra, pelo Peabiru, por ali também teriam talveza retornado os arrojados heróis de Castela. De fato, diz Belmonte, os paulistas, generosos, enviaram os socorros solicitados, porém, debatendo muito o assunto, pelo respeito reverencial à orderm do soberano e por temor à punição referida; isso não obstante o fato de que, em 1604, o Brasil já estava sob o poder do rei espanhol, o qual, de 1580 a 1640, foi senhor dos dois Reinos. Observo que, no litoral paulista, não apenas São Vicente e Cananéia são pontos que devam nos interessar como iniciais ou terminais dos peabirus. Peruíbe, por exemplo, será o mesmo que Peruípe, Peruype e, assim, Rio do Peru ou ainda Rio do Caminho do Peru [O “<b>pe</b>” sufixal pode ser partícula reforçativa de “<b>y</b>”<b> </b>(rio), como pode significar caminho]; também de Santos se diz que saía o Peabiru, rumo ao Planalto de Piratininga. E as descobertas arqueológicas mais recentes devem ser devidamente consideradas; assim é que Carlos Fausto, no seu livro “Os Índios antes do Brasil” [Jorge Zahar Editor, Rio, 2000], nos demonstra como a construção de estradas era uma prática defensiva dos índios kuikuro, da Amazônia; realmente, de tal cultura é o sítio pré-histórico fortificado Kuhikugu, o qual apresenta duas valas defensivas cercando totalmente a aldeia; e partindo do centro desta, de modo eferente, esparramam-se quais os cinco dedos de uma mão humana, cinco estradas, largas, pertindo o rápido deslocamento de troços de guerreiros armados para fazer frentes a invasões eventuais. As estradas 1,2,3 e 4 demandam do centro às valas defensivas, evidenciando suas finalidades; a 5 ruma para um grande buritizal que contorna parcialmente o acampamento fortificado em questão. Após a mata, existem duas lagoas, a Lamakuka e a Kuhikugu, da qual a fortificação ganhou o nome. Os fossos defensivos são uma obra extraordinária para um povo tão sem tecnologias, pois possuem 10 m de largura por 1m a 3m de profundidade, isso numa imensa extensão de dois quilômetros em derredor das partes habitadas. Somente uma permanente ameaça, muito grande e grave, justificaria uma tal obra de engenharia.</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"></span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><a name='more'></a><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><title></title> <style type="text/css">
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</style> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">6 . Tornando à questão da abertura do caminho e suas benfeitorias, não creio tenham sido construtores os incas. Fundamento-me em razões estruturais, arquitetônicas, pois os incas desenvolveram uma engenharia muito superior àquela empregada pelos que abriram o Peabiru. Fossem os incas – que são muito recentes na História – os seus abridores, não teriam deixado de fazer nele trechos pavimentados, escorados em certos trechos e com benfeitorias importantes, como pontes resistentes, capazes de duração indeterminada; e mesmo compridas na travessia de diversos rios menores. Por outro lado, se tal inferioridade estrutural do Caminho do Peabiru elimina, a meu ver, a possibilidade da sua origem no Império Inca, também isso elimina, outrossim, a possibilidade de que, durante o Império Inca, tal obra tivesse sido feita na direção Leste-Oeste, Atlântico-Pacífico porque, se assim o fosse, seus construtores teriam de qualquer modo de compactuar com o soberano inca a abertura de tal via imensa e a sua conexão com as estradas incas rumo ao litoral do Império, no Pacífico. E não há indícios de que isso tenha acontecido. Mesmo porque, ao que se sabe, as relações entre os incas e os índios de aquém dos Andes era conflitivo e tanto que os incas cuidavam de manter enormes fortalezas para se protegerem de invasões dos habitantes das selvas. Durante a invasão de Aleixo Garcia se pôde aquilatar em como havia animosidade dos tupi-guarani contra os incas e em como com pouco ou nenhum esforço Garcia os arregimentou no Brasil e no Paraguai para referida invasão contra aquele Império andino. Portanto, tudo isso considerado, acho mais provável que a construção do Peabiru ou tenha sido muito anterior à superveniência do Império Inca, mesmo se construído por gente andina mas de técnicas seguramente mais primitivas que as incaicas, ou ainda que seus construtores sejam, como as pesquisas arqueológicas o indicam, os nossos tapuias, não excluindo a hipótese de tenham sido os nossos sambaquianos; finalmente, a crer na narrativa indígena tupi-guarani – com certeza muito fantasiosa, distorcedora da realidade -, os autores não seriam nem incas, nem outros povos andinos, nem os índios brasileiros, mas outra gente, barbada e de pele branca e portadora de técnicas e de armamentos avançados, que teria vindo sobre as águas do mar até o nosso litoral utilizando transporte marítimo de certa rapidez e que, em dado momento, com seu líder Tumé partiu para não mais retornar.</span></div><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></div><div class="western" style="text-align: justify; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></div><div class="western" style="text-align: justify; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;">O Peabiru foi descoberto assim: tendo os portugueses chegado ao Brasil na altura da Bahia, foram percorrendo o litoral rumo ao Sul. Nessa descida, viram caminhos que os índios tinham, mas que eram coisa modesta e improvisada e talvez mesmo apenas aproveitamento dos carreiros das antas, veados e outros bichos das matas e das beiradas das águas. Porém, chegados à região de São Vicente e em Cananéia, a situação mudou inteiramente. Ali descobriram um caminho bem ordenado, em forma de vala em V, recoberto de gramíneas para tornar a jornada mais fácil e, diz-se, para impedir-se à mata retomar o seu espaço. Esse caminho misterioso, descobriu-se aos poucos, subia pela serra rumo ao Planalto e adentrava firme pelas profundidades do sertão. Na largura de oito palmos – portanto cerca de 1,80 ms – e com profundidade de 0,40 cms, atravessava o continente, chegando aos Andes, onde ganhava a fisionomia de estrada empedrada. Dali seguia a Cuzco e de lá para a costa peruana. Descobriu-se, também, que além de seu caminho-tronco, possuía enorme quantidade de ramificações. Aliás, o conhecimento desse caminho ainda é tão precário, que mesmo não há segurança em afirmar-se que seu tronco era da Paulicéia aos Andes. O tronco principal poderia ser mesmo pelo litoral catarinense, via rio Itapocu aos Andes. De qualquer modo, obra grandiosíssima. Em alguns pontos do trajeto, como no Chaco, Pantanal e nos areais diversos, tinha o requinte de ser demarcado. Seu forro de grama e que o tinha em muitos trechos, diz-se, era adrede preparado para disseminação do caminho mediante as sementes que grudavam nos pés dos caminhantes e tinham as gramas a virtude de impedirem o avanço da mata. Esse, porém, é um aspecto a ser examinado e resolvido com o auxílio dos conhecimentos botânicos e mediante pesquisas de campo. O fato, porém, é que admirados os lusos indagaram dos selvícolas brasileiros – como os hispânicos, inclusive jesuítas, o fizeram aos índios do Paraguai – sobre quem fora o construtor de tal caminho, tendo eles lhes respondido que fora <b>Tumé</b> (que o português diz Sumé), um homem bondoso e de virtudes extraordinárias; e atribuindo eles ao caminho, diz-se, o nome Peabiru. </span></div><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></div><div class="western" style="text-align: justify; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></div><div class="western" style="text-align: justify; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;">Adiante, trato bastante desse Tumé <b>(</b>ou Sumé, Zumé<b> </b>como grafam)<b>.</b> Se isso for verdade, se ele é mesmo o autor, então teremos que supor que Tumé não viera com apenas um companheiro, como reza a lenda, mas teria que ter trazido com ele um grande grupo, porque o corpo principal do Caminho do Peabiru tem nada menos que 3.000<b> </b>quilômetros e vai desde São Vicente, no Estado de São Paulo (ou de seu principal ramal, que é desde a Ilha de Santa Catarina e o Vale do Itapocu), passando por Paraná, Mato Grosso do Sul, Paraguai, Bolívia e findando no Peru, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. Uma estrada digna de um Marco Polo. Delírio de historiadores? Não, felizmente. O Peabiru foi desde os tempos coloniais visto e utilizado por aventureiros como Aleixo Garcia e seus companheiros (cerca de 1524), capitães e administradores como Cabeza de Vaca (1541); e muitos viajores e aventureiros, como sucedeu com Johann Ferdinando (1549), vindo de Assunção. Também entraram por ele a maioria dos companheiros de Hans Staden (1551); e Ulrich Schmidl (1553); e Pe. Leonardo Nunes (ano ?); e Pedro Correia e João de Souza (ano ?); e Juan de Salazar de Espinosa, Cipriano de Goés e Ruy Diaz Melgarejo (1556), contrariando o Governador Geral do Brasil anos antes; e Diogo Nunes (ano ?); e Braz Cubas e Luiz Martins (1562). Daí que em 1552 o Governador Geral do Brasil, Tomé de Souza, temendo que essas penetrações perigassem os interesses da Coroa lusa, mandou trancar o caminho da costa catarinense que ia ter a Assunção, no Rio da Prata, isto é, mandou fechar a foz do rio Itapocu. E o historiador Romário Martins, em cujo livro maior colhi na juventude formação e encantamento, diz que a costa catarinense era “um dos ramos da linha tronco do Peabiru” [in “História do Paraná”, Editora Guaíra Limitada, Curitiba, 3ª ed., pgs. 87 ss]. Outrossim, estando as margens do Peabiru ocupadas por diversos povos indígenas, foi usando tal caminho e a partir da Paulicéia que terríveis bandeirantes como Antonio Raposo Tavares e Manoel Preto<b> </b>desceram para o Sul, a atacá-los e escravizá-los, nessa atividade que foi sem dúvida o mais grave crime cometido contra povos americanos e que culminaria com a destruição das Missões pelo governo lusitano com apoio do hispânico. Em outros tempos, porém, os povos indígenas usavam o caminho para o bem e, como diz o cacique Werá Tupã, de Palhoça, SC, numa mensagem memorial: “nossos antepassados buscavam a Terra Sem Mal (Yvy Marã Eym), usando o Caminho do Peabiru”. </span></div><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></div><div class="western" style="text-align: justify; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><br />
<div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">7 . Diversos autores antigos descreveram o Peabiru. Assim é que Ruy Díaz de Guzmán chama-o Peabeyú<b> </b>e dele diz como sendo um caminho bem marcado; e o Padre Antonio Ruiz de Montoya, grande e antigo amigo e estudioso dos índios, testigo vivo de suas andanças e feitos, autor festejado sobre a língua guarani, dá ele próprio seu testemunho de que viu um trecho de tal misterioso caminho nas bandas do Guaíra, o qual diz ter cerca de oito palmos de largura, o que equivale a cerca de 1,80 ms. Esse caminho gramado, no seu trecho principal, ia de São Vicente (ou de Cananéia, ou de ambos os lugares) no litoral paulista, até aos Andes, donde assumia a feição de estrada calçada até a Capital dos incas, Cuzco, e dali prosseguindo até ao litoral peruano, no Oceano Pacífico. Um caminho fantástico, sem ser no entanto uma fantasia. Era uma enormidade! Coisa de causar admiração! Mas real como o eram as famosas estradas incas pavimentadas dos Andes. Só que o Peabiru era pavimentado com gramas. Com pedras, só em trechos andinos. E haviam nele muitos ramais secundários, adentrando por Santa Catarina e Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná, Mato Grosso e Paraguai. Uma grande quantidade de municípios guarda seus vestígios e, quando não, a memória falada ou escrita da sua antiga presença ainda testemunhada pelos colonos brancos. </span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><title></title> <style type="text/css">
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</style> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;">Como disse, sobre o Peabiru há razoável literatura, antiga como recente, havendo a seu respeito relatos e comentários de autores dos primeiros anos da descoberta do Brasil, como os de Cabeza de Vaca e do seu piloto João Sanches, também Pedro Lozano, Ayala<b> </b>e Salcamayhua<b> </b>e passando por autores modernos como Romário Martins<b> </b>e Reinhard Maack<b> </b>e contemporâneos como Hernâni Donato<b> </b>e Luiz Galdino<b> </b>[</span><span style="font-size: small;">Este in Peabiru: Os Incas no Brasil, Editora Estrada Real, B.Hte] e outros, muitos outros, tanto que me é impossível aqui relacioná-los, donde apenas exemplifico com o recente e ótimo livro de Rosana Bond, intitulado “A Saga de Aleixo Garcia” [</span><span style="font-size: small;">Coedita, Rio, 2004] já em terceira edição, assim como seu livroo “Peru do império dos incas ao império da cocaína” [</span><span style="font-size: small;">Coedita, Rio, 2004], como também os exemplares dessa muito oportuna publicação que dele sistematicamente tem tratado e que é intitulada “Cadernos da Ilha”, que foi editado em Florianópolis [</span><span style="font-size: small;">Diretoria contactável pelos e-mails] e, que apresenta trabalhos dos estudiosos do Peabiru através os séculos, publicação essa que trata inclusive dos temas relacionados aos encontros e congressos nacionais e internacionais sobre o assunto, assim como do Pré-Projeto Turístico Caminho de Peabiru: o Compostela da América do Sul. Especialmente são importantes, para desenhar-se o papel do Vale do Itapocu como caminho peabiruano tradicional dos índios, os relatos a respeito de Aleixo Garcia e Cabeza de Vaca, eis que ambos fizeram o trajeto pelo Itapocu seguindo orientações específicas dos índios guaranis e isto restou historicamente comprovado por autores castelhanos e brasileiros. O assunto vai ganhando interessados amplamente. Assim é que Ignácio Arendt colheu e traduziu texto sobre o Peabiru, de autoria de Mieczyslaw Bohdan Lepecki, o qual, num livro em que existem vários autores, abordou o tema. Esse livro intitula-se “Emigracja polska w Brasylii – 100 lat osadnictwa”, tratando da emigração polonesa no Brasil, sendo publicado pela Zaklady graficzne TAMKA, Warszawa (Varsóvia), 1971. E diz o articulista que, reduzindo-se o ouro disponível no litoral, os lusos resolveram-se a explorar o Planalto Curitibano [</span><span style="font-size: small;">Nota: O autor, preocupado com a ocupação polonesa no Paraná, confunde relatos relativos aos lusos na região de São Vicente e Cananéia; porisso, ao invés de mencionarem o Planalto de Piratininga, referem o Curitibano, só ocupado muito depois. Ademais, não foi o esgotar-se o ouro no litoral, mas a determinação lusa de ocupar a terra brasileira]. De fato, diz, tinham eles conhecimento, da parte dos carijós, de dois caminhos que, partindo do mar, permitiam tal subida e que por eles eram usados desde tempos imemoriais. Um desses, diz, saindo de São Vicente, atravessava todo o continente da América do Sul, juntando-se com trilhas do Império Inca. E essa trilha era apelada Peabiru e, posteriormente, Caminho de São Tomé, <i>“porque os jesuítas incutiram-lhes que São Tomé veio para a América antes de Álvares Cabral, abriu esse caminho e ensinou o cultivo da mandioca e a utilização da erva. Esta versão dos jesuítas foi divulgada como verdadeira por diversas tribos indígenas, mudando o nome do santo à sua maneira”</i>. E continua o autor dizendo que, em certo local, o caminho se repartia e que uma das ramificações se dirigia para o Sul, em direção ao curso do rio Iguaçu, atravessando-o na foz de Santo Antonio. Depois de mencionar que na ramificação sul passara o afamado Cabeza de Vaca, o autor, enfatizando a importância de tais caminhos para os europeus ao tempo da Conquista, fala também do segundo caminho e o qual, saindo de Paranaguá pelo rio Cubatão, também apelado Chundiaquara, passando por Porto Real (atual Morretes), daí ao Porto de Cima aos pés da Serra do Mar, dali seguia por estreita e perigosa trilha, plena de desfiladeiros e precipícios, até ao planalto, donde o acesso à região de Curitiba. </span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-indent: 1.25cm;"><span style="font-size: small;">O Vale do Itapocu, assim como testemunha João Sanches, piloto de Cabeza de Vaca, tornou-se a via natural mais adequada para os europeus subirem a Serra do Mar. Não seria de causar admiração que o trecho itapocuense do Peabiru tivesse mais importância na Pré-história americana que os trechos que ligavam o litoral paulista ao hinterland brasileiro, porém, quanto ao Peabiru, ainda não existentes levantamentos arqueológicos e topográficos reconstituidores das respectivas ocupações marginais e movimentação humana. O só fato de o trecho paulista ter sido descoberto por primeiro não é título para se lhe atribuir mais importância que o Vale do Itapocu e mesmo que o litoral catarinense na sua generalidade. Não há registros suficientes sobre a utilização do caminho nem sequer nos tempos históricos, mas é sabido que o Vale do Itapocu foi importante via de penetração humana. Perguntados sobre um bom caminho para Assunção por terra a dentro, os tupi-guarani indicaram com segurança o Vale do Itapocu como via de acesso ao Planalto e ensinaram a ligação desse caminho com o trecho paranaense do Peabiru, de modo que nessa vivência indígena de uma<b> </b>busca da sua Terra Sem Mal, parece que o Vale do Itapocu e todo o litoral catarinense desempenharam um importantíssimo papel. </span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">8 . Consideremos um pouco esse caminho do sertão, o Peabiru. Um caminho assim exige obrigatoriamente a existência de uma grande Nação envolvida na sua abertura e utilização. É inútil abrir e não usar. Não era coisa para dois homens, mesmo sendo bons mágicos. A lenda de Tumé narrada pelos tupinambás e tamoios indicam a chegada dele em nosso litoral e, portanto, supostamente seria a partir daí a construção do caminho, rumo aos Andes. Não dizem que ele viera das matas, mas que chegara pelo mar e flutuando sobre as águas. Contudo, para um caminho desses, a construção na direção inversa é que seria a esperada, isto é, que tivesse sido aberta em tempos pré-incáicos ou mesmo incáicos, por algum povo andino, porque lá, sim, houve grandes arquitetos e engenheiros e pelo menos os incas foram insuperáveis construtores de estradas, criando obras calçadas com pedras e com rochas protegidas lateralmente e por pedras escoradas, de tamanhos formidáveis e inclusive lançando pontes magníficas sobre majestosos rios. Todo o Império era ligado por estradas. Aliás, já se criou a hipótese de que o Peabiru é o Caminho da Terra Sem Mal e foi aberto pelos guaranis do Paraguai. Hipótese simpática, tirante o fato de que o guarani não parecia ter tal mentalidade de abrir caminhos vastos e complexos. Nem tinham o instrumental mínimo para isso. Também se teorizou que é obra dos incas. Estes, sim, tinham tecnologia para isso, mas não há provas dessa autoria também. Fala-se da possibilidade que o evangelista São Tomé tenha vindo ao Brasil catequizar os índios e então construíra o caminho, o que me soa como pura bobagem. Não esteve aqui, o caminho lhe seria uma inutilidade e lhe é anterior. A arqueologia brasileira, contudo, tem revelado que, surpreendentemente, nossos próprios índios – e, pasme-se, os índios jês, tidos como mais atrasados que os tupi-guaranis -, foram, estes sim, abridores de caminhos, embora não se os relacione ainda com o Peabiru. O arqueólogo Igor Chmyz, por exemplo, descobriu com sua equipe que os índios itararés<b>, </b>que apesar do nome a eles dado são do Grupo Jê (Tapuia), estes sim, vinham construindo caminhos muito bons e enormes, mas não eram forrados. Até o século XVIII esses caminhos eram por eles utilizados [Entrevista in Cadernos da Ilha, Florianópolis, nº 3, ano 2004, p. 20/23]. Quanto ao Peabiru a equipe de Igor Chmiz chegou a acompanhá-lo em largo e longo trecho, na mata e campos, por cerca de 30 quilômetros, na região de Campina da Lagoa, Paraná. Até atualmente não se sabe quem é o autor do caminho. Quanto aos incas, não há prova ainda de que estenderam seu domínio até lugares tão avançados do chão brasileiro. Sua técnica os faz candidatos sérios, mas os Andes conheceram outros grandes povos construtores. A nenhum imperador inca se atribuiu haver construído essa estrada até o Oceano Atlântico. A obra deve ser pré-incaica ou, se inca, vinda de um tempo em que esse povo ainda não era dominante nos Andes, ou seja, de um período anterior a Manco Capac, o fundador do seu Império.</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">9 . Vamos tratar agora da questão do revestimento do Peabiru com gramas, como a respeito se comenta e até porque, em Pitanga (Pr), diz-se, há trechos com vestígios delas, embora ainda dependente de se apurar se eram mesmo as gramas originais e a datação mais antiga da sua presença ali. Muitas descobertas novas tem ocorrido nesse sentido, de apurar-se a construção de estradas, caminhos largos e longos, inclusive na Amazônia. Nenhuma outra se achou, contudo, que como o Peabiru fosse calçado com gramíneas. Serão necessárias pesquisas arqueológicas para verificar se esse mato não é mera invasão nativa de capins mais ralos ou se efetivamente são gramíneas plantadas com o fito de formarem e manterem um caminho. Observo que esse costume de cobrir-se monumentos com gramíneas não é estranho à América. Os autores James Harpur e Jennifer Westwood<b> </b>no seu livro intitulado “Lugares Lendários”<b> </b>(No original “The Atlas of Legendary Places”), narram em como alguma tribo norte-americana do Ohio, no Distrito de Adams, edificou com terra em tempos desconhecidos, numa elevação a cavaleiro do Brush Creek, uma imensa serpente de terra e revestindo-a com grama, obra enorme, com largura de 6 ms e com mais de 300 ms de comprimento (a dimensão da Torre Eiffel) e lá está ela ainda, coleando com seus anéis e abocanhando um pequeno outeiro em formato de ovo ou talvez do Sol (poderia simbolizar um eclipse, sendo o Sol devorado). Fazendo-a ocupar todo o topo de uma pequena colina. A grama persistiu ali nela desde tempo muito recuado, embora impreciso. Os autores da obra são incertos. Sendo obra dos adenas, a antiguidade poderia ser grande, pois viveram ali de 1.000 a.C. (3.000 A.P.) até 100 a.C. (2.100 A.P.). Sendo dos hopewells, seria mais recente, pois ali viveram de 100 a.C. (2.100 A.P.) até 400 d.C. Aliás, na América do Norte é muito comum outeiros assim, com figuras de animais: ursos, búfalos, alces, aves e serpentes [in opus cit., Ediciones Prado, Madri, 1995, Vol. I, p. 110 ss]. Não há, pois, porque duvidar de que também o nosso Peabiru possa ter sido efetivamente recoberto de gramíneas selecionadas e que estas tenham se mantido, embora eu não creia que isso possa ter ocorrido por muitos milênios sem que a Mãe Natureza o retomasse para si e a seu modo. Não sei, todavia, por quanto tempo isso sucederia. A questão variará conforme as condições ambientais locais. </span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">10 . Quanto ao tempo em que se deu a construção do Peabiru, como não há modo algum de datação baseada nos relatos testemunhais, exceto no sentido de que já existia quando da ocupação lusa e hispânica há cinco séculos, então a esperança é que arqueólogos ou botânicos possam fazê-lo, pesquisando os vestígios deixados no subsolo dessas misteriosas rotas. Como há forte possibilidade de que o nosso pré-histórico Tomé seja o mesmo Wakea da Nova Zelândia e do Havaí, mesmo que seja o famoso Huira Cocha dos Andes, ou Bochicha, a eventual datação da vida de um desses heróis do passado poderia facilitar a datação de Tomé ou Somé. A determinação da datação das espécies de gramíneas nele havidas em tempos remotos, pelo exame do subsolo, poderá estabelecer, além da época da edificação de tal caminho vasto, também, talvez o lugar origem da espécies botânicas nele empregadas. Os índios brasileiros não deixaram um testemunho de que viram Sumé nesse serviço de abrir tais caminhos. Se ele os tivesse aberto em sua presença, o veriam e o teriam dito, porque então permaneceria muito tempo com eles nessa obra. Muito provável, pois, que os índios inventaram uma lenda sobre um homem mágico e poderoso e o qual, com tais poderes sobrehumanos, abrira tais rotas e assim através de lendas teriam como explicar às gerações curiosas de indiozinhos o como eles, chegados no Brasil vindos de sua terra a Leste pelo Atlântico, teriam encontraram esse caminho já pronto para o uso. Achando eles os jês inferiores e incapazes de tal obra, desprezando eles àqueles selvícolas de técnicas inferiores e primitivas e estando o Leste brasileiro muito distante dos incas e de qualquer modo os tupi-guaranis antecedendo os tempos imperiais daqueles e talvez mesmo culturalmente – e sendo os próprios tupi-guaranis cientes de que seus ancestrais não eram os autores, restou-lhes apenas o recurso mítico, invocando os poderes mágicos para explicar o que não puderam entender. Na verdade, não podemos excluir que os autores do Peabiru tenham sido os jês ou ainda os desaparecidos povos sambaquianos do litoral brasileiro, ou ambos os grupos, se aparentados. O estudo comparativo de crânios de jês e de sambaquianos indicam um forte parentesco entre essas gentes. Para onde foi esse nosso povo litorâneo de toda parte? Dizimados pelos tupi-guaranis terão ido para o interior em busca dos seus parentes de Minas, São Paulo, Paraná e outras partes? Como a América do Sul é toda ela cercada de sambaquis, não é de se excluir peregrinações dos sambaquianos ou dos jês, de costa a costa, de oceano a oceano, com finalidade de intercâmbio tribal ou mesmo com finalidades religiosas, tal como veio a suceder com os tupi-guarani que o fizeram em relação à sua Terra Sem Mal. Isso implicaria em se estabelecer, porém, uma presença de nossos índios em terras andinas e particularmente no litoral do Pacífico ou, inversamente, vestígios de povos do Pacífico em terras brasileiras. Tudo no mundo das conjecturas e, nesse sentido, faço como o índio que, a seu modo – e na forma de lendas -, buscava explicações para o inexplicado.</span></div><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"> </span></span><br />
<br />
<div align="JUSTIFY" class="western"><br />
</div><br />
<br />
Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-4527890874180807392011-04-26T12:34:00.000-07:002011-04-26T12:39:36.657-07:00PEBIRU É TEMA DE CURSO EM SÃO PAULO<strong>PROGRAMA DO CURSO:</strong><br />
<br />
<strong>1ª aula – 3 de maio de 2011, 20h</strong><br />
<br />
Malcolm Forest, Historiador e Produtor Cultural<br />
<em>Abertura – Visão Geral dos Caminhos Ancestrais Brasileiros</em><br />
<br />
Professor Hernâni Donato, Presidente da Honra do IHGSP<br />
<em>Sumé e Peabiru. Assombros dos Primeiros Descobridores. Perguntas e Respostas. Projetos</em><em><br />
</em><br />
<strong>2ª aula – 10 de maio de 2011, 20h</strong><strong><br />
</strong><br />
Julio Abe, Arquiteto, Museólogo, Fotógrafo e Produtor Cultural<br />
<em>Os Velhos Caminhos do Mar. Perguntas e Respostas. Projetos</em><br />
<br />
<strong>3ª aula – 17 de maio de 2011, 20h</strong><strong><br />
</strong><br />
Malcolm Forest, Historiador e Produtor Cultural<br />
<em>Os Caminhos do Ouro, dos Diamantes e dos Escravos, Minas e Bahia. Perguntas e Respostas. Projetos</em><em><br />
</em><br />
Luiz Galdino, escritor e professor, com formação em Artes, membro do IHGSP<br />
<em>Incas no Brasil e as Sete Cidades de Pedra do Piauí. Perguntas e Respostas. Projetos</em><br />
<br />
<strong>4ª aula – 24 de maio de 2011, 20h</strong><strong><br />
</strong><br />
Rosana Bond, Jornalista, Escritora e Pesquisadora<br />
<em>Aleixo Garcia e o Peabiru no Sul Brasileiro, Paraguai, Bolívia, Peru. Perguntas e Respostas. Projetos</em><br />
<br />
Malcolm Forest, Historiador e Produtor Cultural<br />
<em>Encerramento. Avaliação. Perguntas e Respostas. Conclusões</em><br />
<br />
<div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><strong>Período:</strong> dias 3, 10, 17 e 24 de maio de 2011 (4 aulas, às terças-feiras das 20 às 22 horas).<br />
<strong>Taxa de inscrição:</strong> R$ 200,00 (única).<br />
Inscrições e informações pelo e-mail: <a href="mailto:eventoscbeal@memorial.sp.gov.brou"><span style="color: blue;">eventoscbeal@memorial.sp.gov.brou</span></a> telefone (11) 3823-4780, de segunda à sexta, das 10 às 18 horas, no Anexo dos Congressistas / CBEAL (Centro Brasileiro de Estudos da América Latina) – Memorial da América Latina. <br />
Vagas limitadas.</div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">.<span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"></span></div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-85347840586566405322011-04-26T12:21:00.000-07:002011-04-26T12:24:00.365-07:00O MISTERIOSO PEABIRU<div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Estamos dando prosseguimento na apresentação do trabalho de pesquisador Jose Alberto Barbosa, de Jaragua do Sul – SC, intitulado Ytapecu rio Caminho Antigo iniciado na postagem anterior. A citada obra se refere à importância do rio Itapocu dentro do sistema viário do Caminho do Peabiru. Nas próximas postagens estaremos dando continuidade a este trabalho. </span></div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJQ61Lb9fNjaz8JyhTNfVWPVzUkqDvmV1w38bWdULw1-UoWOcsDgmJN7f4hmIB0V9qvd5gLYIkksWZiC1QCIHfDB8JL0F9T5cetXTkhMTntlEHtWWolnLfcBJvyhGaDSfkgz1-qHFEkmo/s400/ima.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="212" i8="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJQ61Lb9fNjaz8JyhTNfVWPVzUkqDvmV1w38bWdULw1-UoWOcsDgmJN7f4hmIB0V9qvd5gLYIkksWZiC1QCIHfDB8JL0F9T5cetXTkhMTntlEHtWWolnLfcBJvyhGaDSfkgz1-qHFEkmo/s320/ima.jpg" width="320" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">1 . <span style="mso-tab-count: 1;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Na história dos povos primitivos, pouca coisa há mais fascinante que seus caminhos e os monumentos que às margens deles deixaram. Os incas foram exemplares, com suas estradas calçadas sobre os altiplanos, varando os Andes num sistema vasto e de proporções continentais. Leia-se a respeito a excelente obra do etnógrafo americano Victor W. von Hagen, intitulada “A Estrada do Sol”<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> [</b>Melhoramentos, S. Paulo] e na qual ele narra sobre a maravilhosa e produtiva expedição iniciada em 1952 e que chefiou num imenso percurso e levantamento de tais estradas incas, trabalho esse do qual participou sua esposa brasileira Sílvia von Hagen, aventura a que se puseram seis pessoas – quatro homens e duas mulheres – e na busca do que o autor refere – mediante citação - como os mais estupendos e mais úteis artefatos feitos pela mão humana. E quem vê mesmo hoje as maravilhas desses caminhos de pedra nos planaltos, que vão serpeando por encostas íngremes, percorrendo os vales verdejantes ou desérticos e arremessando-se sobre rios e precipícios em pontes arrojadas e por vezes de bases ciclópicas, haverá de dar toda razão ao americano por encher-se de espanto. Pois bem, com o antiqüíssimo e transcontinental caminho apelado Peabiru, dá-se o mesmo. É causa do mesmo espanto e devotada admiração. Porque mesmo sem o luxo do sistema viário inca da região andina, mesmo sem os seus recursos técnicos, suas fortificações, seu aproveitamento de rochas para embasamento de pontes, mesmo sem nada disso o simplezinho Peabiru, no geral uma trilha melhorada avançando pelas matas e campos, contornando cuidadosamente toda e qualquer colina, caminho pois de gente sem pressa, vai varando toda a América do Sul na sua largura e em várias direções, passando por vários países, furando matas, correndo por campos nativos e se sobrepondo a pantanais – onde estacas o assinalavam, face as cheias - e assim vai ligando Atlântico e Pacífico. Não admira, pois, que também foi e é ele, assim, motivo de surpresa e encantamento, lendas e histórias e, tanto quanto o caminho, igualmente o mistério e a beleza que cerca a figura do seu lendário criador, Tumé, mais costumeiramente apelado Sumé ou Zumé por dificuldade de articulação da pronúncia tupi-guarani.</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">2 .<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Apreciemos, preliminarmente, ainda que a grosso modo, roteiros peabiruanos, para se ter uma idéia da extensão geográfica abrangida. Partindo de Cananéia [SP], aquilo que se julga em geral como sendo um tronco central – e contexto que se deva dizer assim – adentrava para o interior numa direção quase reta a partir de Jurubatuba, cruzando o rio Tibagi perto de suas nascentes, varando as águas do rio Ivaí, prosseguindo até pouco antes do ponto onde o Piquiri tributa o rio Paraná, ali inflectindo para sudoeste, cruzando o Piquiri, a seguir rumbeando para oeste, transpondo o rio Paraná bem abaixo de Guaíra [PR], adentrando pelo Paraguai, prosseguindo até à nascente do rio Jequi em tal país, seguindo a sul deste, sempre na direção oeste e, perto do curso do rio Paraguai, então inflectindo para o sul, acompanhando as águas daquele a boa distância e, então, rumando para Assunção no Paraguai. Daí, ganhando o chão boliviano não longe da região da famosa e outrora riquíssima mina de prata de Potosi, diz-se que dali, fazendo junção com estradas incas, alcançava a capital inca, a cidade de Cuzco e, pelas vias daquele Império, alcançava, então, as águas do Pacífico. Pelo menos em termos de extensão, um caminho admirável. Outro caminho, muito longo, partia de São Vicente [SP], indo por Santo André, Itu e Botucatu, continuando a seguir, mantendo sempre boa distância as águas do rio Tietê, até encontrar o rio Paraná. Dali, hipoteticamente, deveria prosseguir retamente, varando o Mato Grosso do Sul, atravessando o Pantanal, cruzando o rio Miranda e depois fazendo junção com outro imenso ramal que ali chega, em roteiro reto e vindo desde o rio Piquiri, no Estado do Paraná. Aliás, desse caminho que nasce <personname productid="ፅ툋岨䤅㮮▿ꀞ厛&#0;&#0;鑠H &#0;ﲜ侬&#0;谀穀@匈ؼ穀@툋岨䤅㮮▿ꀞ厛ف&#0;&#0;&#0;&#0;ﲚ侬&#0;蠀 &#0;&#0;&#0; &#0;풠@ &#0;&#0;&#0; &#0;炜ଈ灨ଈ
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De observar que o interior paulista e mineiro eram habitados desde muito primitivamente, sendo assinalada, em Minas, a presença humana de um tipo negroide – representado pela mulher que foi apelada Luzia, datando de cerca de 11.000 anos BP, isto é, antes do tempo presente. Nas cabeceiras do rio Verde foram localizados e estudados 39 sítios arqueológicos, das Fases Sapucaí, Jaraguá, Itaci, sendo 35 deles de tradição tupi-guarani. Estudos de José Luiz de Morais e outros indicam, para a região do Paranapanema, uma grande predominância da tradição tupi-guarani, em relação às demais tradições subjacentes. E uma grande antiguidade para a ocupação humana naquela área planaltina, eis que a datação C-14 atingiu a marca de 4.650 BP, o equivalente, portanto, a cerca de 2.650 anos antes da Era Cristã. <personname productid="em Santa Catarina" w:st="on">Em Santa Catarina</personname>, outro roteiro é assinalado no Vale do Itapocu, seja por estradas achadas ainda vestigialmente nas matas, seja porque, conforme amplos registros históricos, o próprio curso do Itapocu era usado como caminho. Como o rio é propício apenas para canoas e como o Adelantado espanhol Don Álvar Nunes Cabeza de Vaca trouxe consigo vinte e seis cavalos, é mais provável que estes animais, com boa parte da gente da comitiva, subiu por terra o curso do rio. É bem registrado que a partir de um ponto do rio Itapocu, o comandante castelhano ordenou se ganhasse a serra, pelo caminho antes explorado por Dorantes [Ou Dorandes; ou d`Orantes]; seguiam, assim ficou anotado por testigos, o mesmo roteiro pelo qual os guaranis, aí por 1924, guiaram o seu chefe Aleixo Garcia, que fora a guerrear os incas, numa expedição improvisada e que visava obtenção de ouro, prata, jóias e escravos. Ademais, João Sanches, o piloto de Cabeza de Vaca, enviou uma carta ao rei da Espanha, afirmando que subiram pelo Itapocu nessa expedição de Cabeza de Vaca, porque a região da Baía de São Francisco era desabitada, disse; claro que desabitada de índios que lhes servissem de carregadores. Isso significa, outrossim, que na belíssima foz do rio Itapocu, na região das atuais Lagoa da Cruz e Lagoa da Barra Velha, os hispânicos devem ter achado aldeias capazes de dar-lhes suporte nessa escalada da serra e nessa jornada tão arrojada. Estranho que<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>arqueologia de fato comprova que a região era bem habitada. Muitas são as notícias, antigas e recentes, sobre o Sistema Peabiru – pois prefiro apelá-lo assim -; e para exemplificar, observo que Pe. Antonio Ruiz de Montoya, no seu antigo livro “A Visão do Paraíso”, descreve o Peabiru como uma estrada de oito palmos, indo desde São Vicente, no litoral paulista, ao Paraná. Na verdade, porém, vai mais além; chega ao Império Inca na Bolívia e no Peru e dali, por caminhos daquele antigo Império, chegava ao Oceano Pacífico. Era, pois, um conjunto de estradas que permitia, já naqueles tempos, a travessia da América do Sul, desde sua costa leste à costa oeste. Colhi no livro de Oriental Luiz Noronha [v. Bibliografia], obra por demais mística, mas que tem também o seu valor, que no Estado da Paraíba, foi descoberta uma estrada de cerca de trinta quilômetros de extensão, possuindo ela um leito de 1,80 de profundidade. Estranho essa medição da profundidade. Não seria de largura? Se fosse de profundidade, equivaleria a uma vala mais funda que a altura de um homem médio. Faria as pessoas presas lá dentro e, ao invés de segurança, traria insegurança. Poderia nesse caso, não ser uma estrada, mas um canal cuja construção foi abandonada. Ou poderia ser o leito seco de um rio. Enfim, não tenho dados fidedignos a respeito da referida descoberta e sobre o que ela julgam os arqueólogos e geólogos, que são os que devem se pronunciar. Também colhi <personname productid="em Oriental Luiz Noronha" w:st="on"><personname productid="em Oriental Luiz" w:st="on">em Oriental Luiz</personname> Noronha</personname> que há <personname productid="em Minas Gerais" w:st="on">em Minas Gerais</personname> os vestígios de uma estrada que, vindo das bandas da Mantiqueira, passa por Itamonte, Caxambu [Portanto, perto de Cambuquira, minha cidade natal], Conceição do Rio Verde, São Tomé das Letras, Carrancas, Luminárias, Itutinga, daí saindo ramais para São João del Rey. Aliás, li artigo arqueológico escrito por Ondemar F. Dias Jr., dentro do Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas – PRONAPA -, justamente a respeito de estradas pré-colombianas servindo tribos indígenas das cabeceiras do rio Verde, no Sul de Minas, portanto, na região apontada por Noronha. E embora na região tenha havido um convívio intrusivo da gente tupi-guarani com o povo gê, foi não obstante aos tapuias que o referido pesquisador atribuiu tais caminhos. Também registrou Noronha que, quando o bandeirante paulista Lourenço Castanho Taques (São Paulo, 1608- 1671) moveu guerra e derrotou aos cataguases na região de São Tomé das Letras, Minas Gerais, aqueles índios, que se refugiaram nas grutas ali existentes, entregando-se ao vencedor, indagados por ele da autoria das inscrições rupestres – as itacoatiaras, isto é, pedras riscadas; pedras escritas -, responderam que tinham sido feitas por Sumé [Noronha, opus cit., p. 134]. Também disse Noronha que remanescentes dos índios Amoipirá, grupo habitante do sertão da Bahia, lhe disseram que Sumé se recolhera numa caverna, a um mundo onde ninguém morria jamais; e que chegar até ali era a meta do povo tupi. A caverna em questão jamais foi encontrada, porém, desses fatos, diz, também os aimorés e botocudos deram testemunho [Opus cit., p. 135]. </span></span></div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">3 .<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>André Prous, na sua ótima “Arqueologia Brasileira”, opina que as estradas utilizadas pelos tupis e guaranis, visavam, talvez, fins militares, permitindo o deslocamento estratégico, com a comunicação dentre suas comunidades esparramadas, unindo, por exemplo, mesmo as muito distanciadas, como as do litoral com as do Chaco. E estranha que elas cortem mesmo terras de povos hostis aos tupi-guarani. Ora, justamente eu tenho o pensamento oposto, de que eles, tupis e guaranis, caminhavam beirando os rios e dominando a estes, até porque eram um povo de canoeiros excelentes. Outros povos, para evitar conflitos com tais e belicosos vizinhos, tendo ou não construído tais esquisitos caminhos, os peabirus, os usavam para evitar contatos perigosos. De fato, observo que os peabirus foram construídos para deliberadamente evitarem o contato com os grandes rios e os afluentes maiores; isso pode permitir a indução de que a construção de tais caminhos veio a ocorrer, ainda que progressivamente, mas sempre depois de quando os tupis e guaranis – e eventualmente, outras nações poderosas – já tinham se assenhoreado dos rios; a contrario sensu, era esperável que os edificadores de tais caminhos buscassem, contrariamente, construir a curta distância dos leitos fluviais. Verdade que uma curta distância deles é necessária, em razão das cheias e exames arqueológicos de sítios marginais o demonstram. Isso era observado generalizadamente por gentes de todas as tradições culturais. Todavia, já um afastamento tão grande de suas águas, mesmo de dezenas de quilômetros, ainda mais que sendo coisa tomada como regra e na intenção clara e objetiva de manter-se equidistantemente longe dos rios, isso induz a que se quis, é evidente, evitar os habitantes dos rios. Outrossim, tal uniformidade de evitação, do mesmo modo que uma certa uniformidade de técnicas segundo as circunstâncias, reforça minha idéia da unidade de engenharia, ou seja, os peabirus foram abertos, na sua maior parte, por um único e mesmo povo; no mínimo, se foram vários, as circunstâncias de risco na proximidade das águas parece ter sido similar para todos: presença de ribeirinhos agressivos, belicosos. Relembro aqui a observação de André Prous, no sentido em que os tupis e guaranis foram no passado um povo tipicamente de navegadores fluviais, indo em migrações massivas pelos rios. Não afirmo a unidade do construtor, porque não sei se esses vários ramais do Peabiru têm datações diferentes. Seria necessário, antes, fazer exames arqueológicos neles, colher datações, mais claro levantamento dos recursos materiais e das técnicas empregadas. Também seria possível que os guaranis, assegurando para si o domínio fluvial nos rios e afluentes mais importantes e mesmo mais estratégicos, se pusessem a, em seguida, procederem a caminhos interioranos, interligando também por terra as suas distintas comunidades, assegurando também por terra mais rápido contato dentre as mesmas. Isso poderia conduzir à compreensão de um plano estratégico amplo e continental da parte dos referidos índios. No fim das contas é preciso considerar que os tupis e guaranis, mesmo afirmando que não foram eles os edificadores e sim Tomé/Sumé, estariam de todo modo afirmando, implicitamente, que tais caminhos eram uma dádiva deles, uma herança a eles deixada por Tomé a eles, tupis e guaranis; que por isso usavam tais caminhos, deixados a eles por Pay Tomé; não negavam fossem os possuidores; ademais, é possível que os tupis e guaranis, respondendo às velhas indagações sobre quem os autores do caminho, apenas negaram que fossem eles, índios contemporâneos da chegada dos europeus, porém, poderiam atribuir a obra a seus ancestrais, pois, quando apontaram o construtor como Pay Tomé, Pay Some, estavam desse modo atribuindo tal obra de engenharia a um dos seus heróis do passado, a um dos seus mitos das origens, denominado Sumé e que há muito é objeto de estudos pelos tupinólogos. </span></span></div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Esses peabirus existem por toda parte. Na Bahia são apelados mairapés, isto é, os caminho de Maíra e, significativamente, este é um herói mítico dos tupi-guarani, sendo que ao tempo da conquista européia, esses índios passaram a apelar maíras aos homens brancos, aos estrangeiros, particularmente aos franceses e mesmo preferentemente a qualquer estrangeiro que fosse loiro. Em 1970 os arqueólogos Igor Chmyz e Z. Sauner, visitando um ramal secundário de um desses caminhos, sito dentre Erveiras e o curso do rio Piquiri, toparam ali com ele e seguiram-nos por cerca de trinta quilômetros. Nos trechos ainda cobertos de mata, os vestígios eram perfeitamente visíveis. A trilha, registrou Igor, possuía <metricconverter productid="1,40 m" w:st="on">1,40 m</metricconverter> de largura, por 0,40 de profundidade; e disse que, devido ao pisoteamento do terreno, não foi possível constatar qualquer revestimento do leito primitivo de tal caminho, no qual a terra se encontrava compactada. Também no município de Itapiranga o arqueólogo Pe. João Alfredo Rohr, S.J. topou com um trecho de estrada, talvez peabiruano, com cerca de um quilômetro. Ali, porém, era obra mais larga, pois tinha quatro metros de margem a margem, disse Rohr. Dirigia-se para a fronteira da Argentina e da qual, para o caso, dista cerca de doze quilômetros. O arqueólogo referido não descarta a hipótese de que, pelo Peabiru, se pudesse comunicar com os Andes. Disse Rohr que indícios arqueológicos foram notificados por Bischoff, indicando um relacionamento cultural dentre Paraguai e Bolívia; inclusive narra Rohr a descoberta, no Rio Grande do Sul, de objetos de bronze, o que convida a uma origem andina de tais peças; e que Krone encontrou, em Cananéia, um machado de cobre, cuja análise laboratorial feita na Áustria trouxe a afirmação de que a origem de sua matéria prima é andina. Isso, é claro, não significa que os incas estiveram no Brasil, embora pudesse ter ocorrido; porque pode ser, isto sim, tupis os trouxeram dos Andes para sua região paulista. Além disso, algumas peças que se encontre aqui e ali poderão até mesmo ser provenientes do tesouro de Aleixo Garcia, desaparecido desde quando este foi morto no Paraguai. Luiz Galdino e Hernani Donato, em seus respectivos estudos, concluem que os peabirus foram construídos pelos incas. Contexto. Mas ambos recordam que o tupinólogo Luiz Caldas Tibiriçá encontrou no Mato Grosso do Sul – isso, perto da fronteira com a Bolívia – mais de um quilômetro de um caminho pavimentado, com quarenta centímetros abaixo do solo, com <metricconverter productid="1,80 m" w:st="on">1,80 m</metricconverter> de largo.</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">4 .<span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Diz-se que um português, admirado de tais caminhos, indagou de um tupinambá, na região de Cananéia, ante o caminho que, do litoral, ganhava planalto acima: - O que é isto? E que, por resposta, o índio lhe disse: - Peabiru. E, indagado sobre quem o fizera, afirmou simplesmente: - Pay Sumé. E que o luso, então, fiel católico, julgou que o índio falava de São Tomé, o apóstolo cristão, que sabidamente fora pregar o Evangelho em terras distantes. Conta Hernâni Donato tal versão. Na verdade a pronúncia Sumé é errônea. Lusos e castelhanos foram incapazes de pronunciar o nome dado pelos tupis e guaranis ao dito herói mítico. A pronúncia indígena, nasalada, é para eles difícil. Ela deveria ser mesmo algo como Tzomé ou Tzumé. De todo modo, quase ao término do presente livro exponho, por razões que entendo absolutas, porque não poderia se tratar do santo cristão.</span></span></div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Das notícias velhas, Eurico Ribeiro, no seu belo livro “História de Guarapuava”, registra relato do Dr. Gentil de Assis Moura, no sentido em que um tal Diogo Nunes, indo de Piratininga até ao Paraguai e Peru, escreveu em <metricconverter productid="1539 a" w:st="on">1539 a</metricconverter> D. João III uma carta, falando dos sertões a que se podia chegar <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“por um caminho que ligava os portos do Atlântico (Cananéa e São Vicente) aos portos do Pacífico, no governo do Peru” </i>[Opus cit., p. 21]. E narra Eurico Ribeiro que, indo a comitiva de Cabeza de Vaca pelos sertões rumo a Assunção, topou no caminho do Peabiru, no centro do atual Estado do Paraná, o indio cristão de nome Miguel, que se achava a caminho de São Vicente, regressando de uma viagem ao Paraguai [Opus cit., p. 21]. E embora nos pareça, agora distanciados no tempo, que fosse tal caminhada do índio rematada loucura, ainda mais se a sós, como parece ter acontecido, temos a lembrar que ele, pelo caminho, podia ter abrigo, pousada e refeição numa multiplicidade de tribos, máxime se sendo da gente tupi-guarani; mas mesmo se fosse de outras etnias, as encontraria. Também João Salazar – registra Eurico – veio do Paraguai, pelo Caminho do Peabiru; assim como o cruzou Braz Cubas e Luis Martins em 1562; e o soldado alemão Ulrich Schmidl; e João Sanches – que fora piloto de Cabeza de Vaca - e um grupo do qual participou. Aliás, Schmidl teve que abandonar o Peabiru para apenas retomá-lo muito mais além, para evitar índios belicosos no Paraná; e narrou que, certa feita, ele e seus poucos companheiros, com arcabuzes, travaram renhida luta com cerca de 6.000 índios, que tinham aprisionado dois espanhóis. O combate prosseguiu por quatro dias, diz Schmdl [Cf. Eurico Ribeiro, opus cit., p. 23/24].</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><a name='more'></a>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-15294426456168836622011-04-06T10:07:00.000-07:002011-04-06T10:07:19.933-07:00YTAPECU, RIO CAMINHO ANTIGO<title></title> <style type="text/css">
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P { margin-bottom: 0.21cm }
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</style> <br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">O autor do livro “Ytapecu, Rio Caminho Antigo” é o advogado José Alberto Barbosa, um promotor de justiça aposentado, residente há muitos anos na cidade de Jaraguá do Sul – SC. Grande amigo nosso, é também poeta, desenhista, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, e pesquisador da historia de toda a região do vale do rio Ytapocu, local de grande importância estratégica do Caminho do Peabiru, por ser exatamente onde o Caminho deixava o litoral de Santa Catarina e se embrenhava pelo sertão, seguindo seu fabuloso itinerário rumo à civilização Inca, na costa do Peru, já cerca do Oceano Pacifico. </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;">Vamos postar apenas alguns trechos da substanciosa obra do doutor Barbosa, o que certamente vai acrescentar valiosos conhecimentos para queles que se interessam pela historia do fascinante Caminho do Peabiru.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><br />
<a name='more'></a><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJQ61Lb9fNjaz8JyhTNfVWPVzUkqDvmV1w38bWdULw1-UoWOcsDgmJN7f4hmIB0V9qvd5gLYIkksWZiC1QCIHfDB8JL0F9T5cetXTkhMTntlEHtWWolnLfcBJvyhGaDSfkgz1-qHFEkmo/s1600/ima.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJQ61Lb9fNjaz8JyhTNfVWPVzUkqDvmV1w38bWdULw1-UoWOcsDgmJN7f4hmIB0V9qvd5gLYIkksWZiC1QCIHfDB8JL0F9T5cetXTkhMTntlEHtWWolnLfcBJvyhGaDSfkgz1-qHFEkmo/s400/ima.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"> <title></title> <style type="text/css">
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</style> <div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: xx-small;">O Adelantado Cabeza de Vaca sobe o rio Itapocu. Parte da</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: xx-small;"> comitiva o faz em barcos leves. Vê-se ao fundo o Morro do</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: xx-small;"> Jaraguá (Ofic. é o Morro da Boa Vista). Desenho a bico-de-</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: xx-small;"> pena de José Alberto Barbosa [Jaraguá do Sul, 1989].</span></div></td></tr>
</tbody></table><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br />
<title></title> <style type="text/css">
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</style> <br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: xx-small;"> </span> </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 1.25cm;">Em tempos históricos, o pioneiro nessa rota, lembrado assim por sua qualidade de chefe na expedição, foi, a serviço da Espanha, o português Aleixo Garcia – também chamado acastelhanadamente Alejo García – e o qual, aí por 1524, partindo da Ilha de Santa Catarina, subiu tal rio Itapocu, tendo por companheiros um punhado de europeus náufragos como ele, mas à frente de um numeroso grupo guerreiro de guaranís, que por aqui rumaram para a conquista de um misterioso reino nas altas montanhas, onde, diziam os índios, habitava um rei branco e barbudo, que usava vestes como os europeus e que tinha muito ouro e prata, do que os selvagens lhes deram mostras com seus guardados, porque já haviam estado em tal longínqua terra. Garcia, que pelo caminho aparentemente obteve consideráveis reforços, adentrando pelo Itapocu e de tal vale passando-se para o Planalto Catarinense e o Paranaense, levado pelos índios e seguindo pelo Caminho do Peabiru, desse modo chegou com os seus na Bolívia; e justamente na região das incrivelmente ricas minas de prata do Potosi, que logo se tornaram fabulosas; assim, Aleixo Garcia descobriu, antes de Pizarro, ao Império Inca, em pleno reinado de Huayna Capac e, enfrentando aos exércitos deste e seus aliados, conquistaram duas fortalezas e matando seus comandantes; perseguidos pelos incas, refluíram para o Paraguai, levando enorme tesouro; Aleixo Garcia ainda tem tempo de remeter para a Ilha de Santa Catarina uma amostra de tal fortuna, por um grupo de sua confiança, que levava índios escravizados e que fora buscar reforços e, todavia, sucumbe ele, no Paraguai, não sendo jamais encontrados seu corpo e dos companheiros; nem o rico tesouro que traziam consigo. Quando em 1541 o Adelantado espanhol D. Alvar Nuñez Cabeza de Vaca enviou uma comitiva chefiada por Pedro Dorantes (ou Dorandes), para que entrasse pelo rio Itapocu, a sondar da veracidade e possibilidade do que ouvira na Ilha de Santa Catarina como reflexos da entrada de Aleixo Garcia, ou seja, de que era possível, indo-se pelo Vale do Itapocu, chegar-se à região de Assunção, no Paraguai, então aquele seu feitor demorou-se mato adentro por catorze semanas, ou seja, um ano e dois meses, tornando após com a notícia dos índios de que o Vale do Itapocu era rota recomendada. Ora, é possível que, indagando ele dos caciques neste vale, lhe tenham dito aqueles e outros índios que fossem pelo Itapecu, isto é, pelo Rio que é Caminho Antigo. Foi em busca desse informe que ele e sua comitiva se embrenharam pelas matas. Também no planalto, se não o próprio Dorantes, o Cabeza de Vaca encontrou os tupi-guaranis dos caciques Anhiriri, Cipoiai e Tucanguaçu, com os quais muito bem se relacionou. E venho, pois, apresentar-lhes um rio e um vale – o <b>Itapocu </b>– e o qual, longe de ser apenas um bom caminho para o acesso dos lusos e espanhóis ao Planalto, foi verdadeiramente um dos grandes escoadouros da migração indígena a qual, varando os Planaltos Catarinense e Paranaense, teria tido nele talvez mesmo o seu principal caminho, inclusive também do mar para as terras altas, ao ponto de ser lembrado por seu próprio nome como um Rio Caminho Antigo<b> </b>– ou seja, o <b>Y-tape-cu </b>[<b>cu</b>, igual a <b>cué </b>e como apócope de <b>cuera</b>, isto é, o antigo, o que foi; sufixo indicativo de particípio passado] - ou, como avento aqui, ele terá sido mais que isso, pois terá sido mesmo, num passado já perdido na fumaça do tempo, o Rio Caminho dos Ancestrais, uma rota preferida ou quase obrigatória de muitos dos antigos guaranis do litoral para o planalto e deste para as praias atlânticas e, assim, seria algo como o Rio Caminho dos Antepassados; por isso, nessa ótica, não admiraria que ele, no antanho, tivesse sido mesmo apelado <b>Ytapeypycué</b>, isto é, Rio Caminho dos Ancestrais, termo que, por metaplasmos, resultaria em Ytapecu.</div><div align="JUSTIFY" class="western"><br />
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</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 1.25cm;">Assim é que, antes e depois da descoberta do Brasil, o Vale do Itapocu era um caminho importante. Dele se valeram os lusos, os espanhóis e outros, para entrarem para o sertão ou dele saírem. E tanto isso preocupou a Coroa lusa, que o Governador Geral Tomé de Souza trancou o caminho, proibindo o seu uso sob pena de morte, ameaça que, naquele tempo, era gravíssima e o trono o cumpria fielmente. O historiador Victor Emmendörfer Filho, no seu ótimo livro “A primeira história de Guaramirim” – obra que honrosamente prefaciei -, faz uma boa resenha desses fatos, quando Tomé de Souza, preocupado com a comunicação fácil dentre lusos e castelhanos através o Peabiru, fechou o caminho também em Santa Catarina, pois queria, de um lado, evitar o contrabando e, de outro, que os castelhanos se apossassem de terras lusitanas. Apenas setenta anos depois da proibição o caminho foi reaberto. Estava meio deteriorado, diz Emmendörfer Filho, porém, foi reativado e muito usado novamente desde então. Desde tempos pré-colombianos o Vale do Itapocu representou, para os indígenas, valiosa parte desse caminho, pelo qual subiam para o planalto ou dele desciam, eis que no trecho da planície litorânea, o rio é todo ou quase todo canoável até o sopé da Serra do Mar – onde hoje é a cidade de Corupá -, facilitando assim o transporte de mantimentos, mesmo que a maioria das pessoas seguissem a pé por caminho ribeirinho. Subiam pois eles, indo ao que hoje é o Extremo Oeste catarinense – onde as expedições européias antigas tiveram contato com tribos cujos nomes registraram - e também ao Mato Grosso, Paraná, Paraguai, Bolívia e – pasme-se – ao Império Inca no Peru e ao próprio Oceano Pacífico. Aliás, a própria linguística dos falares americanos primitivos já demonstra uma profunda e mútua influência entre os vocabulários tupi-guarani e quíchua, por exemplo. Que o Vale do Itapocu era habitado pelos índios disso não há dúvidas. Não me espantaria em nada se a ciência provasse que o Vale do Itapocu e o litoral catarinense fossem na realidade o tronco, o cerne mesmo do Caminho do Peabiru, visto que, mais que um caminho em território tupi, ele se desenha como um caminho guarani e particularmente carijó. Havia tribos aqui e tanto guaranis quanto sambaquianas e eram fixadas na Bacia do Itapocu. Vestígios disso a arqueologia já registrou. De fato, o Dr. Walter F. Piazza descreve sítios arqueológicos às margens do rio Piraí, afluente do Itapocu, quase na embocadura com este rio maior e sendo eles respectivamente um sítio da <b>Fase Itapocu</b>, de tradição ceramista tupi-guarani; outro, da <b>Fase Piraí</b>, de tradição ceramista e não tupi-guarani, mas com intrusão de tal cultura; e sítios da <b>Fase Acaraí</b>, estes últimos pré-cerâmicos, sambaquianos e com datações variando de 2.970 A.P. (970 a.C.) a 2.270 A.P. (270 a.C.) [<span style="font-size: x-small;">Cf. Dados à arqueologia do Litoral Norte e do Planalto de Canoinhas in Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas, Belém, 1974, vol. 5, p. 53 ss</span>]. </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 1.25cm;"><br />
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</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 1.25cm;">9 . Quantos povos dominaram esse rio, o Itapocu? Que nomes lhe deram no passado? Por seu nome, penso que o Vale do Itapocu foi um dos principais roteiros dos mais primitivos guaranis. Em tempos já recentes, quando por aqui seguiu em 1541 a comitiva de Cabeza de Vaca, que trouxe pelo vale centenas de homens, dentre soldados e índios, padres e diversos civís e mesmo senhoras, o comandante, segundo eu penso, fez grande parte seguir por barcos para isso por ele adrede preparados, mesmo em canoas cedidas por índios da foz do Itapocu com os quais se relacionaram e talvez, com bagagens, enquanto o grosso da tropa, inclusive a cavalaria espanhola e a maioria dos besteiros e arcabuzeiros, foram por terra até um trecho do rio, conduzidos pelos indígenas e, após o que, ganharam a serra e se destinaram ao Paraná. Talvez teve que agir assim, indo pela margem, a anterior expedição, por cerca de 1523 ou 1524, de Aleixo Garcia, visto que talvez fossem muito numerosos e faltassem canoas suficientes para a subida do rio até as suas cabeceiras ou outro ponto em que subiram a serra. O grupo humano que partiu da Ilha de Santa Catarina, deve ter sido considerável. Basta ver que apenas uma pequena parte desse contingente, que voltou pedindo reforços, foi capaz de retornar do sertão trazendo um numeroso grupo de escravos índios.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 1.25cm;"><br />
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</div><div align="JUSTIFY" class="western">Tornemos, porém, ao tempo presente e vamos nos ater ao nosso rio tal qual o conhecemos historicamente e buscar na esfera da toponímia e etimologia possíveis resquícios demonstrativos dessa importância pré-histórica e histórica do Vale do Itapocu como ramal do Peabiru, senão mesmo o seu tronco, sua parte principal, visto que afirmar-se estar ele na direção de São Vicente foi mera contingência de ali ser descoberto por primeiro pelos lusos e visto que não há pesquisas suficientes por toda parte para afirmar-se sequer se havia algum trecho que fosse a sua coluna vertebral. </div><div align="JUSTIFY" class="western"><br />
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</div><div align="JUSTIFY" class="western">10 . Vamos, porém, a outras especulações minhas sobre o nome Itapocu, sempre localmente, porque o nome, em outras incidências no país, conduzirá a outros rumos. Como os objetivos do presente livro não recomenda se traga aqui tudo sobre o nome em tela, por primeiro esclareço aos interessados que busquem ter acesso ao meu outro trabalho “Referências e hipóteses sobre o nome Itapocu”, inserto no livreto Emílio Carlos Jourdan no seu centenário de falecimento [<span style="font-size: xx-small;">I.H.G.S.C., edição da Editora CP, Jaraguá do Sul, ano 2000, p. 25 usque 53</span>], onde examino criticamente as hipóteses de terceiros que pude coletar e onde desenvolvo algumas dezenas de hipóteses minhas a respeito do termo e do topônimo. Na verdade tenho em preparo um livro no qual mais de uma centena de hipóteses são consideradas, na maioria delas rompendo com a antiquíssima versão dada por João Sanches, o piloto de Cabeza de Vaca, o qual afirmava provir o nome do radical Itá (pedra), mas o qual não fez qualquer aplicativo designativo de rio, água, correnteza (vide mais adiante). Para os termos Itapocu, Itapucu, Itapecu e Itapicu, variantes do nome do rio, criei diversas outras hipóteses e muitas delas considerando o <b>I </b>inicial como sendo realmente um <b>Y </b>e com o sentido de rio e chegando, desse modo, a significados mais completos e apropriados. Pois bem, depois de elaborar mais de uma centena de hipóteses sobre o nome Itapocu – a maioria delas ainda inédita – e de examinar as muitas que coletei e provindas de outros autores, eu vinha defendendo mas não de modo conclusivo – o que atualmente se me afigura impossível -, como mais provável uma minha interessante hipótese peabiruana do nome, ou seja, de que a expressão <b>Itapocu </b>na verdade provenha de <b>Y</b> (rio) + <b>tape </b>(caminho) + <b>cu</b> (apócope guaranítica de cuera = velho, antigo), ou seja, <b>Itapecu</b>, isto é, <b>Rio</b> (que é) Caminho Antigo, enfim, um rio que faz parte de um antigo caminho dos índios do litoral para o planalto e vice-versa, um rio que é parte do antigo Peabiru. Note-se que, entrando por ele e orientados pelos índios, os homens de Aleixo Garcia e depois os de Cabeza de Vaca foram dar no trecho paranaense do Peabiru, em região de campos nativos, vararam matas e rios e atravessaram o continente, tendo Garcia descoberto o Império Inca antes de francisco Pizarro [<span style="font-size: xx-small;">Leia-se a obra de Rosana Bond, v. Bibliografia].</span> </div><div align="JUSTIFY" class="western"><br />
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</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 1.25cm;">Essa minha construção tem forte amparo linguístico e histórico. Observo que, de fato, no guaraní paraguaio, Padre Antonio Guasch, S.J., registrou <b>Tapekue</b> <b>[</b><span style="font-size: xx-small;">Que devemos ler Tapekué</span><b>] </b>como sendo caminho antigo, intransitável, o que serve de apoio a minha hipótese [<span style="font-size: xx-small;">In </span><span style="font-size: xx-small;"><b>Diccionario Castellano-Guaraní y Guaraní-Castellano</b></span><span style="font-size: xx-small;">, Ediciones Loyola, Assunção, 1980, p. 715</span>]. Tapekue, no caso, é apócope guaranítica de Tapekuera, em que tape é caminho e kuera (ou cuera) significa velho, antigo. Caminho até intransitável de tanto antigo, diz-se no Paraguai. A apócope, aliás, é uma característica da fala guarani: ao invés de poranga, dizem porã; ao invés de pitanga, falam pitã, ao invés de cuera, cué e nada obsta que o seja apenas esse <b>cu </b>terminativo no topônimo em questão. Ora, como já observei antes, uma das grafias dadas para o nome do rio, provinda de Léonce Aubé [<span style="font-size: xx-small;">Notice, 1847</span>], foi <b>Itapecu</b>, que, se não é deturpação por colonos, será com certeza preservação pelos ribeirinhos e que ele ouviu e registrou e que se adequa perfeitamente à minha referida versão. Também já observei que Robert Avé-Lallemant<b> </b>anotou essa pronúncia – <b>Itapecu</b> – no seu livro Viagem pelo Sul do Brasil no Ano de 1858<b> </b>in verbis: “Na embocadura do <b>Itapecu </b>fizemos alta na areia deserta”, etc. E que van Lede<b> </b>menciona o nome também como sendo <b>Itapecu</b>. Há, portanto, excelente fundamentação em tal e muito presente e registrada variante do nome segundo o que parece ser a tradição ribeirinha. Todas essas referências a tal variante do nome são citadas por Auguste de Saint Hilaire<b> </b>no texto e em notas de pé de página no seu livro a que já me referi [<span style="font-size: x-small;">V. Bibliogr.</span>]. Aliás, de fato nunca me conformei com a versão – que é a mais antiga que conheço - de João Sanches, piloto de Cabeza de Vaca, o qual registrou, de sua entrada aqui em 1541, que o nome significava Pedra (<b>Itá</b>) Alta (<b>pucu</b>), como se pode ler em sua carta a Sua Majestade o Rei da Espanha, inserto no livro de Hans Staden<b> </b>intitulado “Duas Viagens ao Brasil”<b> </b>[<span style="font-size: xx-small;">EDUSP/Itatiaia, B.Hte, 1974, p. 15</span>]. Embora etimologicamente seja versão muito correta, todavia aqui no vale jamais se identificou qualquer pedra que fosse alta ou comprida. Há perto de sua foz uma pequena queda, o Salto do Guamiranga, que obriga a retirar-se ali as canoas da água e passá-las por terra, mas não se atribuiu à cachoeira ou às pedras dela ou ao lugar o nome Itapucu. Fosse o caso, seria então de ser apelado o acidente com o nome <b>Itu </b>(Cachoeira) <b>pucu </b>(alta) e o que, por corruptela, formaria Itapucu num metaplasmo. É hipótese minha que não se é de excluir. O salto ali é apenas um encachoeirado e nunca foi relacionado pela tradição com o nome do rio. E Sanches fala em pedra, não em cachoeira. Outrossim, a arenosa formação de restinga de léguas que há na foz do Itapocu nunca mereceu, penso eu, o tratamento de itá (pedra). Claro que o nome do rio poderia provir dessa fenomenal restinga, num provável <b>itapecu </b>e sobre isso criei também muitas hipóteses, por exemplo, com o terminativo <b>cu, ku </b>significando língua, porque tal areão compacto é também uma língua separando o mar das águas das lagoas da Cruz e Barra Velha. A restinga toda é em si uma língua de areia. E nas partes onde o rio rompeu a barreira para entrar no mar, poderemos ter de cada lado uma ponta em língua (<b>apyiku</b>) e eventualmente estar aí a origem do nome do rio. </div><div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 1.25cm;"><br />
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</div><div align="JUSTIFY" class="western">11 . Mas tornemos ao Salto do Guamiranga. Há de fato nele pedras sobressaindo no nível atual e normal de suas águas, mas o antigo canoeiro Calixto Domingos Borges, que esteve a serviço do colonizador Cel. Emilio Carlos Jourdan no início da ocupação do vale do Itapocu, dando muito depois testemunho de suas experiências no vale, afirmou que, nos tempos dos trabalhos com Jourdan, o rio tinha bem mais volume e que o referido salto possuía então dois metros e meio, depoimento esse que é registrado pelo historiador Emílio da Silva no seu livro “Jaraguá do Sul – Um Capítulo na Povoação do Vale do Itapocu”. Realmente, disse Calixto, que o Salto do Guamiranga era temeroso para os barqueiros, mas que ao tempo do seu depoimento o rio minguara para um equivalente a três quintos do seu antigo volume. [<span style="font-size: xx-small;">In opus cit., Jaraguá do Sul, Edição do Autor, 1975, p. 38/39, com uma reedição posterior</span>]. Aliás, o Sr. Ronaldo Klitzke, como Presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Itapocu, em julho de 2005, sendo entrevistado pelo jornal A Notícia, afirmou que “Há 25 anos o rio Itapocu tinha 50 centímetros a mais de água do que hoje, possivelmente por causa da devastação da beira do rio e excesso de população que quadruplicou de lá para cá” [<span style="font-size: xx-small;">In </span><span style="font-size: xx-small;"><b>A Notícia</b></span><span style="font-size: xx-small;">, </span><span style="font-size: xx-small;"><b>AN-Jaraguá</b></span><span style="font-size: xx-small;">, 26/07/05</span>]. Ou seja, em torno de 1980, o rio era meio metro mais volumoso e talvez a extinção da mata ciliar pelos colonos tenha sido responsável por tal efeito de desiquilíbrio das águas. De qualquer modo, é confirmado que desse modo, no antanho essas pedras do salto, no curso das águas do rio e sendo as águas mais elevadas, seriam tais rochas menos visíveis que atualmente, exceto, é claro, quando das poucas chuvas, tempo em que a estiagem as poderia fazer mais expostas que de costume. Todavia, Calixto fala também haver ali, a cavaleiro do salto, “uma bela chapada de rocha à margem esquerda do volumoso rio”; e tão larga que eles, viajantes, pernoitaram sobre ela [In Opus ref., p. cit.]. Tratava-se, então, de uma pedra alta, acima das águas e à margem delas. É a única pedra alta de que tenho notícia, mas não creio tenha tido tal importância ao ponto de nominar o rio. Seria mais lógico, então, dizer-se Rio da Cachoeira Alta [<b>Itupucuy],</b> não Pedra Alta [<b>Itapucu</b>], porque tal pedra existente não influía sequer no tráfego das canoas. O encachoeirado do Guamiranga, esse sim então impressionaria mais, mas apenas em razão de dificultar ele a canoagem, porque o local nada mais é que um rápido. Digo isso com certeza porque fui ao local especialmente para avaliá-lo, isto há vários anos. Ademais, se fosse certa a versão de João Sanches, seria necessário grafar <b>Itapucuy</b>, com o <b>y</b> final designando rio (o que ele não fez) e teríamos, então, só aí, um Rio da Pedra Alta, ou mesmo um Rio da Pedra Comprida. Apenas que não há pedra ou monte se candidatando a ser essa contida na versão. Existe na região, rente a Barra Velha, um moro apelado Morro Grande. Na verdade é minúsculo se comparado com a enormidade do nosso Morro da Boa Vista [dito do Jaraguá] visível lá daquela cidade litorânea. Considere-se ademais que <b>pucu</b> em tupi-guarani também significa comprido e poderia estar aí a solução do nome e, de fato, já desenvolvi e publiquei diversas hipóteses utilizando tal termo, mas não para pedra e sim para a enormidade do caminho do Peabiru ou, sendo o caso, para a grande extensão da língua de areia que compõe a foz do rio em apreço.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 1.25cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western">12 . Porém, olhemos para os astros! E façâmo-lo à noite! Vamos topar com um Rio Antigo no firmamento! E isso porque, até aqui, como que um preâmbulo. Tudo isso e muito mais se presta a especulações que já fiz e em grande parte publiquei. E não me conformando com a versão de João Sanches, busquei soluções alternativas, utilizando um <b>Y </b>inicial para designar rio, chegando primeiramente a dezenas de hipóteses e, depois, ao resultado retro, formador da tradução por Rio Caminho Antigo<b> (Ytapecu</b>, <b>Ytapecué</b>), a meu ver um nome muito apropriado para o historicamente mais importante e perlustrado ramal do Peabiru, ou mesmo seu cerne, porque mais utilizado que o próprio caminho maior de São Vicente ao sertão. Todavia, importa que pensemos a mitologia tupi-guarani; é imperioso que olhemos para os astros! É que, na astronomia mítica dos guaranis, a constelação da Via Lactea recebe a denominação de <b>Tapecué</b>, isto é, traduzindo-se literalmente, ela é um Caminho Antigo; pois em tupi-guarani <b>tape </b>é caminho e <b>cué </b>significa velho, antigo; e, com relação a caminho terrestre, humano, mesmo sendo ele já até intransitável. Até hoje, no Paraguai e nas bandas brasileiras do oeste do Mato Grosso, onde se fala ainda o guarani algo preservado, o termo <b>tapecué </b>se traduz por caminho velho. Ora, uma apócope do nome Tapecué iria produzir justamente <b>Tapecu</b>, com igual significado; ora, prefixando-se com um <b>Y </b>(rio, água), teríamos um <b>Ytapecu</b>;<b> </b>e o qual seria, nesse caso, um Rio do Caminho Antigo<b> </b>ou, no ver do índio, mais precisamente o que corresponderia, nos astros, ao Rio da Via Lactea. Verdade que para os povos tupi-guaranis o normal, consta-me, é que tal constelação fosse apelada <b>Tapiirapé </b>[<span style="font-size: x-small;">O mesmo que</span><span style="font-size: x-small;"><b> Tapirapé</b></span><span style="font-size: x-small;">; ou </span><span style="font-size: x-small;"><b>Tapi`i rapé</b></span>], isto é, Caminho da Anta e, todavia, obtive de duas fontes a informação de que dentre os guaranis, <b>Tapecué</b> fosse forma corrente para tal significação. Desse modo, podemos ver que tanto os índios tinham na anta um animal totem, como, numa convergência cultural com gregos e romanos, viam, nos céus, no que para os romanos era um Caminho de Leite – Via Lactea -, já aqui um caminho da anta, um dos seus muitos animais sagrados. Na verdade os índios viam, no céu, reproduzido e tudo e todos que existissem também na terra.</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 1.25cm;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 1.25cm;"></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="text-indent: 1.25cm;">Observo, porém, que o nome <b>Tapecué </b>dado à Via Lactea possa ser traduzido de modo diferente. Li isso, pela primeira vez, no livro “Parábolas da Terra Sem Males”, de Adolpho Mariano da Costa. Eu jamais tinha lido tal coisa, porque sempre soube que os índios apelam Tapirapé (Caminho da Anta) àquela constelação. Bom saber que existe um outro termo para designá-la. Verdade que, em primeira opinião, contrariando aquele autor, que interpreta o termo como “Caminho percorrido”, entendo se deva traduzir tal nome por Caminho Antigo, Caminho Velho; e isso porque justamente, em outras plagas e talvez mesmo no Sul brasileiro, tal constelação seja apelada <b>Tapiirapé</b>, isto é, caminho da anta. Isto é, a imagem central é a de um caminho pelo qual percorre uma anta, um animal totem. Porém, veja-se que se formos traduzir Tapecué por Caminho Antigo, estaremos desprezando a menção expressa do termo <b>tapir</b> ou <b>tapi`i</b> designativo da anta, o animal sagrado e totemizado. Então, coloco como hipótese secundária que o nome <b>Tapecué </b>possa ser, realmente, uma mera corruptela de <b>Tapi`i </b>(Anta) + <b>cué </b>(velha). Isso, porém, não parece corresponder à realidade estelar da visão do nosso índio, que haveria de enxergar, creio, naquela vasta, imensa mancha branca resplandecente no céu, naquela grandiosa, esplendorosa constelação dominadora da abóbada celeste, mais do que apenas a imagem de uma anta, pois, por mais sagrada que fosse, ela não haveria de compor todo e tal grandioso conjunto; já a visão de um enorme caminho luminoso, de um vasto Peabiru pendurado no firmamento, aí sim, haveria acerto na visão do índio; e mesmo se requereria que a anta estivesse perto, ao lado da grande mancha branca celeste, sendo esta, então, realmente o caminho do sagrado bicho; e sagrado, é claro, por garantir o sustento de tantos, do mesmo que na Europa primitiva os humanos cultuavam os ursos, os gamos, a fauna que assegurava a sobrevivência das tribos. Aliás, foi imensa a convergência de ideação e ótica dentre os tupi-guaranis e os europeus os gregos e romanos e outros povos antigos, em termos de modo de interpretar o céu. À nossa constelação do Corvo (Corvus), apelaram Urubu; à Constelação do Touro (Taurus), denominaram Tapiíra Raiuba [<span style="font-size: x-small;">O mesmo que </span><span style="font-size: x-small;"><b>Tapi`i raim ykã </b></span><span style="font-size: x-small;">ou </span><span style="font-size: x-small;"><b>Tapi`i raim nhykã</b></span>], isto é, Queixada de Anta; ao conjunto estelar da Lebre (Lepus), apelaram Tapiti, isto é, a mesma lebre; na falta de ursos nos tempos recentes da América do Sul, passaram a ver, na constelação da Ursa dos europeus, a imagem de um Jaguareté, isto é, de uma onça pintada; a um caranguejo da constelação do Câncer, opuseram a visão de um Poti, isto é, camarão. E no céu, onde os europeus viam um comprido Escorpião (Escorpio), os índios viam uma Mboiaçu, isto é, uma Cobra Grande; noutras regiões sulinas, ainda é da anta que os guaranis se lembram, apelando a uma constelação de Tapi`i rapé rakã, e a respeito do que Robert A. Dooley, no seu ótimo “Vocabulário do Guarani”, observa que talvez seja um nome dado justamente à constelação do Escorpião; põe, todavia, ao lado da observação um sinal interrogativo.</div><div align="JUSTIFY" class="western"><br />
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</div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-14506843684383972242011-03-11T03:13:00.000-08:002011-03-11T03:13:41.396-08:00GUATÁ<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.guata.com.br/imagens/guata_logo_2009.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="118" src="http://www.guata.com.br/imagens/guata_logo_2009.jpg" width="320" /></a></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"> </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Quem quizer ter uma visão ampla do panorama cultural do Paraná e do Brasil, tem que se ligar imediatamente ao conteúdo do site Guatá-Cultura em Movimento. Com uma identificação marcante com os propósitos do nosso blog, pois Guatá no idioma Guarani significa Caminhar, o leitor encontrará no Guatá um panorama geral, amplo e informativo a partir da Terra das Cataratas.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">Fóz do Iguaçú é hoje um centro cosmopolita conhecido mundialmente pelas suas belezas naturais, em especial pelas maravilhosas Cataratas, mas agora também pela sua agitação cultural, devida em grande parte ao Guatá. A inteligência e sensibilidade do seu conteúdo acabaram por definir Fóz do Iguaçú e região como um dos centros culturais mais importantes do Brasil.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"> </span></div><div style="text-align: center;"><span class="f"><cite>www.<b>guata</b>.com.br</cite></span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"> </span></div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-82276560291210111592011-03-02T06:55:00.000-08:002011-03-02T06:56:12.123-08:00O MISTERIOSO CAMINHO MILENAR 3ª Parte (ultima)<span style="font-size: small;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span lang="PT-BR"></span></span><b style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Pela primeira vez</b></span><br />
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<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span lang="PT-BR"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: justify;">Documentos informam que o Caminho, no PR, foi trilhado por centenas de conquistadores espanhóis e portugueses, colonos, bandeirantes matadores de índios, padres (principalmente jesuítas), e por levas de desbravadores mais modernos, nos séculos 19 e 20. </div></span></span></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: justify;">Mas e antes disso? Se o Peabiru ia de um lado a outro do continente, uma pergunta que sempre se faz é: que povos indígenas percorreram o trajeto de oceano a oceano e quando isso aconteceu?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.anovademocracia.com.br/54/21a.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://www.anovademocracia.com.br/54/21a.jpg" width="227" /></a></div></span></span><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: justify;">A resposta é outra "novidade" que agora vem aparecendo. No livro <b><i>História do Caminho de Peabiru</i></b> apresentamos indícios de que a tribo guarani pode ter sido a primeira a fazer a rota completa, de mar a mar. </div></span></span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: justify;">Unindo escritos de Montesinos (anos 1600), Boman, Bertoni, Means, Imbelloni, Latchman, Vignati, Cabrera e outros (a maioria do início dos anos 1900) a textos recentes de arqueólogos europeus e bolivianos (Parssinen, Siiriainen e Faldin, 2003 e 2005) verificamos que os guaranis podem ter penetrado nos Andes séculos antes do que se pensava e teriam chegado ao Pacífico, nas praias chilenas de Copiapó, por volta dos anos 500 ou 600.</div></span></span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: justify;">Somando-se a isso houve, em 2008, a revelação de um antigo mito guarani, por Adão Karai Tataendy. Em seu livro <b><i>Palavras do Xeramõi</i></b>, ele conta uma incursão da tribo aos Andes e ao Pacífico, para "buscar o fogo no fim da terra".Assim pode-se cogitar que o Peabiru inteiro, de ponta a ponta, teria sido "inaugurado" por um povo indígena, o guarani, mil anos antes da invasão européia do século 16. </div></span></span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: justify;">Depois dessa tribo, séculos mais tarde, é possível que também os incas tenham trilhado o Caminho todo, de um mar a outro. Porém essas viagens tiveram uma característica diferente, pois as incursões dos cuzquenhos até as praias atlânticas parecem ter sido raras e efetuadas por uns poucos batedores, os já citados "espiões do soberano", em rápidas tarefas de prospecção. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span></span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><b> <div align="justify" style="text-align: left;">Botando no "kuatiá"</div><div align="justify" style="text-align: left;"><br />
</div></b></span> </div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: justify;">Antes de encerrar, gostaria de dizer que boa parte das descobertas e segredos peabiruanos que incluí no volume 1 de meu livro vieram da memória ancestral de guaranis do litoral de SC e autorizados por eles. </div></span></span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: justify;">Convivo com suas aldeias desde 1998. Confesso, porém, que no início quase desisti. O laconismo guarani, muito conhecido entre os estudiosos, dava-me a sensação de que minhas visitas não eram benvindas. E mais desanimador: quando lhes fazia perguntas sobre o Peabiru, davam-me respostas vagas e logo silenciavam.</div></span></span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: justify;">É que certos assuntos, tidos como sagrados, não são contados aos juruás (os não-índios). Diz Saguier: "Existiu desde sempre, até nossos dias, uma resistência profunda por parte do indígena guarani em revelar a estranhos o conteúdo de suas crenças religiosas".</div></span></span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: justify;">Isso durou anos. Cheguei a imaginar que a tribo tinha esquecido de tudo, após tantos séculos de contato com a sociedade dos juruás. Como que adivinhando, alguns me disseram, então, que não pensasse que eles não conheciam as respostas. Conheciam. Porém, explicaram, o Peabiru, a Terra Sem Mal e até Aleixo Garcia eram coisas sobre as quais não gostavam de conversar.</div></span></span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: justify;">Respeitei e calei-me. Mas já gostava tanto deles, já tinha feito tantos amigos nas aldeias, que continuei indo, mesmo sem perguntar mais nada. </div></span></span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: justify;">O tempo correu, chegou 2004. Sete anos haviam se passado desde que pisara a aldeia do Morro dos Cavalos pela primeira vez.</div></span></span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: justify;">Num dia de abril, eu e meu pai nos dirigimos até lá, para uma daquelas visitas corriqueiras. Fomos recebidos pelo cacique Werá Tupã (Leonardo), nosso amigo.</div></span></span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: justify;">Ao cumprimentá-lo, notei que ele estava extraordinariamente feliz com nossa visita.Sempre tão discreto e silencioso, me disse animado: "Você ainda quer saber sobre aquelas perguntas, né?"</div></span></span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: justify;">"Quero sim, e como !" – respondi. Deu um sorriso de menino sapeca: "Então hoje vou lhe contar". Foi um susto! Até meu pai, que sabia da longa espera, ficou emocionado. Depois de 7 anos, finalmente!</div></span></span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: justify;">"Não falamos nada antes, porque você não estava preparada" – esclareceu Werá. "São coisas sagradas. Não adiantava contar porque você não ia entender. Hoje vou falar, mas só um pouco. Guarani é assim, tudo de pouquinho" – sorriu. Na expressão do rosto, de novo o menino sapeca.</div></span></span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: justify;">Mas a conversa foi de gente grande. O cacique explicou algo do Peabiru, da Terra Sem Mal, de Aleixo Garcia e até dos incas. O pouquinho dele, para mim foi um "poucão".</div></span></span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: justify;">A partir dalí, as informações nunca mais pararam de chegar. Vindas tanto do próprio Werá, quanto de líderes e pajés centenários de diversas aldeias, entre elas Biguaçu, Cachoeira dos Inácios e rio Sorocaba.</div></span></span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: justify;">Completam-se agora 6 anos em que a sabedoria deste povo me emociona. E em que seus conhecimentos sobre o Peabiru e outros temas me maravilham. Não há como agradecer tanto. Ou melhor, há, como já disseram os amigos guaranis: "Bote sempre nossa história bem certinho no kuatiá". Kuatiá, no caso, significa papel. E "sempre bem certinho" significa: nos respeite e tente não cometer erros que outros brancos já cometeram.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span></span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span lang="PT-BR"><span lang="PT-BR"><span lang="PT-BR"><div align="justify" style="text-align: left;"><b>OS RAMAIS PARANAENSES</b></div><div align="justify" style="text-align: left;"><br />
</div><span lang="PT-BR"> <div align="justify" style="text-align: left;"><i>Segundo se deduz de escritos antigos e de relatos orais indígenas, o Peabiru possuía vários ramais norte-sul e sul-norte, que davam acesso às rotas principais leste-oeste e oeste-leste. Dentro do estado do PR houve alguns deles, podendo-se destacar 4 :</i></div><div align="justify" style="text-align: left;"><br />
</div><span lang="PT-BR"> <div align="justify" style="text-align: left;"><b>Foz do Iguaçu</b></div><div align="justify" style="text-align: left;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1Lt0ohuZ0yXoYCgXrwaOf3sr0HOzV14NtrmfTY2q20lnu47oMGQjLRG4VsdWIo5NP65ptKG7KrT4FsAPgRWYh-xOgaD4cktWKds1oCML1mVYc2AZTjBg2TGNwulHWyD5rQRLA3wPVTMw/s1600/FOZ%252520%257E1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1Lt0ohuZ0yXoYCgXrwaOf3sr0HOzV14NtrmfTY2q20lnu47oMGQjLRG4VsdWIo5NP65ptKG7KrT4FsAPgRWYh-xOgaD4cktWKds1oCML1mVYc2AZTjBg2TGNwulHWyD5rQRLA3wPVTMw/s400/FOZ%252520%257E1.jpg" width="400" /></a></div><div align="justify" style="text-align: left;"><br />
</div><div align="justify" style="text-align: left;"><br />
</div></span> <span lang="PT-BR">Este ramal é historicamente famoso porque por ele passou o adelantado (governador) do Paraguai, Álvar Nuñez Cabeza de Vaca, em 1542. Este espanhol é considerado o descobridor das grandiosas cataratas do Iguaçu. Em sua viagem para tomar posse do cargo, ele trilhou o Peabiru desde S.Catarina até Assunção, guiado por índios guaranis. <div align="justify" style="text-align: left;">Em boa parte do percurso utilizou o tronco principal leste-oeste do Caminho, mas no rio Piquiri ao invés de seguir até Guaíra/Terra Roxa, que era o trajeto tradicional, o governador desceu para o sul e acabou dando nas cataratas de Foz.</div><div align="justify" style="text-align: left;">Isso ocorreu em algum ponto da margem esquerda do Piquiri, muito antes de Guaíra. Na obra <b><i>Comentários</i></b>, escrita por seu secretário Pero Hernandez e que descreve a viagem, insinua-se que a descida ao sul foi um conselho dado por um novo grupo de guaranis, que haviam substituído os guias vindos de SC.</div><div align="justify" style="text-align: left;">E qual teria sido o motivo de tal conselho?</div><div align="justify" style="text-align: left;">Alguns estudiosos dizem que a intenção dos novos índios acompanhantes era desviarem-se de Guaíra, onde naquele momento estariam presentes tribos inimigas. Outra tese é de que a intenção era causar a morte do governador, fazendo com que despencasse nas cachoeiras. Os índios teriam sido insuflados por Domingo de Irala, que governava o Paraguai como interino e não desejava entregar o cargo.</div><div align="justify" style="text-align: left;">Curiosamente, o adelantado e suas canoas quase caíram mesmo nas águas furiosas. Sua esperteza o salvou, pois ao ouvir o forte rugido das quedas, retirou rapidamente as embarcações do rio.</div><div align="justify" style="text-align: left;">O jornalista Rogério Bonato, de Foz, nos disse numa conversa em 2007 também suspeitar que a entrada de Cabeza de Vaca no Iguaçu pode ter sido "uma armadilha". Em seu romance <b><i>Ara`puka</i></b>, Bonato falou que os indígenas da região costumavam livrarem-se de visitantes indesejáveis conduzindo-os na direção das cataratas. Informou-nos que o local, na língua tupi-guarani, era justamente conhecido como ara`puka (arapuca, armadilha). Não há dados exatos sobre esse ramal. Supõe-se, porém, que seu trajeto fosse: Corbélia – Céu Azul – Capanema – Medianeira – Foz do Iguaçu. </div><div align="justify" style="text-align: left;"><br />
</div><div align="justify" style="text-align: left;"><b>Campo Mourão</b></div><div align="justify" style="text-align: left;"><br />
</div><div align="justify" style="text-align: left;">Este ramal cruzava o coração do PR, uma importante área indígena densamente povoada por várias tribos. No século 16, época da invasão européia, tudo indica que seus mais numerosos habitantes eram os guaranis, grandes conhecedores e usuários do Peabiru.</div><div align="justify" style="text-align: left;">Após a entrada dos brancos, a região fez parte do Guairá, província onde os espanhóis construíram cidades (explorando o trabalho indígena) e reduções jesuíticas que também usaram o trabalho dos índios, impondo-lhes ainda uma religião estranha e uma vida confinada.</div><div align="justify" style="text-align: left;">Rota de trânsito de castelhanos, o trecho serviu também para portugueses e mestiços (os bandeirantes paulistas) penetrarem na área para espalhar o terror, matando os índios velhos e crianças, e "caçando" os jovens e saudáveis para a escravização.</div><div align="justify" style="text-align: left;">Séculos depois, o ramal pode ter sido uma das vias de entrada de colonizadores no interior do PR, conhecidos como "os pioneiros".</div><div align="justify" style="text-align: left;">Seu trajeto aproximado era: Jardim Olinda/Itaguajé – Paranapoema – Uniflor – Maringá – Itambé – Engenheiro Beltrão – Peabiru – Campo Mourão. A partir daí, parece que havia duas opções para acessar o Caminho principal. A primeira era Farol – Janiópolis – rio Piquiri. A segunda, Luiziana – Mamborê – Nova Cantu – Campina da Lagoa – Ubiratã. </div><div align="justify" style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><b>Castro</b></div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div align="justify" style="text-align: left;">Este ramal, na verdade, fez parte do tronco principal paulista que partia de S. Vicente e Cananéia. Entrava no PR pelo vale do rio Ribeira. Pesquisadores castrenses supõem que Aleixo Garcia e Cabeza de Vaca estiveram naquela região e que uma das aldeias guaranis citadas nos Comentários situava-se no município. Mais tarde, o trecho também teria servido para os bandeirantes penetrarem nas terras paranaenses à busca de escravos indígenas. </div><div align="justify" style="text-align: left;">Seu trajeto aproximado era: Adrianópolis – Doutor Ulisses – Castro. Ligava-se ao Caminho principal talvez em Ponta Grossa ou Tibagi.</div><div align="justify" style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><b>Campo do Tenente</b></div><div style="text-align: left;"><b> </b> </div><div style="text-align: left;">Este ramal, na verdade, fez parte do tronco principal catarinense que partia do litoral e rio Itapocu. Entrava no PR pelo sudeste.</div><div align="justify" style="text-align: left;">No século 16, o trecho foi trilhado por Aleixo Garcia e Cabeza de Vaca, além de outros espanhóis. Mais tarde, segundo vários estudiosos, entre eles Henrique Schmidlin, virou caminho de tropeiros que levavam gado a SP e MG.</div><div style="text-align: left;">Seu trajeto aproximado era: Rio Negro – Campo do Tenente – Lapa – Palmeira. Ligava-se ao Caminho principal talvez em Ponta Grossa ou Reserva.</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><span lang="PT-BR"><span lang="PT-BR"><span lang="PT-BR"><span lang="PT-BR"><b> <div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">Referências bibliográficas</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><br />
</div></b> <div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">Revista <b><i>Cadernos da Ilha</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Florianópolis, no.1, 2002. Artigo Rosana Bond, com seguinte bibliografia:</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">AFONSO, Germano Bruno. <b><i>Arqueoastronomia brasileira</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Curitiba, CD-Rom e sitio: fisica .<a href="http://ufpr.br/tupi" onclick="onClickUnsafeLink(event);" target="_blank">ufpr.br/tupi</a> </span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">BOITEUX, Lucas Alexandre. <b><i>Santa Catarina no século XVI – Anais do 1<sup>º</sup> Congresso de História Catarinense</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Florianópolis, Imprensa Oficial de SC, 1950</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">BOND, Rosana. <b><i>A saga de Aleixo Garcia, o descobridor do império inca</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Florianópolis, Insular/ Fundação Franklin Cascaes, 1998</span></div><b><i> <div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">O caminho de Peabiru</span></div></i></b><span style="font-size: xx-small;">. Campo Mourão, Fundação Municipal de Cultura, 1996</span> <div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">CABRAL, Oswaldo Rodrigues. <b><i>História de Santa Catarina</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. RJ, Edit. Laudes, 1970 (2<sup>ª</sup> edição, UFSC, SC, 1970)</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">CABEZA DE VACA, Álvar Nuñes. <b><i>Comentarios</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Paraguay, Talleres Nacionales de H. Krads, 1902</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">CHMYZ, Igor; SAUNER, Zulmara C. <b><i>Nota prévia sobre as pesquisas arqueológicas no vale do rio Piquiri</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. SP, Dédalo/ Museu de Arqueologia e Etnologia de SP, 1971</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">COELHO DOS SANTOS, Sílvio. <b><i>Nova história de Santa Catarina</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Florianópolis, Edit. Terceiro Milênio, 1995</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">LOZANO, Pedro. <b><i>Historia de la conquista del Paraguay, Rio de la Plata y Tucumán.</i></b></span><span style="font-size: xx-small;"> B. Aires, Casa Editora Imprenta Popular, 1873</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">GALDINO, Luiz. <b><i>Peabiru-Os incas no Brasil</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Belo Horizonte, Edit. Caminho Real, 2002</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">MARTINS, Romário. <b><i>História do Paraná</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Curitiba, Edit. Guaíra, s.d.</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">MONTOYA, Antonio Ruiz de. <b><i>La conquista espiritual</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Argentina, Equipo Difusor de Estudios de Historia Iberoamericana, 1989</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">PIAZZA, Walter F. <b><i>Santa Catarina, sua história</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Florianópolis, Lunardelli/UFSC, 1983</span></div><b> <div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">Outras</span></div></b> <div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">Jornal <b><i>A Nova Democracia</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Rio de Janeiro, no. 10, junho de 2003</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">MAACK, Reinhard. S<b><i>obre o itinerário de Ulrich Schmidl através do sul do Brasil (1552-1553)</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Monografia. Curitiba, Conselho de Pesquisas da UFPR , 1959</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">BOND, Rosana. <b><i>História do Caminho de Peabiru – Descobertas e segredos da rota indígena que ligava o Atlântico ao Pacífico</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Rio de Janeiro, Edit. Aimberê, 2009 </span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">COSTA, Samuel Guimarães da. Jornal <b><i>O Estado do Paraná</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Curitiba, 1972</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">DONATO, Hernâni. <b><i>Sumé e Peabiru</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. SP, Edit. GRD, 1997</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">VEGA, Garcilazo Inca de la. <b><i>Los comentarios reales (1<sup>ª</sup> parte)</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Peru, editoras Bendezú e Lima, 1978</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">CENTRO de Investigaciones Arqueologicas de Samaipata (CIAS). <b><i>Centro ceremonial urbano precolombino – El fuerte de Samaipata (texto oficial de divulgação)</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, s.d.</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">SIIRIAINEN, Ari; PARSSINEN, Martti. Conferência dos finlandeses Siiriainen (arqueólogo) e Parssinen (historiador), da Universidade de Helsinque, em Gothenburg, Suécia, 1996</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">LADEIRA, Maria Inês. <b><i>O caminhar sob a luz – O território mbyá à beira do oceano</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Tese mestrado, PUC/SP, 1992</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">DARELLA, Maria Dorothea. <b><i>Territorialização guarani no litoral de SC</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Tese doutorado, PUC/SP, 2004</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">CHMYZ,Igor. O Peabiru foi aberto pelos itararés –Entrevista a Luiz Gabardo. <b><i>Cadernos da Ilha</i></b></span><span style="font-size: xx-small;"> no. 3, 2004</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">SCHMIDLIN, Henrique. Os tropeiros usaram o Peabiru. <b><i>Cadernos da Ilha</i></b></span><span style="font-size: xx-small;"> no.2, 2004</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">BERTONI, Moisés S. <b><i>Prehistoria y protohistoria de los paises guaranies</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Assunção, 1913</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">GUZMÁN, Ruy Diaz. <b><i>Anales del descubrimiento, población y conquista del rio de la Plata.</i></b></span><span style="font-size: xx-small;"> Assunção, Ed. Comuneros, 1980</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">ANTUNES, Adão Karai Tataendy. <b><i>Palavras do Xeramõi</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Fpólis, Edit. Cuca Fresca, 2008</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">SAGUIER, Rubén B. <b><i>Los mitos fundadores guaranies y su reinterpretación. Assunção,</i></b></span><span style="font-size: xx-small;"> CIDSEP, 1992</span></div><div align="justify" style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">BONATO, Rogério R . <b><i>Ara`puka</i></b></span><span style="font-size: xx-small;">. Foz do Iguaçu, Artenatural, 2002</span></div></span></span></span></span> </div></span></span></span></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span lang="PT-BR"><div style="text-align: left;"></div></span></span></span><br />
<span style="font-size: small;"><span lang="PT-BR" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span lang="PT-BR"></span></span></span></div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-82838321019642745562011-02-04T05:36:00.000-08:002011-02-04T05:39:14.159-08:00O MISTERIOSO CAMINHO MILENAR 2ª Parte<div style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: small;"><br />
</span></b></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.historiabrasileira.com/files/2009/12/trilha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="192" src="http://www.historiabrasileira.com/files/2009/12/trilha.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
<b><span style="font-size: small;">Forrado com grama</span></b><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Em textos antigos e modernos o Caminho aparece descrito de modos variados. Os jesuítas viram parcelas dele no PR e SP e informaram que tinha 8 palmos de largura (mais ou menos 1,40 m) e um talude de cerca de 40 centímetros. Vestígios encontrados em Pitanga (PR) por Clemente Gaioski têm esse perfil.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> É comum pensar-se que o Peabiru era uma trilha aberta na mata. Efetivamente, muitos de seus trechos assim o foram. Alguns estudiosos, entre eles Hernâni Donato do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP), indicam porém que dependendo do terreno (selva, pântano, zonas pedregosas, areais, etc), o Caminho tinha características diferentes.</span><br />
<a name='more'></a><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Se o considerarmos como integrante da estrada pré-inca e inca, nos Andes ele possuía sofisticações, tais como calçamento, canaletas com água potável, pontes, escadarias, alojamentos para mensageiros, etc.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Há relatos, ainda não confirmados, de que também trechos no Brasil eram pavimentados com pedras. Donato cita dois prováveis achados: um perto da aldeia de Meruri (MT) e outro do rio Miranda (MS).</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Já a famosa escadaria do Monte Crista (Garuva, SC) não é obra pré-colombiana do Peabiru, como sugerem alguns escritores e guias turísticos, pois seu calçamento com pedras se deu no tempo do imperador Pedro II. (Obs: Antes do calçamento, porém, ali existiu um "caminho curto" indígena, considerado importante.)</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Para Donato, em outros segmentos, conforme o ambiente circundante, a trilha era marcada com estacas (caso de zonas pantanosas e areais). Isso efetivamente ocorreu em trechos pré-incas e incas. Mas no Chaco, Pantanal e areais brasileiros e paraguaios tais estaqueamentos ainda não foram confirmados.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> O mais provável é que a marcação do Caminho, nesses locais, fosse através de localizadores geográficos (rios, montes, rochas, etc). É o que pensa a diretora do Museu Andrés Barbero de Assunção, Paraguai, a historiadora Adelina Pussineri, que nos disse numa conversa em 2007 :</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> "Nessas zonas não havia nenhum marco ou estaqueamento do Caminho, mas sim o infalível conhecimento dos índios. Esse conhecimento era primordial ao caminhante, pois até hoje, perder-se no Chaco é morrer".</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Aponta-se ainda a existência de localizadores artificiais, espécie de "mapas", tais como pedras com desenhos gravados em baixo relevo (marcas de pés humanos; cruzes indicando os pontos cardeais, etc), monólitos com significado astronômico, e outros.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> No final dos anos 1500, o Peabiru (Peabiyú, Peabeyú ou Peavyju) brasileiro e paraguaio foi mencionado como "um caminho bem marcado" por Ruy Diaz de Guzmán, nascido no Paraguai em 1560 e tido como o primeiro historiador daquele país.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Nos anos 1600 e 1700, jesuítas o descreveram como sendo forrado com uma grama miúda.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Coincidentemente, no fim dos anos 1800 o cientista suíço Moisés Bertoni, que viveu no Paraguai durante décadas, informava que os guaranis sempre semearam suas trilhas com diversas gramináceas de sementes glutinosas, que aderiam aos pés dos caminhantes, replantando-se sozinhas.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Há destacados estudiosos que negam a existência do Peabiru como uma via do Atlântico ao Pacífico. Vêem-no como um caminho de ligação entre aldeias guaranis, notadamente brasileiras e paraguaias, sem uma característica transcontinental. Por outro lado, há informações de autores brasileiros, latino-americanos e europeus confirmando a transcontinentalidade.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Existe também uma visão indígena (principalmente guarani) acerca de um "Caminho Comprido", solar, de oceano a oceano. Visão que indicaria o Peabiru como sendo transcontinental.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://planetajc.blog.terra.com.br/files/2009/08/peabiru-1971.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://planetajc.blog.terra.com.br/files/2009/08/peabiru-1971.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> <b>Uma estrada para "ir e vir"</b></span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Polêmicas à parte, o ex-governador do Paraguai, Álvar Nuñes Cabeza de Vaca, por exemplo, contou sua comprida viagem desde S.Catarina até Assunção em 1541/1542, usando "o caminho feito por estes índios...".</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Diaz de Guzmán falava que espanhóis utilizaram o caminho de uma "comarca" de índios, no Paraná, chamada por ele de Peabeyú. Obs: A grafia mais correta seria Peabiyú.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Aqui cabe um parêntesis: há autores modernos que duvidam da existência histórica do vocábulo "Peabeyú" (ou Peabiyú), porém acreditamos tratar-se de um equívoco justificável.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Pois a palavra está no manuscrito de Guzmán, de 1612, apenas aludindo à "comarca" indígena e não a uma estrada. No entanto, aparece como um caminho "bem marcado" dos ancestrais guaranis, e utilizado "para ir e vir", na primeira edição do manuscrito feita em livro, em 1835.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> O padre Ruiz de Montoya, fundador das célebres reduções do Guairá (nome de amplo território no hoje estado do Paraná), contava em 1639 que ele e seus companheiros jesuítas viram naquela área "...um caminho que tem oito palmos de largura...". Tal trilha, segundo ele, era longa e percorria também zonas de SP. O jesuíta Pedro Lozano falou igualmente dela em 1739, escrevendo pela primeira vez o termo "Peabiru", como o conhecemos hoje.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Para Donato, um dos maiores pesquisadores do assunto, não há o que discutir sobre a existência do Caminho: "Dezenas de personalidades viram, usaram, testemunharam".</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Quanto à palavra Peabiru há fortes indicativos de que seja integralmente tupi-guarani. Havendo pouca chance de tratar-se de vocábulo híbrido, resultante de mistura dos idiomas tupi-guarani e quêchua (inca), como vem sendo dito por alguns estudiosos.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Estes afirmam que a composição seria formada por "Pea" ("Caminho" em tupi-guarani) e por "Piru" ou "Biru" ou "Viru" ("Peru", em suposto quêchua), resultando assim "Caminho ao Peru".</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Creio que eu mesma sou responsável por tal equívoco. Pois em livro publicado em 1996, não forneci o esclarecimento necessário. Informei apenas que o Peru, em tempos antigos, foi chamado de "Piru".</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Sim, Piru efetivamente foi nome antigo. Mas era usado somente pelos espanhóis dos velhos tempos da conquista. A palavra não pertencia à língua quêchua e não foi utilizada por incas ou pré-incas para denominar seu território. Minha falta de esclarecimento pode ter provocado a confusão. Feita a ressalva, continuemos.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Registrado desde o século 16 por cronistas europeus e mestiços, o nome do Caminho foi escrito de várias maneiras. Como: Peabiru, Peavyju, Peavirú, Peabiyú, Peabeyú, etc. Há também as formas Tape Aviru e Tape Abiru, como se fala no Paraguai.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Obs: O padre Bartomeu Meliá, premiado linguista, antropólogo e etnógrafo espanhol, residente em Assunção, acredita que essas duas versões paraguaias não são tão antigas quanto "Peabiru" (ou "Peabiyú").</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Para o termo, existe uma grande variedade de traduções. As mais comuns e conhecidas são: "Por aqui passa o caminho antigo de ida e de volta", "Caminho pisado"; "Caminho forrado"; "Caminho macio", "Caminho terraplenado", "Marca do caminho"; "Caminho que leva ao céu", entre outras.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Tivemos acesso a um bem cuidado estudo, que ainda está sendo finalizado por José Alberto Barbosa, de Jaraguá do Sul (SC), professor, ex-promotor público, membro do Instituto Histórico e Geográfico de SC, que oferece outras sugestões valiosas. Estas deverão ser publicadas no 2º volume de nosso História do Caminho de Peabiru.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> <b>Quem construiu?</b></span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> As hipóteses sobre a "construção" do Peabiru são múltiplas. Vamos apresentar 4 delas, as mais conhecidas:</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> <i>1. Caminho dos itararés</i></span><br />
<span style="font-size: small;"> – Esta hipótese supõe que o Peabiru tenha sido aberto pelos itararés, antigo povo cerâmico do sul do Brasil, de provável vinculação com os jês.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Essa tese é defendida principalmente por Igor Chmyz, da UFPR. Na década de 1970, Chmyz encontrou trechos de um possível ramal do Peabiru no interior do PR, próximo a Campina da Lagoa.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Infelizmente destruídos pela agricultura, na "febre da soja", esses trechos estavam localizados nas proximidades de sítios arqueológicos itararés, o que levou o arqueólogo a estabelecer uma provável vinculação do Caminho com tal povo.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> <i>2.Caminho da Terra Sem Mal</i></span><br />
<span style="font-size: small;"> – Esta hipótese supõe que o Caminho tenha sido aberto pelos guaranis. Atribui-se uma intenção religiosa a essa obra viária: a busca de um paraíso mítico, a Terra Sem Mal, que estaria localizada a leste, em algum lugar do Atlântico.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Grupos da tribo teriam se deslocado lentamente, do Paraguai para o litoral sul brasileiro antes de 50 d.C., chegando às nossas praias talvez em 450 d.C. (caso de S.Catarina). Parte do Peabiru teria sido aberto nessa migração.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Em nossas pesquisas, no entanto, observamos que outra parte do Caminho foi trilhado pelos guaranis a oeste, no rumo dos Andes e do Pacífico.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Com esse trecho oeste os guaranis provavelmente almejavam, entre outros objetivos, também a busca de um paraíso. A forte motivação religiosa dessa via, tanto para leste quanto para oeste, transformou o Peabiru, para a tribo, em algo envolto em segredos até os dias de hoje.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> <i>3.Caminho dos incas</i></span><br />
<span style="font-size: small;"> – Esta hipótese supõe que o Caminho tenha sido aberto pelo povo inca. Neste caso, o Peabiru seria uma via feita pelo império de Cuzco para a prospecção de territórios interioranos do leste e também do Atlântico, visando uma meta religiosa (a busca do nascer do Sol, o deus Inti). Mas também objetivando uma futura expansão imperial.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> A primeira incursão inca que atravessou a Bolívia e possivelmente entrou até ao Paraguai, pode ter acontecido por volta de 1400 d.C. A segunda ocorreu aproximadamente em 1480 d.C. e parece ter chegado mais longe, penetrando no Brasil até o MS e MT.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Conforme nossos estudos, teria sido nesta ocasião que os incas realizaram algo pouco conhecido por nossos historiadores: estabeleceram uma capital provincial na área. Essa cidade localizava-se na Bolívia, bem perto do Brasil.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> A terceira iniciativa inca aconteceu talvez na primeira década de 1500 e parece ter sido ousada. Funcionários, chamados de "espiões do soberano", teriam recebido ordens de ir mais longe, a leste, investigando todo o território que pudessem. Não se sabe até onde os tais "espiões" chegaram, mas não se pode descartar que eles tenham visitado, mesmo que fugazmente, algo da costa sul brasileira (ou SC, ou PR ou SP).</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> <i>4.Caminho de S. Tomé</i></span><br />
<span style="font-size: small;"> – Esta hipótese, lendária, supõe que o Peabiru tenha sido aberto pelo apóstolo S.Tomé, que após passar pela Índia teria vindo à América.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> A chegada ao litoral brasileiro, no passado, de um homem de pele clara, barbudo, descalço, trajando um camisolão sujo, "andando sobre as águas", foi contada por índios a portugueses e espanhóis, no século 16. Os indígenas o chamaram de Sumé. Os padres o reinterpretaram como sendo S.Tomé.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> A versão corrente é de que Sumé/Tomé deixou o litoral e fez uma longa peregrinação ao interior da América do Sul. Nela, teria aberto o Caminho de Peabiru.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Teria se dirigido ao Paraguai, onde foi chamado de Pay Sumé, e aos Andes onde foi denominado de Kon Iraya (Kuniraya) pelos pré-incas.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> No lago Titicaca, numa outra versão do mito, teria recebido o nome de Tunupa, Tunapa, Taapac ou Wiracocha. Após um período, ele teria ido embora pelo Pacífico, igualmente "andando sobre as águas".</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Teria sido assim, nessa peregrinação, que Sumé/Tomé/Pay Sumé/Kon Iraya/ Tunupa/ Wiracocha teria aberto o Caminho, de oceano a oceano.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Em nossos estudos, enfrentamos uma grande dificuldade para entender como um caminho, no caso o imenso Peabiru, possa ter sido "construído" por um único povo indígena. Ou por um mito como Sumé/Tomé, mesmo que este tenha sustentação histórica, como acontece com muitas lendas.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Além disso, nossas investigações também nos levaram ao seguinte questionamento: será que não se pode imaginar que a abertura do Peabiru, de algum modo, tenha envolvido todos os citados nas 4 hipóteses e ainda outros povos indígenas anteriores?</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Pois olhando-se o território abrangido pelo Peabiru (sul do Brasil, Mato Grosso do Sul, Paraguai, Argentina, Bolívia, Peru e Chile) verifica-se que diversas populações ali estiveram. Por exemplo: os sambaquieiros do sul-sudeste do Brasil (datação variando de cerca de 10.000 a 3.000 a.C.); os pré-agricultores andinos do Peru e Bolívia (cerca de 8.000 a.C.); os índios das planícies e Chaco do Paraguai (cerca de 6.000 a.C.); os povos agricultores andinos (cerca de 2.500 a.C.); os guaranis do Paraguai, antes da migração ao Brasil (cerca de 500 a.C.); os primeiros itararés do PR, SC, SP ou taquaras do RS (anos 800 a.C.); os povos do lago Titicaca da Bolívia, principalmente os de Tiahuanaco (1500 a.C. a 1200 d.C.).</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Boa parcela desses grupos abriu e usou caminhos.Então, não seria plausível pensar que diversos trechos dessas rotas tenham sido reaproveitadas e/ou completadas por povos posteriores, por aqueles que visaram unir o Atlântico ao Pacífico (e vice-versa), formando então o chamado Peabiru?</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"> Por enquanto preferimos imaginar que as 4 hipóteses podem ter sua validade. E que, se somarmos a elas a possibilidade de que trechos do Caminho se originaram de povos antigos, o entendimento ficará menos limitado e talvez mais próximo da "verdade", que ainda não conhecemos. </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-75935325853733048942011-01-13T04:26:00.000-08:002011-01-13T04:30:51.687-08:00PEABIRU: O MISTERIOSO CAMINHO MILENAR – 1ª parte<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>Rosana Bond (*)</i></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Depois de anos de pesquisas lançamos, há pouco, o 1º volume do livro História do Caminho de Peabiru (**) e vimos que esta fabulosa estrada indígena continua sendo um desafio. Desafio e mistério. Mas há luzes surgindo ao fim do túnel, através das investigações de muitas pessoas. Pois embora este Caminho do Atlântico ao Pacífico siga sendo um tema de mais perguntas do que respostas, é possível se supor hoje, com mais clareza, que sua quilometragem é maior do que se calculava; que ele é mais antigo do que se pensava e que seus "construtores" são mais numerosos do que se imaginava. </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7zd1dwRqeImKcCMR-GJbfxetIUf9dD2RAn6CR8AVBi7tKmfMpq1AAgBdKljGJyyL-BHHWJNqUGnZyMWHCZXEEi_TPZTmuuTEs2PdmM2ziAcZ47VT09iY2Y4NCJDj-yPvxXeSRUyc9ymQ/s1600/mapa11.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7zd1dwRqeImKcCMR-GJbfxetIUf9dD2RAn6CR8AVBi7tKmfMpq1AAgBdKljGJyyL-BHHWJNqUGnZyMWHCZXEEi_TPZTmuuTEs2PdmM2ziAcZ47VT09iY2Y4NCJDj-yPvxXeSRUyc9ymQ/s320/mapa11.jpg" width="252" /></a></span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><title></title> <style type="text/css">
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</style> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Formado por uma rede de caminhos, o Peabiru foi uma destacada rota da América do Sul pré-colombiana, segundo afirmou o respeitado geógrafo Reinhard Maack, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR). </span> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">"Os índios denominaram de Peabiru o caminho transcontinental mais importante da época anterior ao descobrimento da América" – disse ele, em 1959.</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">O jornalista Samuel Guimarães da Costa, também do Paraná, escreveu em 1972 que "se o Egito é um presente do Nilo, a terra hoje paranaense é o legado de um caminho pré-histórico que se apagou na geografia da colônia".</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Vamos um pouco além, achamos que boa parte da América do Sul também não deixa de ser um legado do Peabiru. </span> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Não apenas o Paraná. Ou Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande, Mato Grosso do Sul, que são seus trechos mais (e menos) famosos no Brasil.</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Afinal, ele passava também pelo Paraguai, Argentina e talvez Uruguai. E ainda pela Bolívia, Peru e Chile, se considerarmos correto que a via peabiruana principal se ligava aos caminhos pré-incas e incas.</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Essa rota principal foi aquela leste-oeste-leste, usada notadamente por guaranis e por grupos andinos. Os guaranis também a chamavam de "Caminho Comprido" (Tapepuku ou Itapocu), além de outros nomes. Os trechos que se ligavam a ela, tidos como ramais, poderiam ter sido ser denominados de "Caminhos Curtos".Os incas possivelmente a conheciam como Inti Nhan, o "Caminho do Sol". Pois tudo indica que para este povo, e também para os guaranis, o Peabiru era um Caminho solar. </span></div><a name='more'></a><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"></span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><title></title> <style type="text/css">
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</style> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><b>Bem mais longo</b></span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">O Peabiru era uma estrada indígena cujo trajeto "comprido", do Atlântico ao Pacífico (ou vice-versa) tinha aproximadamente 4000 km. Anos atrás, calculávamos que ela era menor, beirando os 3000 km. </span> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Porém agora podemos cogitar que possuía cerca de 3.800 km até o litoral do Peru ou cerca de 4.300 até o litoral chileno, onde os guaranis provavelmente chegaram. Como era uma rede com diversos "Caminhos Curtos", seu comprimento total somava outros milhares de quilômetros.</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">A grosso modo, pode-se dizer que o roteiro principal do Peabiru era aquele que numa linha sudeste-noroeste-sudeste, acompanhava o movimento aparente do Sol, nascente-poente-nascente. De cabo a rabo, 4000 km ! </span> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">No Brasil começava, ou terminava, em 3 pontos: litoral de Santa Catarina, litoral do Paraná e litoral de São Paulo. </span> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Essa é outra "novidade" que os estudos andam revelando. Até pouco tempo atrás, afirmava-se que o Caminho percorria apenas as praias de S.Paulo e S.Catarina. </span> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">No entanto, têm surgido indícios de que os pontos eram 3. E que portanto se deve incluir a costa do Paraná, conforme já costumavam apontar Igor Chmyz (arqueólogo, UFPR) e Henrique Schmidlin (pesquisador em Arqueologia e História, membro do Departamento de Patrimônio Cultural da Secretaria da Cultura do PR).</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Apoiando indiretamente Chmyz e Schmidlin, surgiram teses de universidades de outros estados nas décadas de 1990 e 2000, as quais porém, com pouca divulgação, demoraram a chegar às mãos dos pesquisadores peabiruanos.</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Tais teses mostram a alta sacralidade que os guaranis conferiam a certas praias e ilhas do Paraná, bem como a caminhos que por ali passavam, fato que reforça a existência do Peabiru naquela área. Além disso, nossas próprias entrevistas em aldeias também confirmaram o papel do litoral paranaense na história ancestral do Caminho.</span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Baseando-se em escritos antigos e mapas, pode-se propor que a estrada de mar a mar, percorria o litoral do Brasil (S.Catarina, Paraná e S.Paulo), interior catarinense, interior paulista, interior paranaense, Mato Grosso do Sul, Paraguai, Bolívia, Argentina e litoral do Peru e do Chile. Obs: a costa e oeste gaúchos são outros trechos prováveis. </span> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Ainda não foi possível descobrir o trajeto da totalidade do Caminho. No entanto, pesquisando diversos autores, pode-se supor que o Peabiru possuía 3 ou 4 vias principais solares (leste-oeste ou vice-versa) no Brasil e demais países. </span> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Como exemplo, vamos dar o traçado (aproximado) de apenas uma delas, tomando como ponto de partida o Paraná, estado onde foram localizados sinais de sacralidade em trilhas do litoral e vestígios prováveis em Campina da Lagoa (por Igor Chmyz), Pitanga e entorno (por Gaioski) e região de Campo Mourão (pelo NECAPECAM). Ver mapa na página 11.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><title></title> <style type="text/css">
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</style> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><b>1</b><sup><b>ª</b></sup></span><span style="font-size: small;"><b> Etapa (PR):</b></span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Paranaguá/Antonina/Morretes – S. José dos Pinhais – Curitiba – Campo Largo – Ponta Grossa – Tibagi – Reserva – Cândido de Abreu – Pitanga – Palmital – Guaraniaçu – Corbélia – Tupãssi – Assis Chateaubriand – Palotina – Guaíra/Terra Roxa </span> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH7crCFi5aSG6g0VZMrcG_te4VSOq5sQSQ_jYi_sdhV4KGEV0w3B3PTai5UiIP8eRcFiAC_QvNI6k9eoAQGQ8o7Gvzv3m2M5XZ3nOrxFMQojH3p_Hurji16kZvM5r1Z7zTWYcxXmvKP3o/s1600/PARANA%257E1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH7crCFi5aSG6g0VZMrcG_te4VSOq5sQSQ_jYi_sdhV4KGEV0w3B3PTai5UiIP8eRcFiAC_QvNI6k9eoAQGQ8o7Gvzv3m2M5XZ3nOrxFMQojH3p_Hurji16kZvM5r1Z7zTWYcxXmvKP3o/s320/PARANA%257E1.jpg" width="320" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Paranaguá.</span></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
</td></tr>
</tbody></table><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><title></title> <style type="text/css">
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</style> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><b>2</b><sup><b>ª</b></sup></span><span style="font-size: small;"><b> Etapa (MS e Paraguai):</b></span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Rio Iguatemi – rio Paraguai (Puerto La Victoria, ex-Puerto Casado) – antigo Itatim (zona entre rios Apa e Taquari, MS ) – rio Paraguai (fronteira Corumbá – Puerto Suárez) </span> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><b>3</b><sup><b>ª</b></sup></span><span style="font-size: small;"><b> Etapa (Bolívia):</b></span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Puerto Suarez – região sul de Santa Cruz de la Sierra – Potosí – rio Desaguadero – lago Titicaca </span> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><b>4</b><sup><b>ª</b></sup></span><span style="font-size: small;"><b> Etapa (Peru e Chile):</b></span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Cacha – Cuzco – litoral do Pacífico (praias de Ica, ou de Arequipa, Moquegua, Tacna, no Peru; ou de Copiapó, no Chile) </span></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCD_TqgBlTSacgiDecFW87o_crKft3zvsoVhTgHEWcTBOZ9yYi5xXiA9vqPZai6DReb4UrnFBY3uTrX3p9sltKK6h-LDHqiKHED4UyhA40QKZ-ZqOug0Otyxk8UVupOBttHcPmjP1nM6I/s1600/copiap%25C3%25B3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCD_TqgBlTSacgiDecFW87o_crKft3zvsoVhTgHEWcTBOZ9yYi5xXiA9vqPZai6DReb4UrnFBY3uTrX3p9sltKK6h-LDHqiKHED4UyhA40QKZ-ZqOug0Otyxk8UVupOBttHcPmjP1nM6I/s320/copiap%25C3%25B3.jpg" width="320" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><title></title> <style type="text/css">
<!--
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</style> <br />
<div class="western" lang="" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div class="western" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Lago de Copiapó - Chile</span></div></td></tr>
</tbody></table><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><title></title> <style type="text/css">
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</style> </div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">No estado do Paraná existiam pelo menos 4 ramais, na direção norte-sul ou sul-norte, que davam acesso às vias principais. Eram eles: o de Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Castro e Campo do Tenente. </span> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"></span></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; line-height: 100%; margin-bottom: 0.49cm; margin-top: 0.49cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>Esta matéria foi publicada na revista Cadernos da Trilha em sua primeira edição de abril de 2010. Vamos publica-la dividida em três partes.</i></span></div><br />
Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-76682133684396756272011-01-13T04:07:00.000-08:002011-01-13T04:07:15.155-08:00A IMPRESSIONANTE ASTRONOMIA DOS INDIOS BRASILEIROS - parte 2<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.campus-party.com.br/2011/tl_files/imagenes/Contenidos/ciencia/astronomia-ceubrasileiro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="103" src="http://www.campus-party.com.br/2011/tl_files/imagenes/Contenidos/ciencia/astronomia-ceubrasileiro.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Conforme o prometido em dias passados, com essa segunda parte vamos encerrando a entrevista concedida pelo arqueoastrônomo Germano Bruno Afonso à jornalista e escritora Rosana Bond.<br />
<b><br />
<a name='more'></a><br />
Como tem sido suas pesquisas junto aos índios brasileiros?</b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><b> </b><br />
Trabalho muito com os índios, com Astronomia Indígena, principalmente com o conhecimento dos pajés. Sou astrônomo profissional, mas trabalho com o conhecimento indígena do céu. Muito daquilo que digo se baseia no modo como os pajés me explicaram para fazer a leitura do céu. Este é o sentido do meu trabalho nos últimos anos- a Arqueoastronomia e a Astronomia dos índios brasileiros. Nos monólitos que estudamos na Usina Segredo, na Bahia e Sta. Catarina, duas características nos chamaram a atenção. Primeiro, o fato delas possuírem uma orientação astronômica. Segundo, a sua altura- de 1,50 a 1,60 m.<br />
Aí, conversando com os pajés, me explicaram os motivos da orientação e da altura. Os índios e os povos antigos não faziam Astronomia só por fazer. Tudo tinha uma razão de ser além da parte prática, com finalidade de orientação- os pontos cardeais. Havia toda uma parte religiosa, de ritual, de culto aos mortos, de fertilidade, etc., que também era ligada à Astronomia. Por exemplo, para os Tupi-Guarani cada um dos pontos cardeais representa o domínio de um deus. O deus maior, que fica em cima da cabeça, é Nhanderu. Os demais quatro deuses, representados pelos quatro pontos cardeais, foram aqueles que o ajudaram a fazer a Terra e todos seus habitantes. Quanto a altura das pedras, os pajés explicaram que tal medida era para facilitar a mira do índio quanto à posição do nascer ou pôr-do-sol, para ele se localizar melhor em relação às estações do ano. A pedra serve de mira. Então você se afasta um pouco e ela tem que estar na altura dos olhos. E a altura dos olhos do índio era aquela.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
<b>Os índios brasileiros também utilizavam constelações para orientação e calendário?</b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><b> </b><br />
Sim, a constelação do Cruzeiro do Sul, por exemplo, era usada para determinar os pontos cardeais, as horas da noite e as estações do ano. Há muitas gravuras e pinturas rupestres que representam uma cruz nos sítios arqueológicos. Para os índios das famílias Tupi-Guarani, a constelação do Cruzeiro do Sul tem também um sentido mitológico. Fomos muito criticados, até por intelectuais, quando falamos que aqueles monólitos que estudamos tinham ligação com os índios e possuíam objetivos astronômicos. Isto porquê o preconceito dizia que o índio brasileiro, o paranaense, catarinense, etc., não tinham o menor conhecimento de Astronomia. E isso me chocou, porque é sabido que todos os povos antigos faziam a leitura do céu. O contrário é que não é verdadeiro.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><b><br />
Como os índios brasileiros marcavam o mês e o ano?</b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><b> </b><br />
O primeiro dia do mês era quando aparecia do lado oeste, logo após o pôr-do-sol, o primeiro filete da Lua, depois da Lua Nova, quando a Lua não é visível. O ano se iniciava quando as Plêiades, conhecida como as Sete Estrelas, apareciam pela primeira vez, do lado leste, logo antes do nascer do sol, perto do dia 11 de junho, depois de cerca de um mês sem serem vistas. O conhecimento astronômico dos nossos índios aparecem em inúmeras gravações rupestres no Paraná e Sta. Catarina. Encontramos a representação de um cometa numa pedra no Paraná. Se você mostrar para qualquer criança ela vai falar que é um cometa. Tem o núcleo, a cabeleira, a cauda. O desenho é perfeito, inclusive a cauda não é reta. E por que? Porque quando é a cauda de um cometa velho ele só tem gás, então a cauda é reta devido ao vento solar. Mas quando o cometa é jovem, grande e brilhante, ele solta “poeira”e a cauda é curva. Então se deduz que foi um cometa grande e brilhante que os índios desenhistas viram e representaram. Localizamos também uma rocha que tem nada menos que 250 desenhos (relacionados com Céu. Isto para vermos que o nosso índio, desde a pré-história, já tinha cultura astronômica, ao contrário do que muita gente diz.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
<b>É verdade que o sr. descobriu uma rosa-dos-ventos dos guaranis no Paraná?</b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
Os Guarani tem uma rosa-dos-ventos. Uma informação que li sobre a gênese Guarani era de que no Céu existiam palmeiras azuis representando os quatro deuses (os quatro pontos cardeais: norte, sul, leste, oeste) e suas quatro esposas (os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste e sudoeste) formando uma rosa-dos-ventos. Os Guarani dizem que tudo o que existe no Céu existe também na Terra, porque a Terra nada mais é que um reflexo do Céu.Aí começamos a procurar algum vestígio concreto disso. Até que um dia no Paraná, em com Itapejara do Oeste, na beira do rio Chopim, encontramos essa rosa-dos-ventos! Vimos um círculo de palmeiras, colocamos o teodolito no meio do círculo e medimos as dimensões dessas palmeiras. O resultado é que deu exatamente os pontos cardeais e colaterais! Curioso notar que a palavra Itapejara não significa nada em Guarani. No entanto, originalmente essa região se chamava Tapejara , que significa em guarani O Caminho do Senhor. E com certeza uma rosa-dos-ventos vem a ser um excelente guia!</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><br />
<b>Por que o sr. tem percorrido escolas da região sul ensinando Astronomia Indígena?</b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><b> </b><br />
As constelações dos índios são muito fáceis de observar. Notei algo de curioso: as constelações da astronomia ocidental( as que constam em nossos livros) geralmente as pessoas leigas não conseguem ver. Eu, como astrônomo, sei obviamente onde estão todas as principais estrelas de uma determinada constelação, mas consigo imaginar com dificuldade um Leão naquele tal lugar, ou dois Peixes em outro lugar. Agora, pensem numa criança ou numa pessoa leiga no assunto. Elas olham o Céu e ficam decepcionadas. Com as constelações indígenas isso não acontece. Não precisa forçar a imaginação, você olha e enxerga. Por que? Por que os índios não juntavam simplesmente as estrelas. Juntavam as estrelas brilhantes e formavam as figuras com as manchas claras e escuras da Via Láctea. Além disso, eles vêem mesmo determinado animal no Céu. Como aquela brincadeira que a gente faz com as crianças, de enxergar desenhos nas nuvens. Para o ensino da Astronomia para crianças, as constelações indígenas são um precioso auxiliar. Quando elas aprendem as constelações indígenas- da Anta, do Veado, da Ema, da Cobra, da Canôa, etc.- depois a ocidental fica mais fácil de ensinar. Primeiro você mostra a indígena, e depois a ocidental. Assim ela não se decepciona e se sente motivada a visualizar a outra. Para encerrar essa entrevista, muito pouca gente sabe que a lenda do Saci Pererê, tido como africana, é o Jacy Jaterê dos índios brasileiros.e significa “Fragmento de Lua”. A origem do Saci Pererê é a mitologia indígena e tem forte ligação com a Astronomia.</span></span></div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-34932834867523313952010-12-21T05:54:00.000-08:002010-12-21T05:54:23.686-08:00REVISTA DO CAMINHO DE PEABIRU FOI LANÇADA NA BOLÍVIA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9GKYt0FETRFSfzLaGlGtQry6EqX7iXROq8PELqT046KS2DG11LOCF8jN2AA6iSlTyRkuzmjOCJg3CYm9HC8TdpO_QT9iVKuPa-XhAwriQdSgPuA2sqUaBBrbp08hIQYn2ZMV6NLDZOTY/s1600/DSC00457.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9GKYt0FETRFSfzLaGlGtQry6EqX7iXROq8PELqT046KS2DG11LOCF8jN2AA6iSlTyRkuzmjOCJg3CYm9HC8TdpO_QT9iVKuPa-XhAwriQdSgPuA2sqUaBBrbp08hIQYn2ZMV6NLDZOTY/s320/DSC00457.JPG" width="240" /></a></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">A revista Cadernos da Trilha, publicada há alguns meses com apoio da Itaipu Binacional e tratando do famoso Caminho de Peabiru, foi lançada no Museu de História, de Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, na noite de 20 de outubro, pelas pesquisadoras e editoras da revista, Sinclair Pozza Casemiro e Rosana Bond. O evento teve respaldo do Museu e também da Sociedade de Estudos Geográficos e Históricos de Santa Cruz. </span></div><a name='more'></a><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Rosana reside em Florianópolis (SC) e é autora de vários livros sobre o Caminho indígena, que ligava o Atlântico ao Pacífico. Sinclair, de Campo Mourão (PR), é uma das diretoras do NECAPECAM (Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre o Caminho de Peabiru na COMCAM).</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Exemplares da edição no. 1 da revista, que é gratuita e aborda os ramais peabiruanos no Paraná, foram entregues à diretora do Museu, historiadora Paula Peña, que os distribuiu a bibliotecas da cidade de Santa Cruz, capital do estado.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Outra cota de exemplares foi repassada ao museu do Centro de Investigações Arqueológicas de Samaipata (CIAS), 120 km ao sul da capital. (V.foto)</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Samaipata foi uma cidade/fortaleza inca que, conforme a equipe do CIAS, teria sido invadida por Aleixo Garcia em sua viagem rumo aos Andes. Aleixo foi o primeiro homem branco a trilhar o Peabiru, por volta de 1523. Guiado pelos guaranis de Santa Catarina, ele saiu de Florianópolis, atravessou o estado do Paraná, Paraguai, Bolívia (Santa Cruz e região andina), descobrindo o império incaico vários anos antes dos espanhóis. </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Além da entrega das revistas, Sinclair e Rosana também fizeram investigações de campo e documentais, confirmando trechos do Peabiru em áreas de Santa Cruz. Viajando ao país vizinho com recursos próprios, as pesquisadoras tiveram como guia Bismarck Cuellar Chávez, diretor da Fundação Educativa Turismo, Cultura e História (FETCH), com sede na capital cruzenha.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><title></title> <style type="text/css">
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</style> </div><h1 class="western" lang="fr-FR" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-weight: normal; text-align: justify;"><b><span style="font-size: small;">UMA PEQUENA ‘‘EXPEDIÇÃO’’ PEABIRUANA NA BOLÍVIA</span></b></h1><h1 class="western" lang="fr-FR" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-weight: normal; text-align: justify;"><b><span style="font-size: small;"> </span></b></h1><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkDzHSxYPvbuRNLU-dUghWZy8UpeAkSRUnBoU4rbhJ-hTAnmMnUKHDwdiX0V5DYLHArfRwm5VJ4Pz5u2v0rkYU0y9SNt328zlejjiglPyeYOC1zYsHVxhrVlZZmktTBHGOWnRHCnB0qsY/s1600/DSC00458.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkDzHSxYPvbuRNLU-dUghWZy8UpeAkSRUnBoU4rbhJ-hTAnmMnUKHDwdiX0V5DYLHArfRwm5VJ4Pz5u2v0rkYU0y9SNt328zlejjiglPyeYOC1zYsHVxhrVlZZmktTBHGOWnRHCnB0qsY/s320/DSC00458.JPG" width="240" /></a></div><h1 class="western" lang="fr-FR" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-weight: normal; text-align: justify;"><b><span style="font-size: small;"> </span></b></h1><div></div><div class="western" lang="fr-FR" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><h1 class="western" lang="fr-FR" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-weight: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>Rosana Bond</i></span></h1><h1 class="western" lang="fr-FR" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-weight: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i> </i></span></h1><h1 class="western" lang="fr-FR" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-weight: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i> </i></span> <title></title> <style type="text/css">
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</style> <div class="western" lang="fr-FR" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Nesta primeira contribuição ao blog Cadernos da Trilha, montado por meu pai, o jornalista Rosnel Bond, do qual serei uma colaboradora frequente, faço um resumo da viagem que a professora Sinclair Pozza Casemiro e eu fizemos em outubro a Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, para pesquisar o Caminho de Peabiru naquelas bandas.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><span lang="fr-FR">Sinclair é pós-doutorada em Linguística pela USP, e uma das fundadoras e atual diretora do NECAPECAM, </span>de Campo Mourão (PR).</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Eu sou jornalista, pesquisadora em História, e estudo o Peabiru há 15 anos. Já publiquei alguns livros sobre o assunto e o mais recente foi o Volume 1 do História do Caminho de Peabiru: Descobertas e segredos da rota indígena que ligava o Atlântico ao Pacífico. </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Agora estou escrevendo o Volume 2, que tentarei aprontar para junho ou julho de 2011. Digo “tentarei” porque a tarefa não é fácil. Talvez some, ao final, umas 400 páginas, com centenas de fontes bibliográficas, fotos, mapas...</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Estivemos em Santa Cruz de 20 a 25 de outubro. Seis dias que valeram meses, porque a curta “ expedição” nos proporcionou uma experiência tão rica e intensa que, aquilo que se convenciona chamar de tempo foi para as cucuias, extrapolou.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Isso só foi possível porque recebemos ajudas de todos os tipos. Como se estivesse atuando um “complô” positivo invisível, os respaldos chegaram de múltiplos lados.</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Na parte investigativa em geral, a presença dedicada e constante de Bismarck Cuellar Chávez, diretor da Fundação Educativa Turismo, Cultura e História (FETCH). Economista com espírito de historiador, nos abriu sua valiosa biblioteca. E, com seus conhecimentos geográficos, nos guiou com segurança nas viagens interioranas, à busca de trechos do Peabiru e outros episódios arqueológicos a ele relacionados. Transformou-se num amigo. </span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Na parte científica, na capital, a generosidade de renomados estudiosos (historiadores, arqueólogos, antropólogos, etnólogos, e outros) como Isabelle Combès, Frank Michel, Paula Peña, Junior e José Alberto (do grupo de acervo rupestre, ligado ao Museu de História e outras instituições governamentais cruzenhas).</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">No interior, a equipe de pesquisadores das ruínas de Samaipata (com quem não pudemos conversar pessoalmente, mas que nos fizeram entregar um precioso material escrito e um DVD) e Alfredo Villagomez Bonilla (professor no povoado de El Torno).</span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Muitas outras pessoas nos brindaram apoio, direto e indireto, como o esforçado funcionário do arquivo do Museu de História, a escritora alemã-boliviana Heide Zürcher e membros da Sociedade de Estudos Geográficos e Históricos de Santa Cruz. Peço desculpas por não citar a todos. </span></div></h1><h1 class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-weight: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Quanto às “descobertas” feitas na viagem, elas serão publicadas no Volume 2 do livro, no próximo ano. Mas posso adiantar que muitas novidades aguardam os leitores brasileiros, que cada dia mais se fascinam com a história do Peabiru.</span></h1><h1 class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-weight: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"> </span></h1><h1 class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-weight: normal; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"> </span></h1><div style="text-align: justify;"></div><h1 class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-weight: normal; text-align: justify;"><b><span style="font-size: small;">UM MESTRADO DA UFSC E A INTERNET: SAIA JUSTA NA BOLÍVIA</span></b></h1><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><i>Rosana Bond</i></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Como já contei aos leitores do blog, há pouco tempo cheguei de Santa Cruz de la Sierra, onde fui pesquisar trechos bolivianos do Caminho de Peabiru para o Volume 2 do livro que ora escrevo. Junto comigo, a professora Sinclair Casemiro de Campo Mourão (PR), também investigadora do tema.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Nossos encontros com historiadores, arqueólogos, antropólogos, etc, foram cercados por um clima de generosidade e interesse por parte deles, até que num dado instante... eis que surgiu uma saia justa.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Foi um contratempo menor, alguns poucos segundos de contrariedade, que seriam insignificantes se não envolvessem o bom nome de um setor da UFSC e o “perigo” de publicar textos acadêmicos na internet, sem uma revisão cuidadosa.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Chamadas à parte por um dos estudiosos, que certamente por ética e elegância não quis abordar o assunto dentro da sala do Museu onde nossas reuniões de trabalho aconteciam, eu e Sinclair fomos questionadas. Na verdade principalmente eu, que sou de Santa Catarina.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Primeiro nos indagou se a UFSC era uma boa universidade. De imediato, até com um certo orgulho bairrista, respondi: “Sim, excelente.Umas áreas melhores que outras, mas no geral excelente”.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Franziu a testa, como se estivesse duvidando. Depois, com um tom crítico, perguntou: “Vocês já leram isso aqui?”</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">O “isso aqui” era a cópia, tirada da internet, de uma dissertação de mestrado em Antropologia Social da UFSC, versando sobre o Peabiru.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Sinclair e eu nos olhamos, constrangidas. Claro que a tínhamos lido, anos atrás, pois tentamos acompanhar (quase) tudo que se publica sobre o Caminho na rede. E também tínhamos lamentado o fato de a dissertação ter sido posta na internet, aparentemente sem uma revisão final do autor ou de seu orientador.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Após um lapso de silêncio, para não apertar ainda mais a saia justa, preferi dizer uma meia-verdade: “Desculpe, professor, mas não lembramos mais desse trabalho, faz muito tempo que o lemos”. </span> </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">“</span><span style="font-size: small;"><i>No me gustó”</i>, disse ele. </span> </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Em seguida, como se tivesse recordado que nem eu, nem Sinclair, tínhamos vínculo com o material em questão, desanuviou o semblante e se despediu com simpatia.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Não sei quais os problemas que nosso amigo boliviano viu na tese. Mas, por meu lado,os que vi indicam que não houve mesmo uma checagem.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Pois ali estão escorregadas como: Assis Chatoubriant (o correto é Chateaubriand); Palmierde Goneville (Paulmier de Gonneville); Fesucan (Fecilcam); IHGB (IHGSP); viajem (viagem); falta de vírgulas; a algum tempo (há algum tempo). Obs: a omissão do verbo haver, exigido nesses casos, se repete no texto inteiro e a falta de vírgulas ocorre em quase todos os depoimentos de informantes, chegando até a dificultar o entendimento.</span> </div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Outros equívocos: tribo ao invés de aldeia (para um trabalho de Antropologia, é grave, pois são dois conceitos bem distintos); rio Aviru no Peru (o rio foi chamado de Viru no século XVI e ficava na Colômbia); largura do Peabiru de 80 cm (erro na soma, pois os 8 palmos descritos por jesuítas e citados na dissertação equivalem a no mínimo 1,40 m, bastando verificar a medida “palmo” em tabelas ou bons dicionários); todos os trechos do Peabiru com vestígios de cerâmicas Kaingang (os dois textos citados, de Chmyz e Sauner, não dizem isso e sim se referem a um possível ramal peabiruano específico, de alguns quilômetros, com restos de cerâmicas itararés).</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Outro aspecto que me intrigou, e que credito mais uma vez à carência de revisão, foi a atitude generalizadora do autor frente a certos locais e seus habitantes, coisa que não é comum verificar-se em antropólogos. </span></div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Sobre os moradores de Guaíra (PR), por exemplo, onde ele parece ter vivido alguma experiência negativa durante seu trabalho, opinou que ninguém merece confiança:“Parecia que todas as pessoas da cidade ficam esperando um momento propício para se aproveitar, tirar vantagem”.</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; page-break-after: auto; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Sei que as universidades e seus departamentos são cuidadosos quanto a publicações que levam seu nome. Como não são infalíveis, alguns tropeços sempre escapam, e geralmente são corrigidos em outras oportunidades, em erratas, em segundas edições, etc. </span> </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">Hoje, porém, o advento da internet exige muito mais. Porque transforma aqueles pequenos tropeços num tombo ribombante, já que é assistido por milhões de olhos de todo o mundo. Com a rede, qualquer desleixo ou distração que cometamos aqui, chega na Bolívia no minuto seguinte. E vai desgostar o atento professor de testa franzida.</span><b> </b></span></div><div style="margin-bottom: 0cm; page-break-after: auto;"></div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-11298561758485531232010-12-08T05:40:00.000-08:002010-12-21T05:13:02.914-08:00A IMPRESSIONANTE ASTRONOMIA DOS INDIOS BRASILEIROS<title></title> <style type="text/css">
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</style> <br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="http://www.anovademocracia.com.br/pag1831.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://www.anovademocracia.com.br/pag1831.jpg" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">A constelação da Ema (Guyra Nhandu) fica na região do céu ocupado pelas constelações ocidentais do Cruzeiro do Sul, da Mosca, do Centauro, do Escorpião, do Triangulo Austral e de Altar. Fonte: http://fisica.ufpr.br/tupi/</span></td></tr>
</tbody></table><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">O físico e astrônomo Germano Bruno Afonso, professor aposentado da Universidade Federal do Paraná, é um dos mais premiados cientistas brasileiros. Mestre em Ciências Geodésicas (UFPR), Doutor em Astronomia e Mecânica Celeste pela Universidade de Paris VI, Pós-doutorado em Astronomia pelo Observatório da Cote d'Azur (França), coordenador do curso de Pós-Graduação em Física da UFPR (1984/1990), Prêmio Jabutí de 2000 com o livro didático “O céu dos Indios Tembé”. Germano é também o único brasileiro especialista em Arqueoastronomia, uma ciência relativamente nova no Brasil.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Mesmo com esse currículo invejável, o professor tem sido vítima de preconceito, em virtude de sua dedicaçâo ao estudo da Astronomia dos índios brasileiros. Não são poucos aqueles que desconhecem o volume e complexidade dos conhecimentos que os nossos indígenas possuiam (e possuem) acerca dos fenômenos celestes.</span></div><a name='more'></a><br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Atualmente o professor Germano está vivendo e trabalhando na Amazônia, onde enriquece e também repassa seu rico cabedal de conhecimentos adquiridos ao longo de muitos anos de estudos e pesquisas. Apresentamos aos nossos leitores uma entrevista com o Professor Germano, concedida à jornalista e escritora Rosana Bond, e publicada no jornal A Nova Democracia, do Rio de Janeiro.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Esta entrevista do professor Germano está dividida em duas partes, cuja segunda parte apresentaremos aos nossos leitores e seguidores dentro de mais alguns dias.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>-O que é a Arqueoastronomia?</b></i></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">É a disciplina que estuda os conhecimentos astronômicos legados pelas culturas dos povos antigos, tais como os mesopotâmios, os egípcios, os gregos, os maias, os incas e os índios brasileiros. Estuda, principalmente, os monumentos líticos orientados para os pontos cardeais e para as direçôes do nascer e o por do Sol, da Lua, ou de estrelas brilhantes, passíveis de medições astronômicas que teriam uma utilidade prática na determinação do calendário e da orientação. Além disso ela estuda a arte rupestre com possível conotação astronômica.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">A observação do céu esteve na base do conhecimento de todas as sociedades antigas, pois elas foram profundamente influenciadas pela confiante precisão do desdobramento cíclico de certos fenômenos celestes, tais como o dia/noite, as fases da Lua e as estações do ano.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">O homem pré-histórico logo percebeu que as atividades de pesca, caça, coleta e lavoura obedecem a períodos sazonais. Assim, ele procurou registrar essas flutuações cíclicas e utilizou-as, principalmente, para a sua subsistência.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>-Como se originou a Arqueoastronomia?</b></i></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Em 1740, William Stukeley, foi o primeiro a estudar as pedras orientadas de Stonehenge, (na Inglaterra), do ponto de vista astronômico. Ele percebeu que o eixo principal do monumento estava orientado na direção do nascer-do-sol, no solstício de verão.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">A Arqueoastronomia desenvolveu-se com as pesquisas do astrônomo sir Joseph Norman Lockyer, fundador da conceituada revista revista britânica Nature. Ele ofereceu explicações astronômicas mais detalhadas sobre os megálitos de Stonehenge, e os menires (do baixo bretão men (pedra) e hir (longa), da Bretanha (França). A partir de 1970 a Arqueoastronomia começou a ser ministrada como disciplina em algumas universidades, sobretudo nos Estados Unidos e Europa. Atualmente as pesquisas nessa área se intensificam em todo o mundo.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>-E a Arqueoastronomia no Brasil?</b></i></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">No Brasil, até o momento, lamentavelmente, sou o único astrônomo profissional que se dedica ao estudo sistemático da Arqueoastronomia. Em 1991, estudamos um monólito (pedra isolada) vertical, com cerca de 1,5 m. de altura, encontrado em um sítio arqueológico às margens do rio Iguaçu, perto de onde foi construida a hidrelétrica de Salto Segredo (Pr). Ele tinha quatro faces talhadas artificialmente, apontando para os quatro pontos cardeais. Em volta do monólito havia alinhamentos de rochas menores, que, aparentemente indicavam os pontos cardeais e as direções do nascer e do por-do-sol nas estações do ano.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Considerando que esse monólito talhado foi colocado na posição vertical, e que muitas tribos brasileiras usavam, e aínda usam o relógio solar, supus que o monólito poderia servir também como um relógio solar mais aperfeiçoado, pois poderia fornecer os pontos cardeais, mesmo na ausência do Sol.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Em 1996, durante pesquisas com a arqueóloga Maria Beltrão, encontramos em Central (Bahia) um monólito semelhante ao de Salto Segredo. Em 2001, na Ponta do Gravatá, Florianópolis, também encontramos um monólito de 1,50 m., com as faces talhadas para os pontos cardeais e rochas orientadas para o nascer e por-do-sol nos solstícios e equinócios.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><i><b>Qual a importância dos achados brasileiros num contêxto mundial?</b></i></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">A Ilha de Santa Catarina (Florianópolis), assim como o resto do estado, é rica em vestígios arqueológicos, sendo a região mais interessante do mundo que conhecemos, do ponto de vista da Arqueoastronomia, em virtude da riqueza dos seus megálitos,do grego-mega (grande) e lithos (pedra), com orientação astronômica e de suas gravuras rupestres, do fácil acesso e da grande beleza do lugar. Desde outubro de 2001 estudamos algumas gravuras rupestres e alguns megálitos orientados de Florianópolis, juntamente com o antropólogo Adnir Ramos.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><i><b><span style="font-size: small;">A que se deve essa riqueza de megálitos e gravuras rupestres em Florianópolis e região?</span></b></i></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">Nossa hipótese, formulada a partir das orientações astronômicas das rochas e das informações obtidas com índios de diversas regiões do Brasil, é que o local da maioria dos monumentos megalíticos orientados e das gravuras rupestres era utilizado como um centro xamânico relacionado com o sol e com as constelações mitológicas indígenas. É provavelmente o caso de Florianópolis e região.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5u1us2RdNBA-E8cEln2WHI7F7ael4DJClzZobotMhAwOK0Kxe4tDdQTCtyz1CD8bdaKhddbFpHICggnSHHnWRaz6CMjKjPb6qTawuLcGbetbyx_CcKQwGCbQzFLqjIDEUqjS-fGfxjoU/s320/astronomia+indigena+brasileira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5u1us2RdNBA-E8cEln2WHI7F7ael4DJClzZobotMhAwOK0Kxe4tDdQTCtyz1CD8bdaKhddbFpHICggnSHHnWRaz6CMjKjPb6qTawuLcGbetbyx_CcKQwGCbQzFLqjIDEUqjS-fGfxjoU/s320/astronomia+indigena+brasileira.jpg" /></a></span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">“<i><b>O homem pre-histórico logo percebeu que as atividades de pesca, caça, coleta e lavoura obedecem a períodos sazonais. Assim ele procurou registra essas flutuações cíclicas e utilizou-as, principalmente, para sua subsistência.”</b></i></span></div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-33144615521634413122010-11-18T11:25:00.000-08:002010-12-21T05:16:33.308-08:00INTEGRAÇÃO INDIGENA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.caminhodepeabiru.com.br/logopeabiru.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ox="true" src="http://www.caminhodepeabiru.com.br/logopeabiru.gif" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Nos dias 08, 09 e 10 de outubro de 2010 aconteceu o evento da Primeira Peregrinação na Rota Turística e Simbólica dos Caminhos de Peabiru na Comunidade dos Municípios de Campo Mourão-PR, região conhecida popularmente como COMCAM. </span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">O Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre o Caminho de Peabiru na COMCAM-NECAPECAM está trabalhando desde 2004 com o mapeamento simbólico dos Caminhos de Peabiru nessa região. Após 10 peregrinações de exploração, que durou 06 anos, foi possível delinear um trecho para se constituir numa rota definitiva. O trecho envolve vários municípios da COMCAM, mas o evento, que abrangeu uma caminhada de aproximadamente 50 km, nesses dias 08, 09 e 10, compreendeu os municípios de Peabiru, Campo Mourão e Corumbataí do Sul.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><a name='more'></a><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.caminhodepeabiru.com.br/peb6/oCaminhodePeabiru/f116.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" ox="true" src="http://www.caminhodepeabiru.com.br/peb6/oCaminhodePeabiru/f116.jpg" width="320" /></a></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">A nossa colaboradora Sinclair Pozza Casemiro de Campo Mourão Pr., idealizadora e uma das fundadoras do NECAPECAM (Núcleo de Estudos e Pesquisas Sobre o Caminho de Peabiru na Comcam), é uma das pesquisadoras do Caminho de Peabiru que vê no trabalho da instituição um dos caminhos para (re) integração indígena sem ferir seus conceitos religiosos e culturais e ensinando os “juruá” (homem branco), principalmente as novas gerações, o respeitos pelos índios, a compreensão e a tolerância pelo seu modo de viver e enxergá-los como nossos verdadeiros irmãos, apesar de terem sofrido um verdadeiro massacre pelos colonizadores brancos, que se apossaram de suas terras, os escravizaram, transmitiram doenças e o vício do alcoolismo, impondo costumes exóticos e quase destruindo totalmente a sua cultura.</span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">A ultima peregrinação realizada pelo NECAPECAM contou com a participação de índios da aldeia </span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">de YVY PORÃ que na caminhada confraternizaram com os peregrinos, ensinaram muito sobre sua cultura e deixaram uma carta assinada pelo representante da aldeia em nome de sua comunidade. </span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Esta carta, a primeira declaração indígena por escrito desde que começou o projeto de resgate do Caminho de Peabiru pode ser considerada como um marco divisório importante nas relações indígenas com os “juruá” , e vai aí na íntegra e respeitando o texto original redigido pelos indígenas. </span></div><div class="western" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm; text-align: justify;"><i><b><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">CARTA DE PEABIRU - TAPE AWIRU</span></b></i></div><div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">NÓS, DA RESERVA INDÍGENA POSTO VELHO, YWY PORÃ (TERRA BOA OU BONITA) DIZEMOS QUE É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA O PROJETO “CAMINHOS DE PEABIRU DA COMCAM” PARA MANTER NOSSA INDENTIDADE INDÍGENA E NÃO SER ESQUECIDO A INDENTIDADE DOS NOSSOS ANTEPASSADOS NESSA CIDADE DE PEABIRU DE CAMPO MOURÃO DE CORUMBATAÍ DO SUL, E TODA A COMUNIDADE DE COMCAM PARA FORTALECER OS CONHECIMENTOS QUE ELES TÊM NESSA CIDADE, QUE NÃO É UMA ESTÓRIA E SIM REALIDADE SAGRADA QUE ACONTECEU NO PASSADO E ESTAMOS MUITO GRATOS DE ESTARMOS AQUI HOJE, QUE A CAMINHADA QUE OS NÃO ÍNDIOS FAZEM SEJAM DE CORAÇÃO LIMPO COM O PENSAMENTO QUE VÃO CHEGAR A TERRA SEM MAL. PORQUE NA VERDADE ESSE CAMINHO QUE FAZ É SAGRADO.</span></b></div><div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">INDEPENDENTE QUE É ÍNDIO OU NÃO ÍNDIO VÃO CAMINHANDO DE CORAÇÃO LIMPO PARA ALCANÇAR OS BENEFÍCIOS E AS BENÇÃO DE NHANDERU. QUE É DEUS.”</span></b></div><div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">CAMPO MOURÃO, 08 DE OUTUBRO DE 2010.</span></b></div><div class="western" style="margin-bottom: 0.35cm; text-align: justify;"><br />
</div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-46795843121519338402010-11-11T04:17:00.000-08:002010-12-21T05:17:32.619-08:00TRILHANDO O PEABIRU<div style="text-align: justify;"><title></title> <style type="text/css">
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</style> </div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.clicrbs.com.br/rbs/image/9241017.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="102" src="http://www.clicrbs.com.br/rbs/image/9241017.jpg" width="200" /></a><b></b></div><h1 class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-weight: normal; text-align: center;"><b><span style="font-size: small;">NOVO LIVRO DE MOSIMANN</span></b></h1><h1 class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-weight: normal; text-align: center;"></h1><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Viajar pelo passado do homem catarinense, liberto de dogmas e escolas, sem o verniz obscurantista da academia, é o caminho trilhado pelo escritor João Carlos Mosimann, que lançou recentemente o livro Catarinenses – Gênese e História, em Florianópolis. O livro foi contemplado com o Prêmio do Edital Elisabete Anderle da Fundação Catarinense de Cultura, que permitiu a edição independente.</span></div></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">O competente e inovador estudioso de assuntos históricos, autor de vários livros, João Carlos Mosimann, de Florianópolis, acaba de lançar Catarinenses – Gênese e História.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Ano passado, a bem fornida obra (616 páginas)recebeu o Prêmio Elisabete Anderle, da Fundação Catarinense de Cultura, o que respaldou a edição.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Os capítulos sobre o século 16 e 17 são leituras obrigatórias para o público peabiruano.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Os interessados no livro podem fazer contato com o autor, através do e-mail: mosimix @terra.com.br </span></div><b><br />
</b><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><b><span style="font-size: small;"> ALEIXO GARCIA: UM ASSUNTO SEM FIM ? (1)</span></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_tMrWz0Grwas/R9BDzWirs8I/AAAAAAAAAEc/mzfHuxF_2qo/s512/P1010086.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://3.bp.blogspot.com/_tMrWz0Grwas/R9BDzWirs8I/AAAAAAAAAEc/mzfHuxF_2qo/s200/P1010086.jpg" width="161" /></a></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">O náufrago Aleixo Garcia foi o primeiro homem branco a trilhar o Peabiru. Por volta de 1523, guiado no Caminho por índios Guaranis da região da Ilha de Santa Catarina, onde morou, ele chegou aos Andes e descobriu o Império Inca varios anos antes do espanhol Francisco Pizarro. </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Biografado pela jornalista Rosana Bond, residente em Florianopolis, na obra <b>A saga de Aleixo Garcia</b>, o personagem "parece ser inesgotavel" , diz a autora. </span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Em recente viagem a Bolivia, Rosana encontrou tantas informações novas sobre o náufrago "catarinense" que esta até pensando em escrever uma 5ª edição, talvez para o segundo semestre de 2011.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Os exemplares da 4ª edição estão praticamente esgotados, mas os interessados ainda podem fazer encomendas à editora Aimberê, Rio de janeiro, pelo e-mail: anovademocracia@uol.com.br </span></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;"><b><span style="font-size: small;"> ALEIXO GARCIA: UM ASSUNTO SEM FIM ? (2)</span></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.cinemaistv.com.br/aleixogarcia/images/fotos/teste.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://www.cinemaistv.com.br/aleixogarcia/images/fotos/teste.jpg" width="161" /></a></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">A aldeia guarani do Morro dos Cavalos (litoral catarinense, municipio de Palhoça) decidiu neste ano adotar o livro de Rosana Bond como material didático na escolinha indigena que funciona ali.</span></div><div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Aleixo Garcia tem uma profunda ligação com a história dos guaranis, principalmente com a área daquela aldeia, pois ele teria morado nas proximidades com os antepassados dos índios atuais, entre 1516 e 1523.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-size: small;">Estimulados pelo professor Karai Tataendy (Adão Antunes), jovens e crianças guaranis estão realizando outras pesquisas sobre Aleixo, junto à memória ancestral da tribo, e desejam escrever um livro. A expectativa é grande, pois muita coisa boa deve vir dali.</span><b><span style="font-size: small;"></span></b><br />
<b><span style="font-size: small;"><br />
</span></b><br />
<div style="text-align: center;"><b><span style="font-size: small;">__________________________________________________________________<br />
</span></b></div></div><title></title> <style type="text/css">
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</style> <br />
<div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; page-break-before: always; text-align: center;"><b><span style="font-size: small;">RECEBEMOS E DAMOS DIVUGAÇÃO A UMA SUGESTÃO DE PROJETO TURÍSTICO ELABORADO POR UM GRUPO DE PESQUISADORES QUE ESTUDA O CAMINHO DO PEABIRU NA REGIÃO DA COSTA ESMERALDA, LITORAL DE SANTA CATARINA.</span></b></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; page-break-before: always; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.vivacamboriu.com.br/index_camboriu/mapas/bombinhas_sc.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="http://www.vivacamboriu.com.br/index_camboriu/mapas/bombinhas_sc.jpg" width="320" /></a></div><div class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; page-break-before: always; text-align: center;"><br />
</div><div class="western" style="page-break-before: always; text-align: justify;"><title></title> <style type="text/css">
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</style> </div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="color: black; font-size: small;">Nos últimos anos vem surgindo no topo das estatísticas mundiais um novo tipo de turista. É aquele que procura em suas viagens aliar o prazer à busca de conhecimentos, satisfação intelectual e espiritual. É aquele turista que deseja apreciar inscrições rupestres milenares, conhecer páginas da História pré-colombiana, conhecer a História dos indígenas que habitavam o nosso litoral e florestas, encontrar pedras que orientavam a vida cotidiana dos habitantes da época, fazer meditação, peregrinar por antigas trilhas, principalmente nos vestígios do milenar Caminho do Peabiru, que ligava o Oceano Atlântico ao Pacífico, numa distância de cerca de 4 mil quilômetros, e que possivelmente passava pela região e está sendo objeto de estudo por parte de pesquisadores da região.</span></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="color: black; font-size: small;">Este é o turista que durante o ano inteiro, vindo de todas as partes, e independente do clima, com sol ou chuva, frio ou calor, viaja pelo mundo inteiro buscando conhecimentos que proporcionam este tipo de turismo, em lugares tais como as ruínas de Machu-Pichu (Peru), as gigantescas estátuas Muai (nas ilhas de Páscoa), pedras orientadas de Stonehenge (Inglaterra), Caminho de Compostela (Espanha e França) e tantos outros espalhados pelo mundo inteiro. Infelizmente uma forma de turismo ainda pouco divulgado no Brasil, embora sendo um país riquíssimo em sítios históricos e arqueológicos.</span></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://colunas.epoca.globo.com/viajologia/files/2009/03/bbnh-1137-web60.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="206" src="http://colunas.epoca.globo.com/viajologia/files/2009/03/bbnh-1137-web60.jpg" width="320" /></a></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="font-size: small;"><br />
</span> </div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="color: black; font-size: small;"> Para a região turística da chamada Costa Esmeralda, abrangendo inicialmente os municípios de Porto Belo e Bombinhas, no litoral de Santa Catarina, um projeto de aproveitamento do patrimônio histórico e arqueológico para visitação durante o ano inteiro, compensando as cada vez mais curtas temporadas de verão, viria de encontro aos interesses de toda a estrutura local que vive do turismo, em especial o ramo hoteleiro, pousadas, restaurantes e comércios em geral. Basta para isto dispor de roteiros atrativos com guias especializados, treinados para satisfazer a curiosidade e o desejo de conhecimento cultural e panorâmico dos turistas visitantes.</span></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"></div><div align="JUSTIFY" lang="pt-BR" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;"><span style="font-size: small;"></span> </div><title></title> <style type="text/css">
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</style> <br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: small;">O projeto deverá contar com o apoio das secretarias de Turismo, Educação e Cultura, e do Meio Ambiente dos municípios envolvidos, no sentido de realizar aulas e palestras nas escolas de ensino médio, passando aos alunos conhecimentos de História e Arqueologia principalmente referentes às áreas objeto do projeto. Dessa forma, os jovens que serão aproveitados como guias deverão ser escolhidos levando em conta o interesse demonstrado nos ensinamentos recebidos e sua vocação para relacionar-se com os turistas.</span></div><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://caminhodopeabiru.com.br/wp-content/gallery/primeira-caminhada/p1010040.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="239" src="http://caminhodopeabiru.com.br/wp-content/gallery/primeira-caminhada/p1010040.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: <span class="f"><cite>www.<b>caminhodopeabiru</b>.com.br</cite></span></td></tr>
</tbody></table><div align="JUSTIFY" class="western" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div> <span style="font-family: DejaVu Sans,sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></span><br />
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3909785711249369273.post-57198303236932335602010-10-15T13:36:00.001-07:002010-10-15T13:36:33.951-07:00APRESENTAÇÃO<div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">É com imensa satisfação que estamos lançando o nosso “PEABIRU-CADERNOS DA TRILHA”, um blog que surge com a intenção de se completar com a revista “CADERNOS DA TRILHA”, lançada recentemente. Esta revista, assim como o blog, nasceram com a missão de informar, pesquisar e divulgar o fantástico CAMINHO DE PEABIRU, milenar trilha pré-colombiana, hoje já chamada o Compostela da América do Sul, e vem substituir nossa revista inicial -Cadernos da Ilha-, que apesar de terem sido editados apenas 3 números, tornou-se uma referência no Brasil e em vários outros países, servindo inclusive como fonte de consulta para trabalhos didáticos e de pós-graduação em diversas escolas e universidades. Isso apesar das sabidas dificuldades em nosso país para a realização de idéias culturais que não envolvem lucro monetário, como é o caso do Cadernos da Trilha e foi o caso do Cadernos da Ilha, cujas distribuições foram totalmente gratuitas.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">No caso da publicação das revistas uma nota de agradecimento devemos consignar à Itaipu- Binacional, cuja hidrelétrica se acha em território histórico do Peabiru, pelo respaldo aos custos financeiro de produção e industrial, sem o qual teria sido impossível concretizar o nosso projeto.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">O objetivo do nosso blog é aproveitar a dinâmica da informática e somar-se aos diversos meios que divulgam o Caminho de Peabiru, participar da luta pela proteção e preservação das nossas matas e todo o eco-sistema. Prestigiar, colaborar e defender as culturas indígenas que ainda hoje sobrevivem em meio da pobreza e o preconceito. Estimular a formação de novos grupos de estudo e peregrinação, assim como abrir espaço para colaborações, informações e críticas ao nosso trabalho.</span></div>Cadernos da Trilha - Peabiruhttp://www.blogger.com/profile/09752240045533488451noreply@blogger.com3